O chanceler Aloysio Nunes deve abordar a crise em Myanmar contra a minoria muçulmana rohingya durante os encontros da Assembleia-Geral das Nações Unidas, nesta semana, em Nova York.
Participando do 30º Congresso Internacional Islâmico em São Paulo na última sexta-feira (15), o deputado federal Antônio Gourlat disse ter conversado com Nunes sobre a situação dos rohingyas e garantiu que o ministro das Relações Exteriores abordará o tema em NY.
Consultado, o Itamaraty confirmou que “este é um tema da agenda atual”, mas não garantiu com quem ou quando Nunes o abordará. “É um tema que está na agenda, que está sendo discutido dentro do Itamary e pode ser que caiba uma nota de pronunciamento sobre isso no futuro. Mas não temos como dizer se será discutido, por quem e com quem”, afirmou a assessoria de imprensa do Ministério das Relações Exteriores.
As Nações Unidas denunciaram na semana passada uma “limpeza étnica” em Myanmar, com mais de 370 mil muçulmanos rohingyas fugindo do país, em meio a uma perseguição do Exército. Até o momento, o Itamaraty não se pronunciou sobre a crise. O presidente Michel Temer embarcou hoje para os Estados Unidos para participar da Assembleia-Geral da ONU. Como manda a tradição, o chefe de Estado brasileiro fará o discurso de abertura do evento.
Um dos temas que devem dominar as reuniões das autoridades brasileiras é a crise política na Venezuela. Temer teve um jantar ontem (18) à noite com o norte-americano, Donald Trump, e com líderes latino-americanos para analisar a situação. Outro assunto que predominará na Assembleia-Geral da ONU é o programa militar e nuclear da Coreia do Norte (ANSA).