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Economia 01/12/2016

em Economia
quarta-feira, 30 de novembro de 2016
A agricultura foi o setor que teve maior retração no trimestre. 

PIB cai 0,8 % no trimestre e tem a sétima queda seguida

A agricultura foi o setor que teve maior retração no trimestre. 

O Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, fechou o terceiro trimestre do ano com queda de 0,8% em relação ao trimestre anterior

Com isso, o país registra o sétimo trimestre seguido de retração da economia. Já no resultado acumulado do ano até setembro, o PIB apresentou recuo de 4% em relação a igual período de 2015, maior queda para este período desde o início da série em 1996.
Em valores correntes, o PIB alcançou R$ 1,580 trilhão. Os dados das Contas Nacionais Trimestrais foram divulgados ontem (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na análise dos subsetores da economia, a agricultura teve retração de 1,4% no período, a indústria caiu 1,3% e o setor de serviços registrou queda de 0,6%.
Os dados do IBGE mostram ainda que o consumo das famílias caiu 0,6% e o do governo, 0,3%. Já a Formação Bruta de Capital Fixo, que são os investimentos, recuou 3,1%. No setor externo, as exportações de bens e serviços caíram 2,8% e as importações recuaram 3,1% (ABr).

Queda dos investimentos continua a puxar PIB para baixo

Reprodução

Os investimentos na economia, que são um importante indicador para a capacidade produtiva futura do país, continuam em queda e representam um dos principais fatores a puxar para baixo o PIB. Os dados das Contas Nacionais Trimestrais, divulgados ontem (30) pelo IBGE, mostram que, no terceiro trimestre, a Formação Bruta de Capital Fixo (que são os investimentos) recuou 3,1%. Nos últimos 12 meses, o índice acumulou queda de 13,5%.
“Vimos um recuo importante dos investimentos em função da queda nas importações de bens de capital, o que tem a ver com as expectativas e com o aumento dos juros reais, o que reflete no crédito. E a gente continuou tendo desempenho negativo da construção civil, que também impacta negativamente nos investimentos”, afirmou a coordenadora das Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
Ela destacou que, no terceiro trimestre, os serviços também continuam puxando para baixo o PIB por seu grande peso na economia. “Os serviços relacionados à indústria tiveram as maiores quedas, as partes de transportes e comércio foram as maiores quedas dentro dos serviços”, disse.
O PIB fechou o terceiro trimestre do ano com queda de 0,8% em relação ao trimestre anterior. Com isso, o país registra o sétimo trimestre seguido de retração da economia. No resultado acumulado do ano até setembro, o PIB apresentou recuo de 4% em relação a igual período de 2015, maior queda para esse período desde o início da série em 1996. Nos últimos 12 meses, a retração alcançou 4,4% (ABr).

Celg Distribuição é privatizada com ágio de 28,03%

O processo de desestatização da Celg Distribuição, empresa de distribuição de energia de Goiás, adquirida ontem (30), em leilão, na BM&FBOVESPA, pelo grupo italiano Enel Brasil, será oficializado no próximo dia 30 de janeiro. Do valor total da venda de R$ 2,187 bilhões (com ágio de 28,03%), será repassado R$ 1,065 bilhão para a Eletrobrás, que detinha 50,93% das ações da companhia. O restante das ações eram do estado de Goiás e de um grupo de trabalhadores.
O presidente da Enel Brasil, Carlos Zorzoli, informou que o pagamento será feito à vista. Ele disse que o ágio representou o reconhecimento da multinacional de um preço justo, apostando no potencial de retorno do investimento. O executivo anunciou que a prioridade do grupo será a de modernizar a rede de transmissão de energia da Celg Distribuição com tecnologia de ponta, seguindo a experiência já adotada pelo grupo, com êxito, no Ceará. Ele demonstrou que o grupo deverá ser um dos concorrentes às próximas etapas de privatização no setor (ABr).