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Lideranças

em Colunistas, Mario Enzio
sexta-feira, 02 de junho de 2017

Lideranças

O que se entende por essa relação revela-nos muito de quem lidera e de quem é liderado. Há o líder que centraliza a autoridade e as decisões.

E os subordinados não têm nenhuma liberdade de escolha. Nesse caso estamos falando da liderança autocrática em que somente o líder é quem dá as cartas. Apesar de parecer afável e disponível, quando alguém lhe contesta ou não faz o que ele quer, estará sujeito às sanções de costume.
Em síntese, todo tipo de liderança influencia nos ambientes em que é praticada. Nas empresas, em casa ou na política.

O comportamento das atividades será diretamente impactado com o que cada um percebe de quem nos lidera. Se o pai ou a mãe, ou quem criou aquela criança foi severo em demasia, provavelmente teremos um ser humano com problemas que terá que resolver quando for adulto. Ou seja, desde a sua infância alguém lhe influencia a fazer o que está fazendo.

A natureza e o exercício da liderança tem sido foco de pesquisas há muitos anos, desde os compêndios militares, temas que foram abordados por Confúcio, Lao-Tsé e Sun-Tzu em a arte da guerra e o seu rei sábio.
Nos livros de ciências da administração encontramos vários tipos ou estilos de liderança. Já li de dez, em outros sete, vou ficar com três nesse texto: o autoritário, o interativo e o eleito ou elevado a líder. O primeiro é dominador, é temido e só se contenta quando a sua opinião é que vale.

Repare num debate em uma sessão de alguma comissão no Congresso, quando os não tão nobres deputados saem na bordoada para tentar manter a sua opinião em evidencia. Isso não é uma atitude que se possa dizer de pessoas democráticas, que estejam atuando para entender o trabalho do outro.

Esteja onde estiver é sempre fácil notar a presença de uma pessoa com forte presença autoritária: geralmente está insatisfeito com o que a outra está tentando argumentar, já que a sua mente é que sabe mais. São pessoas dominadoras e agressivas em sua natureza.

O interativo seria o que encoraja a participação das pessoas, que se preocupa com o trabalho em grupo e que quer manter um clima de satisfação, integração e comprometimento das pessoas em torno de um objetivo maior para o benefício de todos. Um líder que se preocupa com o todo. Na concepção desse líder o importante é tomar decisões em conjunto.

O estilo do líder eleito ou elevado a líder é o que considero o desastre dos tipos de liderança. Aquele que chegou lá por que não havia alguém para fazer aquele trabalho, que foi escolhido porque ninguém queria segurar aquele rojão. O síndico do prédio é um exemplo clássico. Ou o vereador que escolhemos para preencher tabela na hora de votação.
Lembra de mais alguém?

Estilos são válidos em situações específicas e exigem condições e preparo para enfrentar esses desafios. Portanto, o ideal seria conhecer indivíduos antes de lhes dar poder.

(*) – Escritor, Mestre em Direitos Humanos e Doutorando em Direito e Ciências Sociais. Site: (www.marioenzio.com.br).