A equipe do governo responsável pela proposta da reforma da Previdência deve concluir o texto ainda hoje (10), incluindo as observações feitas pelo presidente Michel Temer.
Segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, após esta última revisão, Temer deve dar início às conversas com centrais sindicais e lideranças partidárias na Câmara e no Senado.
“Virá antes do recesso, mas votação é certo que não teremos. O máximo que poderíamos sonhar era ter na Comissão de Constituição e Justiça a votação da admissibilidade”, disse. O avanço do texto na Comissão depende do calendário de negociações que será definido por Temer. O governo também está confiante na agenda acertada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, que prevê a aprovação da proposta que define o teto de gastos públicos, antes do encerramento das atividades este ano.
Perguntado sobre a eleição de Trump para a presidência dos Estados Unidos, Padilha disse que não espera mudanças brucas, “como não aconteceria se Hillary tivesse sido eleita”. Para ele, não houve “grande surpresa” e a escolha do republicano reflete um “retrato de um novo tempo do processo político”, manifestado também quando a Inglaterra decidiu deixar o bloco da UE. “Teremos que aprender a conviver com novos tempos”, afirmou, frisando que é uma opinião pessoal.
Padilha afirmou que a sociedade norte-americana tem uma democracia “bastante” madura e tem se mostrado mais forte do que as pretensões de presidentes que assumem a administração dos Estados Unidos. Quanto às relações, o ministro disse estar “absolutamente” tranquilo. “A relação entre os povos é excelente e não há mudanças”, afirmou, citando o fluxo turístico entre os dois países. A mesma estabilidade ocorrerá em relação ao fluxo comercial. Para ele, a tradicional parceria entre os dois países não deve sofrer mudanças bruscas (ABr).
