O prefeito João Doria disse, ontem (19), no Rio, que o limite do apoio de seu partido ao presidente Temer é “a culpabilidade”, e que este não deve ser “irrevogável” nem “interminável”.
O tucano participou de um encontro com empresários no Hotel Copacabana Palace. “Se houver uma situação que o implique numa culpa flagrante, evidentemente que o PSDB deve reavaliar esse apoio. Mas enquanto isso não pode precipitar um juízo, e jogar para o alto uma circunstância em que você tem que defender o Brasil e, sobretudo, os brasileiros”, afirmou.
Ele declarou que o interesse nacional deve estar acima do partidário. “Você não pode ter uma atitude apenas partidária, ainda que com toda a legitimidade. Você tem que ter o pensamento no Brasil. É o que eu defendo”. O prefeito ressalvou: “Mas não é um aval interminável, um cheque para ser descontado a qualquer hora. Diariamente há se fazer uma revisão. Enquanto merecer a estabilidade governamental, o PSDB deve oferecer essa garantia. Não se trata de fazer um jogo para defender a estabilidade partidária e a biografia partidária, e sim pela biografia do País”.
Sobre as eleições presidenciais de 2018, repetiu o discurso que vem fazendo de que não se deve antecipar nomes. “Não me apresento como candidato. Ser um bom prefeito é uma boa contribuição para a democracia brasileira. Não creio que seja a hora de tratar desse assunto, e sim de tratar do Brasil”. Doria voltou a criticar o ex-presidente Lula. “É o maior sem-vergonha do País”, afirmou. “Ele vem querer dar aula de moralidade… Só se for de imoralidade. É um cara de pau, deu entrevista dizendo que o Brasil precisa do PT. Treze anos de PT quase transformaram essa geração de jovens em frustrados, desesperançosos. Os jovens não querem o País nas mãos de populistas outra vez”, declarou Doria (AE).