A agência de classificação de risco Moody’s elevou ontem (10) a nota de crédito da Petrobras de B2 para B1 e mudou a perspectiva para positiva, indicando que a nota pode subir de novo a qualquer momento.
Apesar da revisão para cima, a estatal está quatro níveis abaixo do grau de investimento.
O grau de investimento representa a garantia de que um país ou uma empresa não corre risco de dar calote. Em fevereiro de 2015, após as revelações dos esquemas de corrupção pela Operação Lava Jato, a Petrobras perdeu o selo de boa pagadora na Moody´s. Em fevereiro de 2016, a petroleira foi novamente rebaixada para o nível mais baixo do grau especulativo. A agência, no entanto, elevou a nota da estatal em um nível, para B2, em outubro do ano passado.
A decisão ocorre menos de um mês depois de a Moody’s melhorar a perspectiva para a nota da dívida pública brasileira. A agência manteve o Brasil dois níveis abaixo do grau de investimento, mas melhorou de negativa para estável a perspectiva negativa para a nota do país, o que significa que a classificação da dívida pública brasileira não corre mais o risco de ser rebaixada a qualquer momento.
Em fevereiro, outra agência de classificação de risco, a Standard & Poor’s, elevou o rating da Petrobras, de B+ para BB-. Com a mudança, a estatal passou de quatro para três níveis abaixo do grau de investimento. Na ocasião, a agência citou a melhoria da gestão e o aumento da liquidez (dinheiro disponível) da petroleira (ABr).