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Tecnologia 01/09/2016

em Tecnologia
quarta-feira, 31 de agosto de 2016
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O poder do Business Intelligence para solução de defeitos automotivos

Uma análise de dados eficiente pode ajudar a prever falhas, prevenir acidentes e trazer maior eficiência na solução de problemas

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Lisandro Sciutto (*)

Quase todo mundo que projeta, constrói, conserta ou dirige automóveis já ouviu falar da trágica situação da instalação defeituosa de airbags nos veículos. Em junho desse ano, uma grande marca de carros estrangeira anunciou um recall envolvendo 325.130 unidades de diferentes modelos de automóveis devido a falhas no airbag. Mesmo com o escopo de recalls se expandindo continuamente, fornecedores de airbag e os fabricantes de automóveis estão se esforçando para identificar porque esses airbags não funcionam como o esperado.

Existem muitas fusões acontecendo na comunidade de fabricantes, e isso resulta em múltiplos fabricantes de equipamentos originais (OEMs, na sigla em inglês) utilizando os mesmos componentes, a partir do mesmo fornecedor, em vários modelos de veículos diferentes. Isso proporciona economias de escala aos fornecedores e melhora as margens de lucro. No entanto, também aumenta as consequências quando um componente defeituoso – como um airbag – se encontra no mix de um veículo maior.

Enquanto as respostas do porquê os airbags não funcionaram corretamente continua esquiva, uma coisa é certa: esses airbags falharam devido à uma complexa combinação de fatores, inclusive o design do airbag, do veículo, e ambiente em que o automóvel estava operando na hora da falha.

Investigações como essas requerem profundidade, eficiência, colaboração e, principalmente, acesso a informações precisas.

Sensores funcionando por tempo demais
Enquanto o acesso a informações precisas de todas as fontes é importante, o acesso à dados gerados a partir do veículo é absolutamente essencial tanto para os fornecedores de automóveis quanto para os OEMs. Esses dados ajudam a resolver defeitos de produtos mais rapidamente, melhora o design de produtos futuros e proporciona otimização do processo de fabricação.

Carros geram muitos dados – em média cerca de 1.3 gigabytes por hora. Essa informação é concebida por dúzias de sensores instalados pelo veículo que capturam e publicam dados de desempenho operacional de componentes críticos, inclusive dos airbags. Análises desses dados coletados pelos sensores podem ajudar fornecedores automotivos e OEMs a diagnosticar mais rapidamente defeitos de produtos. Infelizmente, a pouca análise de dados de veículos hoje é feita apenas pelas OEMs.

Impacto do ecossistema de fabricantes automotivos na solução de problemas
Apesar de as tecnologias de análise de dados estarem disponíveis para uso de qualquer empresa, todos os dados de sensores de veículos pertencem às OEMs. Essas informações não são coletadas ou armazenadas de uma forma que seja fácil de compartilhar com os fornecedores, o que significa que as OEMs são as únicas com acesso para analisar os dados de veículos. A impossibilidade dos fornecedores automotivos de acessar esses dados os impede de utilizar ferramentas poderosas de análise para detecção de defeitos e melhoria de produtos. Os fornecedores dependem de resumos de análises feitas pelas OEMs para cada marca e modelo em que os fabricantes de automóveis têm uma das suas peças instaladas. Porém, as OEMs podem escolher livremente se – e quando – vão compartilhar essas informações com os fornecedores.

Mas, e se o fornecedor de airbag tivesse tanto o acesso quanto as ferramentas com ele para analisar os dados de cada marca e modelo do veículo onde seus produtos foram instalados em todos os fabricantes de carros? Ele logo poderia ver tendências e padrões que poderiam oferecer insights sobre o porquê esses airbags falharam.

Uma situação ainda melhor seria se o fabricante de airbag tivesse uma real experiência de previsão com acesso à dados em tempo real, e utilizasse ferramentas de analytics para monitorar proativamente o desempenho de suas partes juntamente com os processos de seus fabricantes para antecipar problemas antes que eles causassem danos. Ao invés de analisar toda a informação depois que uma peça falha – pressupondo que eles recebem todos os dados – o fornecedor teria a capacidade de identificar um potencial defeito antes que acontecesse, salvando vidas e reduzindo custos.

O poder do business intelligence não começa e termina apenas na previsão ou gerenciamento de incidentes. A informação é obtida a partir da observação de tendências e padrões que podem levar a uma revogação de peças ou falha, que podem também informar ajustes a coisas no começo da supply chain – incluindo design, materiais e processos. Isso é possível quando fornecedores automotivos têm acesso à informação e integram dados de seu business intelligence e processos de supply chain no sistema de ERP.

Hoje existem sistemas e ferramentas para transformar os complexos e exorbitantes dados em insights significativos, preditivos e úteis. Ferramentas de analytics têm o poder de ajudar tanto fornecedores automotivos quanto OEMs a eficientemente melhorar a qualidade de produtos enquanto economiza em custos e preserva a reputação da empresa. Agora é a hora de começar a garantir a todas as OEMs e fornecedores automotivos acesso aos dados necessários para executarem análises ricas e necessárias para eficientes soluções de problemas.

(*) É diretor de produtos da Infor LATAM.

Parallels Desktop 12 ganha integração com o macOS Sierra

Em lançamento mundial, a distribuidora paulista Boxware anuncia a chegada ao Brasil do Parallels Desktop 12 para Mac. A nova versão conta com mais de 20 utilitários e ferramentas, além de melhorias de performance e integração com o macOS Sierra, permitindo rodar o app do Xbox no Windows emulado – e abrindo espaço para streaming de jogos do Xbox One em computadores Apple.
Mas as novidades para gamemaníacos não param por aí. Graças a um trabalho conjunto entre desenvolvedores da norte-americana Parallels e o time da também norte-americana Blizzard, importante provedora e editora de softwares de entretenimento, a versão 12 do Parallels chega ao mercado prontinha para rodar o popular jogo multiplayer Overwatch em uma VM (Virtual Machine) com Windows no Mac. O Parallels Desktop 12 em versão Português do Brasil pode ser encontrado nas lojas Apple e Ponto Frio, Americanas.com, Submarino, Shoptime, Extra.com, Siliconaction e SoftwareStore.com.br, ao preço sugerido de R$ 299.

BotChatters para Redes Sociais: O Fim dos Aplicativos Mobile

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Após o lançamento da Apple Store (iOS), em julho de 2008, e do Play Store (Android), os aplicativos mobile tornaram-se uma febre no atendimento. Desde então, praticamente todas as grandes empresas lançaram seus aplicativos com o objetivo de facilitar o relacionamento e estar mais próximo dos clientes. Porém, com o surgimento dos chamados botchatters para redes sociais, os aplicativos parecem estar perdendo sua força original.

Devido à capacidade de processar a linguagem natural escrita e falada, os botchatters conseguem iniciar o atendimento com uma pergunta aberta “Como posso ajudar?” e resolver as demandas básicas dos consumidores, eliminando o chamado “labirinto de menus” (típico da tradicional navegação por categorias e opções dos aplicativos).

De olho nessa oportunidade, em abril deste ano, o Facebook disponibilizou a sua API para que os desenvolvedores de botchatters pudessem utilizar o Messenger como um novo canal de atendimento automático. Isso ocorre da mesma forma em outras redes sociais, como Skype e Twitter. O Telegram, por exemplo, com a intenção de atrair desenvolvedores de botchatters, ofereceu prêmios de 25 mil dólares para quem desenvolva um botchatter “surpreendente” em sua plataforma.
Como resultado, atualmente (jul/2016) já existem mais de 10k botchatters de redes sociais em desenvolvimento pelo mundo. Apesar destas iniciativas, acreditamos que muitos usuários frequentes de algum produto ou serviço continuarão instalando os aplicativos para se comunicar com as empresas. Por outro lado, os usuários não frequentes (e até parte dos usuários frequentes) certamente preferirão o botchatter, para que a sua solicitação seja atendida com mais agilidade (inteligência artificial) e sem a necessidade de sair de sua rede social preferida, quando já estiver logado (conveniência).

Além da maior portabilidade dos botchatters entre os aparelhos iOS, Android e Windows Phone, a forte presença das redes sociais no espaço limitado da home-screen (smartphones) lança uma grande expectativa sobre o brilhante futuro dos botchatters. Resta saber como será a divisão do bolo do negócio de atendimento com os aplicativos.

(Fonte: Marcelo Arakaki é sócio fundador e COO da Bluelab, empresa especializada em automatizar o atendimento ao cliente, que possibilita em algumas operações solucionar até 95% das demandas dos clientes via telefone, webchat ou Facebook).

Hashtags, já que meu outro computador é um data center

Sigmar Frota (*)

My other car is a Rolls Royce. Nos Estados Unidos, por volta anos 1970, não era difícil encontrar essa frase estampada em adesivos colados nos para-brisas traseiros de carros clássicos ou extravagantes

Os donos de tais veículos, em tom bem-humorado, queriam registrar que, embora suas conduções parecessem modestas ou exóticas, algo mais potente e moderno estava guardado em casa, para talvez ser usado em outro momento e outras condições.
Curiosamente, em 2006, tal frase seria revisitada e aplicada ao mundo da tecnologia da informação. Em um evento de desenvolvedores, o Google Developers Day, a frase apareceria estampada em um adesivo (sticker) colado na traseira da tela de um notebook de um dos apresentadores, com a seguinte grafia magistralmente adaptada: My other computer is a data center.
Uau, que ideia, que conceito; até em Português não perde o impacto e fica bom: Meu outro computador é um data center. #curti
Pense em qualquer serviço online que você usa: Google, Youtube, Facebook, Instagram, Twitter, Whatsapp, Snapchat. São plataformas digitais que recebem e guardam conteúdo de texto, fotos, áudio e vídeo de seus usuários. Tudo armazenado em data centers, que podem estar localizados em qualquer lugar do mundo, mas que ao mesmo tempo estão – em 99,999% das vezes, para usar uma medida técnica de acordo de serviço (SLA) – prontos para oferecer a você acesso imediato.
Ou seja, você tem um ambiente não-local dos seus dados e da computação dos mesmos, que você não vê, que não te pertence, mas que está ali disponível sempre. É o seu “outro computador”, além daquele no qual você está navegando e que está fisicamente com você, seja na forma de desktop, notebook ou mesmo smartphone.
Se fizermos tal afirmação em tom de descoberta – um tanto quanto óbvia e observável – da existência deste outro computador não-local, “não-seu” e 99,999% disponível a uma pessoa com menos de 18 anos, ouvirá com certeza um sonoro “Tio…qual a novidade nisto?”; o famoso “So What!?”, mais direto ao ponto do idioma Saxão. #normal
Agora imagine a mesma assertiva de descoberta e uma pequena correlação – não tão óbvia – para o uso moderno do conceito de “outro computador” ao típico gestor de TI corporativa; função ocupada por representantes da faixa alta da Geração X na casa dos 40 anos ou Baby Boomers experientes com 50 ou mais. Certamente ouvirá destes um “Tá louco!? Meus dados e a computação deles fora daqui, da minha vista? “. #nunca
Se pensarmos em tal contraste de reações e dos motivos do acalorado debate entre visões tão distintas quando o assunto é data center e computação em nuvem pública, veremos que talvez seja uma questão menos tecnológica e mais cultural. Similar ao debate “não tenho carro e só uso Uber” de um lado e “sou bem-sucedido, tenho um Porsche do ano e vou trabalhar com ele” do outro. Isto é bem cultural.
E aí cabe sim voltar a provocar perguntando: Por que o gestor da TI corporativa não quer ou tem receio de usar o “outro computador”? Será que o seu “outro computador” é um Rolls Royce e você não vem usando ele e nem mostrando ao mundo que ele existe? Ou melhor…será que o “outro computador” não deve ser usado “como Uber”, chamado quando preciso do serviço, dispensado o custo de se ter um carro? #TImode2
Para concluir, poderíamos chover no molhado aqui, revisitando argumentos já postos e largamente conhecidos: vantagens de Opex vs Capex pelo uso de data centers; a visão utilitária da TI do futuro; a elasticidade como atributo para atender os picos de usos de TI em novos modelos de negócios; o pagamento sob demanda e de acordo com o uso (pay as you go); o sucesso de uso com as startups que já começam usando data centers desde de seu day-one de funcionamento. #tánoGoogle
Mas, ao invés disso, vamos fazer diferente: ao gestor de TI que se sentiu desafiado pelo conceito e gostaria de melhorar o seu mindset quanto ao tema, deixamos a provocação contida na frase “meu outro computador é um data center” para pensar com tudo que foi dito acima, abotoada à reflexão bem sincera – tipo papo reto ao qual as novas gerações estão acostumadas – de que a Idade da Pedra terminou, mas não por falta de pedra. #fato #prontofalei

(*) É Chief Marketing Officer da Vert.