A bancada do PMDB no Senado decidiu ontem (30) manter Renan Calheiros como lÍder do partido na Casa.
Após quase três horas de reunião, o senador Raimundo Lira (PB) disse que houve um acordo para que os vice-líderes do partido façam a defesa das propostas do governo quando Renan tiver opinião contrária. “Houve um consenso para que o Renan se manifeste em nome dele e, em seguida, os vice-líderes se manifestem”. disse Lira.
De acordo com o senador, “continua tudo como está”. Aliado de Renan, o senador Hélio José (DF) disse que o colega alagoano vai entender a decisão da parte majoritária da bancada. “A única divergência que a gente teve foi na discussão das reformas, que alguns têm posição A e outros têm posição B, uns que apoiam e outros que não apoiam. Mas a maioria apoia”, disse após o encontro.
Nas últimas semanas, em diversos momentos, Renan fez duras críticas ao projeto da reforma trabalhista, que tramita no Senado, e a decisões tomadas pelo Palácio do Planalto. A postura provocou mal-estar na bancada. Na semana passada, em discurso no plenário, o senador chegou a dizer que a Casa não poderia aprovar uma reforma que “ferra” com o povo. Em seguida, o presidente do PMDB e líder do governo no Senado, Romero Jucá, rebateu Renan e disse que todas as críticas dali em diante seriam “respondidas fortemente” (ABr).