O ex-diretor da OAS, Roberto Moreira Ferreira, afirmou ontem (4), ao juiz federal Sérgio Moro, que o triplex 164-A no Edifício Solaris, no Guarujá, estava “reservado” para o ex-presidente Lula.
O executivo foi interrogado em ação penal na qual o petista também é réu.
A denúncia do MPF sustenta que Lula recebeu R$ 3,7 milhões em benefício próprio – de um valor de R$ 87 milhões de corrupção – da empreiteira OAS, entre 2006 e 2012.
As acusações contra Lula são relativas ao suposto recebimento de vantagens ilícitas da empreiteira OAS por meio do triplex no Guarujá, no Solaris, e ao armazenamento de bens do acervo presidencial, de 2011 a 2016. Roberto Ferreira afirmou que o tríplex “nunca” foi colocado para venda pública. Segundo o ex-diretor, um outro executivo contou a ele “que tinha reserva do apartamento e que não podia ser vendido”.
“Eu recebi dele (executivo) uma planilha das unidades que estavam livres ou não para vender e as que estavam livres, eu cuidava, a partir de 2014, de vender as unidades”, afirmou. “Um reserva específica para ele (Lula), da unidade 164”. O Ministério Público Federal perguntou ao ex-diretor se a unidade 164-A esteve à venda na planilha. “Nunca”, afirmou (AE).