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Tecnologia 29/09/2016

em Tecnologia
quarta-feira, 28 de setembro de 2016
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Plataformas on-line de ensino e o futuro dos treinamentos corporativos

Luiz Alexandre Castanha (*)

Investir em treinamentos dentro da sua empresa é uma necessidade e pode ser mais barato do que você imagina

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As modalidades de treinamentos são muitas, sempre com estruturas e investimentos variáveis. São inúmeros os artigos e estudos que apontam os benefícios dos treinamentos corporativos, alcançando desde a melhoria no ambiente corporativo até um aumento efetivo nas vendas. Para diminuir os custos com treinamentos e torná-los ainda mais acessíveis aos seus funcionários, muitos gestores estão migrando suas áreas de treinamento tradicional para o e-learning. Isso faz muito sentido principalmente quando vemos a realidade da educação no mundo e o crescimento das plataformas de cursos MOOCs.

MOOC é a sigla para Massive Open On-line Course, ou Curso On-line Aberto Massivo, em tradução literal. A palavra “massivo” é referente ao termo “em massa”, que pode ser aplicado a muitas pessoas ao mesmo tempo. O MOOC é um modelo de curso que utiliza a Internet para atingir um grande número de pessoas com cursos livres em diversas áreas ou até mesmo extensões universitárias com certificados reconhecidos pelas grandes instituições de ensino do mundo.

Os primeiros MOOCs surgiram entre 2007 e 2008, mas estudiosos apontam que a modalidade realmente ganhou força em 2011, quando o professor da Universidade de Stanford Sebastian Thrun, criou o curso “Introdução à Inteligência Artificial” em parceria com o Google e atraiu mais de 160 mil pessoas em todo mundo, dando início à plataforma Udacity. Outros professores de Stanford criaram o Coursera e, pouco tempo depois, a Universidade de Harvard e o MIT anunciavam o Edx. No Brasil temos plataformas como a Veduca, com cursos livres e de extensão, e a Eduk, com cursos livres de variados assuntos, como fotografia, artesanato e culinária. Outro MOOC que vale destacar é o Miríada X, que reúne cursos de grande universidades espanholas, portuguesas e brasileiras.

As empresas de tecnologia foram as primeiras a perceberam os MOOCs como alternativa para seus treinamentos internos. A empresa americana de telecomunicações AT&T doou US$ 2 milhões à Georgia Tech para criar cursos para criação de aplicativos móveis ou de Internet, com ajuda da Udacity. No Brasil, encontramos empresas que já investem nesse tipo de tecnologia, por ser mais barato do que cursos presenciais e mais fácil de serem acessados pelos colaboradores.

Vivemos um período em que os computadores e smartphones fazem parte da nossa rotina, com muitas pessoas que não saem na cama sem antes verificar suas redes sociais, o trânsito ou se vai chover naquele dia. Antes seria necessário capacitar o funcionário para aprender a mexer na ferramenta para depois realmente transmitir conhecimentos específicos. Hoje um rápido tutorial animado já é o suficiente para seu colaborador entender a regra do jogo.

Defendo a utilização do e-learning – seja na modalidade MOOC ou através de outros meios, como mobile learning ou até mesmo realidade virtual – como uma maneira de manter seus funcionários sempre atualizados e para projetar sua empresa como uma organização que está sempre atenta às novas tecnologias. O Grupo Telefonica tem realizado um trabalho interessante com a plataforma Learn4Sales, MOOC corporativo com foco em capacitar e certificar vendedores internacionalmente. Seus cursos foram desenvolvidos com especialistas internos da empresa e estão dando bons resultados para o grupo. Os cursos oferecem conteúdos totalmente de acordo com as políticas da empresa e com a necessidade que um bom profissional de vendas precisa para ter sucesso no setor.

Independente das iniciativas das empresas, os profissionais tem procurado por conta própria fazer cursos on-line. Segundo pesquisa divulgada em setembro de 2015 pelo site Coursera, dos alunos entrevistados que finalizaram ao menos um curso na plataforma, 72% tiveram benefícios na sua carreira (como conseguir uma promoção ou encontrar um novo emprego) e 61% afirmaram ter benefícios educacionais (como conseguir pré-requisitos para programas acadêmicos ou se preparar para uma prova específica). Entre os entrevistados, os que são de países em desenvolvimento costumam obter os maiores benefícios. Os cursos realmente ajudam quem tem dedicação e estuda todo o conteúdo.

Das 13 milhões de contas existentes na plataforma, 550 mil são de brasileiros, o que nos coloca na quarta posição geral, atrás apenas de Estados Unidos, China e Índia. Este é um número extremamente expressivo, principalmente quando levamos em conta os poucos conteúdos disponíveis em português.

Por isso acredito que as empresas devam investir pesado nesse tipo de treinamento, pois existe sim demanda por este tipo de ensino. As organizações podem facilmente criar treinamentos internos para setores específicos ou até mesmo lançar sites com conteúdos abertos para a população, mas que futuramente será revertido em candidatos mais bem preparados para os cargos disponíveis.

Mais do que uma moda, acredito que o e-learning representa o futuro da educação na era digital. Ganha a empresa que entender isso antes e já investir em novos programas de treinamento.

(*) É administrador de Empresas com especialização em Gestão de Conhecimento e Storytelling aplicado a Educação, atua em cargos executivos na área de Educação há mais de 10 anos.

PLATAFORMA DE SERVIÇOS BANCÁRIOS DIGITAIS

A Unisys Corporation (NYSE: UIS) anuncia colaboração com a Sandstone Technology e a Payment Card Technologies (PCT) para o lançamento da plataforma de digital banking USP (Unisys, Sandstone e PCT). A nova solução foi desenvolvida para auxiliar as instituições financeiras a atenderem às necessidades de inovação de seus clientes, fornecendo serviços bancários digitais seguros, por meio de diversas plataformas, incluindo dispositivos móveis, tablets e navegadores de Internet.
A parceria entrega de forma simples soluções de ponta da Unisys, Sandstone Technology e PCT. A plataforma USP pode ser implementada em organizações entrantes no mercado ou em instituições financeiras já estabelecidas, com a capacidade de proporcionar uma experiência digital em múltiplos canais, incluindo a geração de crédito imobiliário, empréstimos e contas poupança e corrente, em uma solução econômica. A plataforma fornece biometria adaptável integrada e análise de dados para identificar os clientes com segurança e validar transações, com a finalidade de reduzir fraudes e aprimorar a experiência do usuário.
A plataforma digital para bancos pode ser fornecida no modelo como serviço (PaaS) a partir de uma nuvem pública ou privada e também como uma solução on-premise (no local). Ambas as opões são protegidas pelo Stealth™, que utiliza técnicas de microssegmentação baseada em identidade e criptografia, auxiliando na redução de ataques cibernéticos dentro ou fora da organização, ao deixar dispositivos, dados e usuários finais indetectáveis nas redes.
Eric Crabtree, diretor global de Financial Services da Unisys explica que “o desafio de hoje para muitos bancos e instituições financeiras é como ser relevante e estar em dia com as necessidades de inovação dos clientes. As novas gerações querem uma nova experiência bancária e preferem utilizar smartphones e Internet, em vez do banco físico tradicional”.

Carregar documentos de identificação no celular já é realidade

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Cada vez mais empresas privadas e públicas disponibilizam serviços no meio eletrônico para proporcionar comodidade às pessoas. Lojas virtuais, Internet Banking, e-CAC, eSocial e Portal de Assinaturas – sim, é possível assinar documentos com validade legal e jurídica também na internet – são exemplos. Na mesma proporção que a adesão a esse novo jeito de “resolver a vida” cresce, aumentam as possibilidades de como acessar esses serviços. Se antes o computador era a porta de entrada, hoje são os dispositivos móveis que estão ganhando espaço. Inclusive, além de viabilizar o acesso à internet, eles podem armazenar, com segurança, os nossos documentos de identificação.

E o motivo é simples. Qual é o acessório que diariamente acompanha a maior parte das pessoas? O celular. É nele que estão todos os compromissos do dia, o e-mail corporativo, o aplicativo de mensagens instantâneas, as fotos do último evento… Enfim, o smartphone se tornou a extensão de nós mesmos. E as empresas que não acompanham esta tendência, já estão paradas no tempo.

É por isso que os documentos de identificação também estão se tornando mobile para facilitar o uso nas aplicações nas quais eles são necessários e, também, evitar o famoso “não está comigo, esqueci no escritório ou em casa”, quando é preciso apresentá-lo ou usá-lo. Recentemente, foi lançado no mercado o MobileID, uma nova modalidade de Certificado Digital que pode ser armazenada em dispositivos móveis. Com essa novidade, o e-CPF e o e-CNPJ podem ser carregados no celular ou tablet. Daí, o dono pode “resolver a vida” do smartphone: assinar documentos, acessar o e-CAC, se autenticar em sites… De onde quiser e a qualquer momento.

Outra iniciativa que vai ao encontro do mundo mobile é o Projeto de Lei 2006/15, do deputado Tenente Lúcio (PSB-MG), que propõe que os motoristas apresentem documentos, como a CNH e o Renavan, do veículo, em formato digital, pelo celular, desde que o portador tenha Certificado Digital válido. O projeto está em trâmite em caráter conclusivo (não precisa ser votado em Plenário).

Esse cenário mostra que o digital e o mobile estão e estarão cada vez mais presentes na vida das pessoas. A comodidade da compra on-line e de acessar o banco pela internet já não são mais novidades, porque fazem parte da rotina dos tempos atuais, assim como, em breve, carregar os documentos de identificação no celular será.

(Fonte: Maurício Balassiano é diretor de Produtos e Tecnologia da Certisign).

Tudo o que realmente importa sobre Black Friday 2 meses antes da data

Nelson Scoz (*)

Economicamente passamos por um ano complicado por conta de toda a turbulência política que atravessa o país, mas o e-commerce nacional pode se orgulhar de ser um oásis em meio a tanta dificuldade

Mesmo não tendo evoluído tanto quanto cresceria em condições normais, o faturamento aumentou nas datas sazonais do 1º semestre, fato que ainda deve se repetir em dois eventos importantes para o setor: Black Friday e Natal.
Além da última sexta-feira de novembro, a Black Friday já tomou conta também do restante da semana que a antecede, figurando como uma verdadeira Black Week, e fazendo com que muitas pessoas, inclusive, adiantem as compras de Natal. Por isso, a recomendação é ficar de olho na lucratividade real que esse evento pode agregar ao negócio e investir pesado em ações para a data. Dezembro já não é mais a salvação dos varejistas, como vimos em 2015, com o mês anterior sendo ainda mais forte que a véspera das festas de final de ano.
A Black Friday acontece no Brasil desde 2010 e já se incorporou ao calendário do comércio no país. Conforme o mês de novembro vem chegando, milhares de marcas já começam a colocar em prática os preceitos básicos: ‘invista em tecnologia’, ‘prepare seu site’, ‘invista em marketing’, entre outras dicas genéricas que você, empreendedor, já está cansado de saber.
Mas além de tudo isso, para quem aposta alto na data, é muito importante ter em mente que a preparação com antecedência de toda a operação é o que deve guiar o sucesso esperado. É preciso também ter consciência do cenário real para que as expectativas não sejam frustradas. Para facilitar ainda mais, separamos 3 dicas essenciais para que sua loja virtual seja bem sucedida durante o feriado de compras.

1) Sem estrutura, o lucro não aumentará
A não ser que você queira passar a sua trajetória empreendedora inteira ‘namorando’ o mesmo faturamento, invista em uma estrutura robusta. Mesmo se sua plataforma der conta do número de acessos de sua loja virtual o ano todo, é possível que durante a Black Friday o servidor fique lento e até seu site caia. Cada segundo que você estiver fora do ar significa menos conversões de compra e migração de clientes para o concorrente.
Empresas como a Rakuten oferecem balanceamento de carga que garante a distribuição do tráfego e evita sobrecarga nos servidores, além de disponibilizar uma equipe em tempo integral durante o feriado de compras. Na Black Friday do ano passado, por exemplo, o aumento no número de pedidos entre todas as empresas do e-commerce nacional foi de 24%, enquanto esse crescimento entre os clientes da Rakuten alcançou mais que o triplo: 82%.
A equação do Black Friday no e-commerce gira basicamente em torno de 7 eixos: navegação, estabilidade, tecnologia, marketing, estoque, preços e entrega. Com uma infraestrutura consistente, o lojista virtual já resolve mais da metade do problema.

2) Não use métricas de anos anteriores
Em 2010 quando chegou ao Brasil, a Black Friday era uma absoluta novidade, o que, naturalmente, causou um furor entre os consumidores, ainda mais com uma economia que crescia 7,5% ao ano. Foi fácil multiplicar por 10 o faturamento da Black Friday brasileira no ano seguinte. Tal façanha já não se repetiu nas edições posteriores, que continuaram crescendo a números nem tão graúdos até registrar a menor porcentagem de aumento em 2015: 38% em relação à 2014 segundo o E-bit. As previsões para esse ano ainda não foram divulgadas pelos institutos de pesquisa, mas fica nosso palpite: é pouco provável que o aumento de vendas seja maior que 38%.

3) Se prepare, mas não se iluda
A Black Friday é a melhor data em vendas depois do Natal, é essencial para o setor e já foi totalmente incorporada também pelos consumidores brasileiros. Você precisa se preparar e alcançar os melhores resultados possíveis porque o feriado de compras registra o maior fluxo de clientes do ano em um único dia. Se você não estiver pronto, algum concorrente estará.
Mas lembre-se: a Black Friday só é tão forte porque antecipa uma parte das vendas de presentes para o Natal, o que significa que você precisa calcular um faturamento mais fraco que o normal para os primeiros dias de dezembro.

(*) É Gerente de Consultoria e Performance da Rakuten Brasil.