Protecionismo de Trump ‘não desequilibrará’ comércio com o BrasilApesar de eventual postura protecionista que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, venha a adotar, o comércio com o Brasil deve se manter equilibrado, avalia Deborah Vieitas, CEO da Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham) A entidade tem 5 mil empresas associadas, sendo 85% brasileiras. Com a economia em crise, o Brasil reduziu em 30% o volume de importações do país norte-americano desde 2013, quando foram importados 36 bilhões de dólares. Ainda assim, a balança comercial entre os dois países foi desfavorável para o Brasil em 2016, com saldo negativo em 646 milhões (foram 23,8 bilhões de dólares em importações e 23,1 bilhões em exportações). Em 2015, o saldo foi desfavorável para o Brasil em 2,4 bilhões (importações ficaram em 26,4 bilhões de dólares e a exportações, em 24 bilhões). Deborah considera o resultado do ano passado “neutro” e avalia o saldo de 2015 “ligeiramente negativo”; números que revelam uma relação comercial “muito equilibrada” entre as nações. “ Trump procurará desenvolver acordos comerciais bilaterais em que haja equilíbrio nos ganhos entre as partes. Nesse sentido, o Brasil está num cotexto muito positivo. Não temos nenhum desgaste no que tange à política, no lado econômico e comercial temos uma balança comercial equilibrada”, avalia. Durante a campanha, Trump mostrou-se protecionista e prometeu a retirada dos Estados Unidos da Parceria Transpacífico – Área de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico logo depois que tomar posse. Para a CEO da Amcham, Trump focará muito mais no impacto econômico para os Estados Unidos em assuntos de comércio exterior e será mais duro nas negociações. O esfriamento de facilitação de acordos comerciais podem atrapalhar o Brasil, que tem aspirações de construir um acordo de livre comércio bilateral com o país norte-americano. Segundo estudo da FGV, haveria um crescimento, em 15 anos, de 7% nas exportações brasileiras caso o acordo fosse efetivado, o que resultaria em crescimento do PIB da ordem de 1,3%. Deborah defende a intensificação de processos que já estão em curso para facilitar, no futuro, o acordo de livre comércio. Coerência e convergências regulatórias, que aproximem as legislações comerciais dos países são exemplos. O programa Global Entry, que trata da aprovação prévia de vistos para viajantes em negócios e permitiria o processo de entrada mais rápido nos Estados Unidos, também ainda estão em negociação (ABr). |
Policiais civis aposentados poderão atuar na Força NacionalO Ministério da Justiça e Cidadania publicou na sexta-feira (20) no Diário Oficial da União, edital de seleção de policiais civis aposentados para atuação na Força Nacional na condição de colaboradores voluntários. De acordo com o texto, as inscrições deverão ser feitas diretamente no sistema intranet do Departamento da Força Nacional de Segurança Pública. Os critérios para participar do processo seletivo incluem: ter se aposentado exclusivamente por tempo de serviço há menos de cinco anos; não ter sido condenado nem estar respondendo a processo nas justiças estadual, federal, eleitoral e militar; não estar respondendo, na instituição de origem, a processo administrativo e não ter sido punido por infração disciplinar de natureza grave nos últimos cinco anos de serviço; possuir, no mínimo, cinco anos de experiência em atividade operacional de polícia investigativa. Ainda segundo o edital, a colaboração voluntária poderá ser individual ou em grupo, em ambiente fechado ou aberto, a pé ou com emprego de viaturas, nos períodos diurno, noturno ou em revezamento de turnos e sempre sob supervisão permanente. “A atividade a ser desenvolvida pelo voluntário mobilizado será compatível com aquela em que se aposentou na instituição de origem. Em caráter geral, a colaboração se dará na região administrativa (Centro-Oeste, Norte, Nordeste, Sul ou Sudeste) do domicílio do voluntário.” Voluntários aprovados no processo seletivo, conforme o texto, serão mobilizados de acordo com as necessidades operacionais da Força Nacional de Segurança Pública. A convocação deve acontecer no prazo máximo de dois anos a contar da data da divulgação da aprovação (ABr). Anvisa suspende produtos de limpezaA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão da fabricação, distribuição, divulgação, comercialização e do uso de diversos produtos de limpeza em todo território nacional. O motivo da suspensão, segundo o órgão, é que as fórmulas que estavam sendo comercializadas não correspondem às registradas pelas empresas JJ Guimarães de Limpeza e Transportes Ltda e Lowest Indústria Química Eireli. Confira a lista de produtos suspensos: água sanitária Lowest; desinfetantes Lowest: Fresh lemon, Pinho, Lavanda, Brisa do mar e Floral; sabotes líquidos de todas as fragrâncias Lowest; pasta mecânica de 1kg e 2kg Lowest; facimol JJ Guimarães. Ainda de acordo com as resoluções publicadas no Diário Oficial da União, as empresas responsáveis pelos produtos deverão recolher todo o estoque existente no mercado (ABr). | Cientistas descobrem “timer” de envelhecimentoUm grupo de cientistas italianos descobriu o “timer” molecular do envelhecimento: trata-se da proteína “Tzap”, que liga as extremidades dos cromossomos. De acordo com o estudo publicado na revista “Science”, a descoberta será capaz de “ajudar a controlar os processos de degeneração de células associadas a idade e a tumores. A pesquisa é liderada pelo cientista Eros Lazzerini Denchi, do Instituto de Pesquisa Scripps, nos Estados Unidos, e apoiada pela Comunidade Norte-americana do Câncer. Segundo Denchi, “as extremidades dos cromossomos, chamados telômeros, que representam a célula relógio”. “Nós nascemos com telômeros de determinados comprimentos e, cada vez que a célula se divide, eles ficam mais curtos”, disse. “Quando eles se tornam muito curtos, a célula não pode mais se dividir, e assim começa o processo de envelhecimento. Este é o relógio celular e precisa ser ajustado com precisão por duas razões”, ressaltou Denchi. De acordo com ele, o ajuste precisa ser feito para permitir que um número suficiente de divisões celulares assegure o desenvolvimento dos diferentes tecidos do corpo e da sua renovação. No entanto, por outro lado, é preciso evitar uma proliferação descontrolada, típica das células tumorais. “A chave para tudo é a proteína Tzap, que determina o comprimento máximo dos telômeros, permitindo que a célula se prolifere, mas não muito’’. “O Tzap se liga aos telômeros, que quando necessário, evita a abertura dos caminhos para o câncer (ANSA). FIA aprova venda da F1 para grupo norte-americanoA Federação Internacional de Automobilismo (FIA) aprovou a venda das ações da Fórmula 1 para o grupo norte-americano Liberty Media. Essa era a última etapa burocrática necessária para a liberação da negociação. Com isso, a Liberty foi autorizada a prosseguir com as compras das ações da CVC Capital Partners, que atualmente administra a categoria. Segundo nota, a FIA acredita que essa nova parceria continuará com o “sucesso e o desenvolvimento” do esporte. “A decisão do Conselho confirma que a FIA acredita que a Liberty, como uma empresa de comunicação renomada, com experiência tanto no esporte como no entretenimento, está claramente bem posicionada para garantir o desenvolvimento contínuo do Campeonato”, emitiu em nota a FIA. Em setembro, o grupo norte-americano anunciou a compra de 18,7% das ações da categoria por US$ 746 milhões, em primeira parcela, em um processo de compra que deve atingir os US$ 8 bilhões, gradativamente, durante este ano. Enquanto a transação não é concluída, a CVC continua nas operações. Naquele dia, a Liberty anunciou que havia compra 100% das ações da Delta Topco, considerada a “empresa-mãe” da F1. Com isso, Chase Carey será o novo chefão da categoria, substituindo Bernie Ecclestone, que há décadas comanda o esporte. Apesar de perder o posto principal, Ecclestone deve permanecer como CEO da F1. No entanto, especulações apontam que o ex-chefe da equipe Ferrari Ross Brown possa ser o novo “Ecclestone” e comandar a F1. Entre algumas das pretensões já anunciadas pelo grupo norte-americano, está a “proteção” das pistas históricas da Europa e a ampliação do número de corridas nos países americanos (ANSA). |