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Meirelles: prazo de adesão ao novo Refis deve ficar para fim de outubro

em Manchete
quarta-feira, 23 de agosto de 2017
José Cruz/ABr

José Cruz/ABr

Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, no 28º Congresso Aço Brasil.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse ontem (23), em Brasília, que o prazo para adesão ao Programa de Recuperação Fiscal (Refis) deve se estender até 31 de outubro, ao invés de 31 de agosto. Após uma palestra no congresso Aço Brasil, Meirelles disse que o governo segue em negociação com o Congresso para aprovar a MP que institui um regime de refinanciamento de dívidas das empresas com o Fisco.
Meirelles destacou que é preciso deixar uma sinalização muito clara para as empresa de que não é um bom negócio deixar de pagar impostos. “Estamos viabilizando que as empresas paguem suas dívidas e voltem a tomar crédito, crescer, mas por outro lado é importante deixar claro que não é um bom negocio deixar de pagar imposto e esperar um possível próximo Refis. Não se pode dar esse incentivo”, disse.
O ministro acrescentou que acredita ser difícil ter uma definição sobre o Refis ainda esta semana. “Existem diversas alternativas, desde uso de crédito fiscais, prazos mais longos e desconto e existe um ponto importante que é a diferenciação entre as empresas que têm pequenos débitos tributários e empresas maiores que têm uma dívida maior. É todo um processo de negociação de diversos setores”, disse.
Meirelles disse ainda que o governo pretende privatizar a loteria Instantânea da Caixa, a Lotex, mais conhecida como raspadinha. No jogo, os apostadores conhecem imediatamente o resultado, sem necessidade de sorteio ou concurso. Sobre a proposta de privatização da Eletrobras, Meirelles disse que está avançando na definição do formato e assim que houver decisão será anunciada.
Durante a palestra, o ministro disse que, com o teto dos gastos públicos já definido e a reforma da Previdência ainda em tramitação no Congresso, o governo quer reduzir as despesas públicas que chegaram a cerca de 20% no ano passado para 15,5% do PIB em 10 anos. Também afirmou que fazendo as reformas, incluídas as microeconômicas, e assim reduzindo o tamanho do estado, a economia brasileira poderá crescer entre 3,5% e 4%, por ano (ABr).