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Economia 23/06/2017

em Economia
quinta-feira, 22 de junho de 2017
Christine Lagarde condenou a corrupção, evasão fiscal e financiamento do terrorismo.

Corrupção e evasão fiscal são os grandes desafios da economia

Christine Lagarde condenou a corrupção, evasão fiscal e financiamento do terrorismo.

A diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse ontem (22), em Valência, na Espanha, que a corrupção, evasão fiscal, financiamento do terrorismo e a exclusão financeira são os grandes desafios da economia global

Em um discurso inaugural diante do plenário do Grupo de Ação Financeira contra lavagem de dinheiro, ela pediu para “intensificar a luta contra a corrupção e evasão fiscal”.
Na sua opinião, o efeito dominó que provoca a falta de pagamento de impostos é um fator importante para um “descontentamento popular e instabilidade econômica”. A evasão fiscal, lembrou, faz com que “aumente a dívida pública e diminua o investimento em educação, saúde e outros serviços públicos. Significa mais desigualdade, já que os mais vulneráveis são os mais afetados pela forte queda das despesas sociais”.
A diretora do FMI também fez apelo para “afogar os fluxos financeiros” que alimentam o terrorismo no mundo e pediu um maior trabalho de capacitação e o entendimento de novas tecnologias financeiras, como as moedas virtuais. Neste sentido, lembrou que o chamado fintech (nova tecnologia financeira) é uma “faca de dois gumes”, que pode ser utilizada por redes terroristas, mas também pode ajudar na linha de defesa contra elas. Outro ponto destacado por Lagarde foi a necessidade de evitar a exclusão de pessoas em países em desenvolvimento do sistema bancário, pedindo melhores estruturas reguladoras (Agência EFE).

BC: crescimento do PIB em 0,5% e inflação fica em 3,8%

Inflação deve fechar o ano em 3,8%, diz Banco Central.

De acordo com o Relatório de Inflação, divulgado ontem (22), em Brasília, pelo Banco Central (BC), a projeção para a expansão do PIB segue em 0,5% para 2017. Entretanto, no relatório, o BC cita as reformas propostas pelo governo, como a da Previdência e trabalhista, para que a economia se recupere este ano. “A manutenção, por tempo prolongado, de níveis de incerteza elevados sobre a evolução do processo de reformas e ajustes na economia pode ter impacto negativo sobre a atividade”.
Sobre a inflação, o Banco Central diz que “permanece favorável, com desinflação difundida inclusive nos componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária [definição da taxa básica de juros, a Selic]”, diz o relatório. As projeções para a inflação são apresentadas em quatro cenários. A “projeção central”, elaborada considerando as estimativas do mercado para a taxa de juros e o câmbio, indica inflação em torno de 3,8%, 0,2 ponto percentual abaixo da divulgada no relatório de março.
Para o fim de 2018, a projeção permaneceu em 4,5%. Na estimativa para a inflação em 12 meses encerrados no final do segundo trimestre de 2019, o índice cai para 4,3%. No cenário com taxa de câmbio constante em R$ 3,30 e taxa Selic estimada pelo mercado financeiro, a projeção para a inflação este ano fica em 3,8% e sobe para 4,3% em 2018, abaixo do centro da meta perseguida pelo BC (4,5%). O BC também divulgou as projeções feitas com taxa de juros inalterada no atual patamar (10,25% ao ano), mas considera essas estimativas “pouco informativas” porque a Selic está em processo de redução (ABr).

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Baixa temperatura aumenta procura por aquecedores

A chegada do inverno e a queda das temperaturas influenciam diretamente no comportamento de compra do consumidor. Um levantamento realizado pelo Zoom (www.zoom.com.br), site e app comparador de preços e produtos, revela o aumento das buscas por categorias sazonais, como aquecedores de ambiente, edredons e aparelhos de fondue. Comparando os primeiros dez dias de junho com o mesmo período de maio, é possível observar um aumento de 213% nas buscas por aquecedores elétricos de ambiente.
As variações de preço desse produto chegam a 142%, como é o caso do Aquecedor Elétrico Resistência Cadence AQC800, o mais caro entre os mais buscados, custando entre R$ 389,00 e R$ 944,99. A segunda maior variação é de 108% e fica com o Aquecedor Elétrico Termoventilador Cadence AQC419 , com preços entre R$ 64,90 e R$ 134,99. O líder de buscas dessa categoria é o Aquecedor Elétrico Cerâmica Cadence AQC415, com variação de preço de 22%, já que custa entre R$ 249,00 e R$ 303,05.
Ainda nos primeiros dias de junho é possível observar um aumento de 182% na procura por aparelhos de fondue. No entanto, alguns artigos que costumam ser mais populares no inverno apresentaram aumento na demanda desde maio, quando as temperaturas começaram a cair na maioria dos estados brasileiros. Comparando maio com abril, a busca por cobertores cresceu 33%, os edredons tiveram um aumento de 28,78%, seguido pelos vinhos com 20%.

Confiança da Indústria cai 2,3 pontos em prévia da FGV

O Índice de Confiança da Indústria apresentou uma queda de 2,3 pontos na prévia de junho, na comparação com o resultado consolidado de maio, chegando a 90 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. Caso o resultado se confirme na pesquisa consolidada deste mês, será a primeira queda do indicador depois de três altas consecutivas. A pesquisa foi feita pela Fundação Getúlio Vargas. A prévia mostra que os empresários estão menos confiantes em relação tanto ao presente quanto ao futuro.
O Índice de Expectativas recuou 3,2 pontos, chegando a 92,5 pontos, e o Índice da Situação Atual (ISA) diminuiu 1,3 ponto, atingindo 87,7 pontos. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (NUCI) recuou 0,1 ponto percentual na prévia de junho, indo para 74,6%. O resultado manteria o NUCI relativamente estável em relação ao mês anterior. Para a prévia de junho de 2017 foram consultadas 786 empresas entre os dias 1º e 20 deste mês. O resultado final da pesquisa será divulgado no dia 28 próximo (ABr).