Papa admite que Igreja ‘demorou’ para enfrentar pedofiliaO papa Francisco voltou a falar ontem (21) dos casos de pedofilia na Igreja Católica e fez uma de suas declarações mais categóricas sobre os crimes
Jorge Mario Bergoglio admitiu que o Vaticano “demorou” para investigar os abusos sexuais e anunciou que jamais concederá graça a sacerdotes condenados por esses crimes. “O abuso sexual é um pecado horrível, completamente oposto e em contradição com o que Cristo e a Igreja ensinam”, disse o Papa, em um discurso à Comissão Pontifícia para a Proteção dos Menores. “A Igreja enfrentou esses crimes com atraso. Talvez a antiga prática de transferir as pessoas [de dioceses], de não enfrentar o problema, adormeceu um pouco a consciência”, argumentou. Segundo Francisco, “apenas um caso de abuso deve bastar para uma condenação, sem recurso de apelação”.”Quem for condenado por abusos sexuais pode pedir graça ao Papa, mas eu nunca assinei uma graça desta e nem assinarei”, prometeu. O Papa também comentou que os “escândalos de abusos sexuais são um estrago terrível para toda a humanidade, os quais atingem tantas crianças, jovens e adultos vulneráveis em todos os países e em todas as sociedades”. “Foi uma experiência muito dolorosa para a Igreja. Sentimos vergonha pelos abusos cometidos por ministros consagrados, os quais deveriam ser os mais dignos de confiança”, criticou. A Comissão Pontifícia para a Proteção de Menores (CPPM) foi criada em 2014 por Francisco, que assumiu a liderança da Igreja Católica em 2013, após a renúncia de Bento XVI. O grupo é formado por religiosos e laicos e tem como meta contatar dioceses regionais e institutos católicos em várias regiões do mundo para discutir, investigar e prevenir casos de pedofilia. O Vaticano mantêm as investigações de casos de pedofilia em sigilo. Mas, por décadas, a prática da Santa Sé era de apenas transferir de dioceses os sacerdotes que haviam sido denunciados por práticas criminosas (ANSA). |
Discurso de Trump foi ‘som de cachorro latindo’A primeira reação oficial do governo norte-coreano, ao discurso do presidente Donald Trump proferido na terça-feira (19), mostrou que a Coreia do Norte parece não ter se intimidado pelas novas ameaças do presidente americano, feitas durante sua estreia no debate geral de líderes da 72ª Assembleia Geral da ONU. O ministro de Negócios Estrangeiros do país, Ri Yong-Ho, disse aos jornalistas que Trump “está sonhando se pensa que surpreendeu a Coreia com o seu discurso de cachorro latindo”. Em uma conversa de improviso em frente ao hotel em que está hospedado perto da sede das Nações Unidas em Nova York, ele usou o ditado “enquanto os cachorros latem, a caravana passa”, para dizer que as novas ameaças de Trump não farão com que Pyongyang desista de seus testes nucleares e desenvolvimento de misseis de longo alcance. Não há sinal de que o país pense em deixar o programa nuclear. Durante a rápida conversa com jornalistas, o ministro norte-coreano também foi perguntado sobre o apelido que Trump deu ao líder norte-coreano Kim Jong-Um, perante os líderes nas Nações Unidas, dos líderes – Rocket Man, “homem foguete”, o ministro apenas disse: “lamento por seus assessores”. Um artigo da rede CNBC elogiou o apelido dado por Trump, ao dizer que ele fez uma provocação sem ser vulgar. A CNBC disse que ele foi “brilhante”. Há vários exemplos de situações em que Trump colocou apelidos depreciativos em adversários ou opositores. Ele apelidou Hillary Clinton de Robô Clinton. E recentemente criou um apelido para o apresentador e jornalista, Chuck Todd, âncora de um programa da rede NBC uma das maiores do país. Após ser criticado pelo programa, Trump escreveu no Twitter que Chuck Todd era o Sleep eyes (olhos dormentes) (ABr). Influência da gastronomia italiana no BrasilA cidade de São Paulo está recebendo a exposição “Nossa Itália Brasileira – Mostra Sabor & Arte”, que aborda a influência da gastronomia italiana entre os brasileiros. Com patrocínio exclusivo da empresa Comgás, a mostra acontece até 4 de novembro na Oca do parque Ibirapuera. A exposição é recomendada para pessoas entre 27 e 60 anos e tem funcionamento de terça-feira a domingo, das 9h às 17h locais. Durante a mostra, o visitante poderá fazer uma imersão em obras de arte nacionais e italianas, que retratam elementos gastronômicos, desde a manipulação dos ingredientes até as tradicionais refeições familiares. O projeto tem o objetivo de explicar como a gastronomia italiana representa um valor cultural. No percurso, é possível ver a chegada dos imigrantes ao Brasil e informações sobre café e a economia do país. Além disso, a mostra exibe a fabricação dos vinhos, os pães e massas, mercados de rua e a tradição familiar. O visitante ainda poderá interagir com as obras por meios de atividades sensoriais (ANSA). Alckmin lança pacote de obrasO governador Geraldo Alckmin autorizou, ontem (21), uma série de obras que vão ampliar o tratamento de esgoto na capital e na Grande São Paulo. Os investimentos da Sabesp somam R$ 624 milhões, fazem parte do Projeto Tietê e vão gerar 2.580 empregos diretos e indiretos. “É o dia em que se comemora o Rio Tietê, a síntese da nossa metrópole e que percorre todo nosso Estado. E o grande problema é a poluição de esgoto sanitário. Hoje, estamos aqui em uma obra de mais de R$ 620 milhões, gerando mais de 2.500 empregos”, destacou Alckmin. “Infraestrutura gera muito emprego”, disse. O pacote de ações inclui a instalação de grandes tubulações e de estações de bombeamento que vão beneficiar o centro e as zonas leste, norte e oeste da capital, além das cidades de Barueri, Cotia, Itaquaquecetuba, Osasco e Suzano. Com as obras, o esgoto produzido nessas áreas será enviado para estações de tratamento, contribuindo para a revitalização do Rio Tietê e de seus afluentes, entre eles rios importantes como o Tamanduateí e o Cabuçu de Baixo. “Desde entre a primeira fase e a segunda do Projeto Tietê, em 1992, fomos de quatro para 16 m³ por segundo de esgoto retirado. Nessa terceira etapa, passaremos de 16 m³ para 24 m³”, relembrou o governador (AI/Sabesp). | Tensão na Catalunha cresce e preocupa União EuropeiaA prisão de líderes políticos da Catalunha e o sequestro de cédulas de votação do referendo separatista instauraram um clima de tensão na Espanha, o qual começa a se espalhar também pela Europa. Milhares de pessoas saem às ruas de Barcelona para protestar contra a operação policial que prendeu 14 membros do governo catalão (7 já estão em liberdade) sob ordem de um juiz que investiga o referendo separatista marcado para 1 de outubro. A consulta popular é considerada “ilegal” por Madri, que promete fazer o que for necessário para impedir a votação e a separação da Catalunha. Agentes de polícia foram cercados pelos manifestantes, que ficaram diante da sede da Secretaria de Economia da Catalunha. Cerca de 40 mil pessoas também passaram a noite na região de Las Ramblas, gritando “Liberdade”, “Votaremos” e “Vá embora, força de ocupação”. Funcionários do porto de Barcelona boicotaram navios com bandeiras espanholas. Além de Barcelona, outras cidades da Catalunha registraram manifestações contra as atitudes do governo de Madri. A discussão chegou até o esporte, com pronunciamentos do tenista Rafael Nada, do técnico Pepe Guardiola e de clubes como o Espanyol. Apesar de toda a pressão do governo de Madri, as autoridades da Catalunha seguem com o referendo. Hoje, foi colocado no ar o site onde os eleitores podem conferir as zonas de votação e informações sobre o pleito. Europa- Em meio à discussão na Espanha, países europeus demonstraram seu posicionamento sobre a independência da Catalunha. A França disse defender a “Espanha forte e unida”. “Em um momento em que o espírito de união e de solidariedade devem, mais que nunca, guiar a renovação do projeto europeu, as autoridades francesas relembram seus laços com uma Espanha forte e unida”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores. A União Europeia (UE), por sua vez, segue com atenção os fatos na Espanha, mas preferiu manter o silêncio e destacar a necessidade de uma solução democrática (ANSA). Peru debate projeto para legalizar maconha medicinalO congresso do Peru deu o primeiro passo nesta semana para legalizar o uso medicinal da maconha ao iniciar um debate do projeto apresentado pelo governo do presidente Pedro Pablo Kuczynski. A medida permite a venda, sob prescrição, e o plantio individual, sob fiscalização, da droga, com o objetivo de atender a pacientes que sofrem de epilepsia e Alzheimer, e como paliativo para enfermidades terminais. O projeto foi aprovado na Comissão de Defesa do Legislativo e agora irá ao plenário do Congresso unicameral, controlado pela oposição, que deverá determinar uma data para o debate e aprovação definitiva da medida, que mantém a produção e o porte para uso recreativo proibidos. O mandatário peruano enviou o projeto ao Congresso depois de ter se sensibilizado com o pedido de um grupo de mães de crianças doentes que mantinham um local de cultivo em Lima para produzir a droga para medicar os filhos.No entanto, a polícia interditou o local. Caso a medida seja aprovada definitivamente, o Peru seguiria os países vizinhos que já legalizaram o uso da maconha como o Chile, Colômbia, Argentina e México. Antes de elaborar o projeto, o governo do economista liberal de 78 anos encomendou pesquisas e consultou especialistas sobre a liberação da droga. No ano passado, Kuczynski causou polêmica a considerar que fumar maconha “não é o fim do mundo”, porque graves são as drogas pesadas (ANSA). |