O retorno do otimismo da indústria levou o Indicador Antecedente de Emprego a subir 5,6 pontos em janeiro, alcançando 95,6 pontos – o maior nível desde os 98,7 pontos de maio de 2010.
A melhora se deu após o indicador recuar 3,1 pontos em dezembro frente a novembro. Os dados foram divulgados ontem (6), no Rio de Janeiro, pelo Ibre da FGV e indicam que, na média móvel dos últimos três meses, o indicador avançou 0,9 ponto. O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) também fechou janeiro com evolução favorável, recuando 1 ponto em janeiro, para 103,6 pontos.
A queda interrompeu a sequência de quatro altas consecutivas, mas foi, segundo a FGV, insuficiente para alterar a tendência de alta do indicador em médias móveis trimestrais. Para o economista da FGV, Fernando de Holanda Barbosa Filho, o retorno do otimismo quanto à situação do emprego no país está diretamente ligado ao ciclo de redução da taxa básica de juros. “Os resultados foram puxados por um retorno do otimismo na indústria quanto ao futuro e estão relacionados ao ciclo de redução da taxa de juros”, frisou.
Para o economista, o retorno do otimismo na indústria “deve contribuir para uma aceleração cíclica da economia mais adiante, ao longo do ano”. A queda observada no Índice Coincidente de Desemprego representa uma estabilidade em um nível ainda elevado do indicador, enfatizando a situação difícil do mercado de trabalho atual. “A possível melhora da economia no futuro ainda não parece influenciar a percepção de dificuldade atualmente presente no mercado de trabalho”, explica (ABr).