Cinco conselhos para adoção de um ERP modernoUm software de gestão moderno considera a capacidade de expansão da empresa e entende bem sobre o negócio Lisandro Scuitto (*) Quando você fala sobre planejamento de recursos empresariais, o que vem a sua mente? Adoção de tecnologia (s) específica (s)? Um ERP inteligente e moderno? Faça uma pesquisa com alguns dos seus colegas de profissão e chegará a conclusão que as empresas esperam funções inteligentes das soluções de ERP vendidas como ‘modernas’. Com isso, o desafio dos fornecedores de ERP tem sido, cada vez mais, transformar diversas atividades no “core” do software, e se aprofundar em áreas funcionais capazes de apoiar o desenvolvimento da organização. Um exemplo disso são os ERPs que fornecem capacidades básicas de gestão de recursos humanos integrado com uma solução de gestão de capital humano, que permita não apenas fazer a gestão de talentos, mas a de aprendizagem dos colaboradores. Por isso, veja cinco conselhos fundamentais antes de adotar uma solução de ERP vendida como ‘moderna’: 1) Expansão A crise econômica não deve desanimar o empresário. É preciso sim pensar em expansão dos negócios antes de adotar uma tecnologia. Conhecer as necessidade de cada líder da organização e consider o crescimento dentro da estratégia e da fase tecnológica da empresa é um bom começo. Antes de adotar a tecnologia, tenha em mente as necessidades que surgirão com o crescimento. Por exemplo: o aumento de vendas demandará uma solução para melhorar o relacionamento com clientes; e a expansão dos negócios e do número de funcionários, uma de gestão de capital humano e de localização. 2) Analise os fornecedores, mas saiba do que precisa Muitas vezes, os vendedores de softwares estão “encaixotados” ao fazer a demonstração dos seus produtos. Tenha cuidado ao definir o escopo do seu projeto de ERP com base nas necessidades atuais da empresa. Isso permitirá que os fornecedores sejam mais detalhistas em suas propostas, no entanto, os vendedores devem mostrar a integralidade da sua estratégia, portfólio de soluções e roteiros de negócios que permitiram a sua equipe considerar o potencial de cada fornecedor como um parceiro estratégico. 3) Cuidado com a personalização a qualquer custo Escolher um fornecedor que entenda do segmento do seu negócio e conheça as terminologias e regulamentos específicos evitará criar a necessidade de fazer modificações no sistema de gestão, e também evita as ‘personalizações a qualquer custo’, que podem dificultar a atualização do software e comprometer a assistência técnica. Para minimizar essas mudanças é aconselhável adotar processos padrão. 4) Planeje a implementação Planejar a implementação é essencial, pois pode ajudar no treinamento dos colaboradores e a fazer bom uso do suporte oferecido pelo fornecedor, inclusive no update da solução. Lembre-se que a experiência do usuário é importante, pois quanto mais intuitiva a solução, melhor é a aprendizagem. Por isso, não apresse ou pule etapas necessárias na implementação. Também mantenha o controle das decisões sobre o volume do seu projeto, expectativas e resultados concretos, e colabore com o seu fornecedor em estratégias de implementação bem-sucedidas que aconteceram na empresa. Claro que nenhum projeto de ERP é exatamente igual, mas trabalhar em conjunto com pacotes de ferramentas de implementação do fornecedor pode ser útil. 5) Não é apenas funcionalidade: Recursos como mobilidade e nuvem também são formas de envolver os funcionários com aplicações de negócios e ainda melhoram a comunicação interna. Uma solução ERP flexível permite que as organizações se concentrem nos detalhes que mais importam para seus negócios, como a busca por novas fontes de receitas e formas de atrair novos clientes. Por isso, é preciso se atentar a alguns aspectos importantes do software: velocidade, qualidade, inovação e serviço. O ERP verdadeiramente moderno atende às necessidades atuais da empresa, visando sempre o crescimento futuro do negócio. (*) É diretor de produtos da Infor LATAM. | Será que existe frete grátis?Você sabe quanto custa o “frete grátis”? E você sabe quem paga pelo frete quando ele sai sem custo para o consumidor? Essas são algumas questões que pouco são respondidas dentro e fora do mercado de varejo, principalmente pelos consumidores que são atraídos pela frase “Frete Grátis” em cada propaganda, comercial ou newsletter que é enviado. Esta é uma das diversas palavras-chaves bastante usadas no mercado de varejo em geral, principalmente no online, por aumentar consideravelmente o número de acessos, e consequentemente de compras convertidas nos sites. Há empresas que utilizam do frete grátis todo o tempo, outras aproveitam para usar em datas comemorativas, pois são ótimas oportunidades dos clientes conseguirem adquirir os produtos com um preço consideravelmente melhor, além da economia com o transporte. Porém, odeio estragar a “festa”, mas o frete grátis, de fato, não existe! Se ele não está sendo cobrado do cliente final, alguém está arcando com esse custo. A política do frete grátis surgiu nos anos 90, nos Estados Unidos, e era bastante utilizada pela maioria dos varejistas, que ofereciam essa opção como forma de estimular seus clientes a comprarem. Essa prática funcionou no início, pois era cômodo para os consumidores e para as empresas, custear o serviço de entrega não afetava consideravelmente nas operações. O Brasil apostou no modelo americano, porém se deparou com a nossa logística deficitária, onde os custos com os transportes eram elevados. Assim, muitos e-commerces passaram a perder com essa prática e muitos deles chegaram a operar no vermelho, fazendo com que os índices de frete grátis fossem aos poucos saindo de uso. A partir daí, as empresas começaram a repassar os custos do frete para os clientes, mas de uma forma que não acarretasse no abandono de carrinho, o que poderia ocasionar outro problema para as marcas. Os varejistas então começaram aos poucos a ofertar diferentes formas de entrega, dando ao cliente a opção de escolher a melhor maneira de adquirir o produto – assim como vemos nos dias de hoje. Mesmo sendo pouco visto pelos consumidores em geral, a oferta de frete grátis ainda é comum, e os varejistas usam essa tática para não só atrair clientes, mas para fidelizá-los. Vale lembrar que quando bem estruturada uma campanha, mais benefícios à loja virtual. Entretanto, se não for bem planejada, uma política de frete grátis pode trazer muitos prejuízos para o lojista, podendo até zerar a margem do lucro na venda. É importante ressaltar que devido à baixa qualidade da logística no Brasil, muitas pessoas ainda preferem pagar mais caro por um melhor serviço. O crucial é garantir, primeiramente, a satisfação do cliente e as condições de frete são determinantes nesta hora. Outro ponto importante é melhorar o seu serviço, apostando em soluções inovadoras que já estão disponíveis no mercado e que permitam a elaboração de campanhas de frete segmentadas e eficientes, que não afetarão a margem de lucro de sua empresa. (Fonte: Guilherme Reitz é fundador do Axado, empresa catarinense, líder no mercado de gestão de fretes para e-commerce, indústrias e varejo físico. Com atuação nacional e por meio de uma equipe especializada, a empresa oferece soluções do pré ao pós-venda, com foco na eficiência e redução de custos logísticos). Desmascarando os três principais mitos da TI híbridaKong Yang (*) Estamos em meio a uma mudança que acontece uma vez a cada década no panorama tecnológico Os especialistas do setor antecipam um crescimento anual de 44% nas cargas de trabalho baseadas na nuvem nos próximos anos, e espera-se um crescimento de 19% ao ano no mercado de infraestrutura de nuvem nos próximos dois anos. Apesar desse crescimento explosivo, a maioria das empresas e dos profissionais de TI reconheceram que a nuvem pode ser para todos, mas não para tudo. Na verdade, uma recente pesquisa da SolarWinds concluiu que somente 15% dos profissionais de TI brasileiros afirmam que suas organizações não migraram pelo menos parte da infraestrutura para a nuvem, mas 64% alegam ser improvável que toda a sua infraestrutura chegue a ser passada para a nuvem. O meio-termo, uma estratégia conhecida como TI híbrida (migrar alguns dos serviços de TI para a nuvem, mantendo alguns serviços críticos no local), oferece às organizações o melhor de ambas as alternativas, sendo considerado o futuro da TI. Contudo, ainda existem muitos conceitos errôneos e preocupações com relação à sua operação. Desmascaramos aqui alguns dos mitos mais prevalentes sobre a TI híbrida. Mito 1: a nuvem não proporciona o mesmo nível de desempenho e disponibilidade que a minha infraestrutura local. Existe, certamente, um elemento de verdade neste aqui; mas, como a maioria dos mitos, ele deve ser desmentido. Alguns anos atrás, quando a computação em nuvem acabava de decolar, o desempenho consistente e a disponibilidade confiável eram considerados verdadeiros obstáculos à adoção. Mas com o amadurecimento natural da tecnologias e a introdução de ferramentas importantes de monitoramento, gerenciamento e ajuste do desempenho da nuvem, as organizações podem ficar tranquilas, sabendo que a nuvem pode atender aos requisitos de desempenho e disponibilidade, mesmo de alguns dos aplicativos mais exigentes. Vamos tomar o armazenamento na nuvem como exemplo: há alguns anos, os sistemas de armazenamento compartilhado na nuvem apresentavam um desempenho muito imprevisível, o que às vezes implicava em uma grande desaceleração. No entanto, a arquitetura dos sistemas de armazenamento na nuvem de hoje, com frequência baseada em unidades SSD, instâncias otimizadas para armazenamento e opções com desempenho garantido, oferece até 48 mil IOPS, um desempenho mais do que suficiente para atender às necessidades de processamento da maioria das organizações. E, embora há alguns anos interrupções e tempo de inatividade na nuvem fossem de fato algo corriqueiro, os SLAs dos provedores de nuvem de hoje, combinados com a simplicidade de definir réplicas, sistemas em espera e a durabilidade dos dados armazenados na nuvem, costumam superar o que os departamentos de TI podem fornecer com um sistema médio local. Apesar de tudo isso, no final das contas, os profissionais de TI ainda são, em última análise, os responsáveis pelo desempenho e a disponibilidade em geral. Portanto, é importante monitorar a contenção de recursos e os congestionamentos, bem como provisionar estrategicamente as cargas de trabalho usando ferramentas abrangentes de gerenciamento de desempenho que proporcionem visibilidade e permitam a disponibilidade em toda a pilha de aplicativos. Mito 2: é muito caro migrar para um ambiente híbrido. Em alguns aspectos, a nuvem pode parecer proibitiva em termos de custos, mas o oposto costuma ser verdadeiro. A flexibilidade que a TI híbrida proporciona oferece às organizações a capacidade de considerar as necessidades de recursos, segurança e desempenho de cada carga de trabalho, entre outras coisas, antes de decidir se ela é adequada à nuvem ou se deve permanecer local. Além disso, a nuvem pública também proporciona economia de escala, ou seja, as organizações podem comprar serviços ou infraestrutura de nuvem sob demanda somente quando necessário, em vez de gastar seu capital em hardware físico que pode fornecer mais espaço do que a organização de fato usa. Se o custo for uma preocupação relevante para a organização, ela deve conduzir uma análise criteriosa não apenas das estruturas de preços nos SLAs dos provedores de nuvem, mas também valer-se de ferramentas de monitoramento e gerenciamento para rastrear métricas de alocação e uso das cargas de trabalho do hardware existente nas instalações. O desperdício nos gastos com infraestrutura do departamento de TI pode chegar a 50% como resultado de planejamento impreciso da capacidade, provisionamento excessivo, recursos zumbis e devoradores de recursos. Em última análise, o posicionamento estratégico de dados na nuvem e o trabalho em parceria com os provedores de serviços de nuvem, bem como a manutenção simultânea de alguns dados locais, resultam em uma estratégia de TI mais econômica e eficiente, que se alinha melhor às necessidades da empresa. Mito 3: a nuvem elimina a governança e compromete nossa segurança. Este mito certamente persistiu nos primórdios da computação em nuvem, quando as ofertas eram menos personalizáveis e os departamentos de TI tinham pouco controle sobre o gerenciamento ou a visibilidade. No entanto, ainda que a migração de aplicativos e cargas de trabalho efetivamente abra mão de algum controle, especialmente da manutenção no dia a dia, as organizações de hoje têm mais liberdade de construir as soluções de que precisam, à medida que os provedores de nuvem continuam a reduzir as barreiras ao consumo de serviços de nuvem. Isso não significa que os profissionais de TI não devam fazer uma auditoria antes de passar tarefas ou dados específicos para um provedor de nuvem. Além de evitar surpresas com taxas suplementares, esse exercício ajuda a entender mais minuciosamente o provedor escolhido, o que inclui estar a par de novos serviços e capacidades, entender os SLAs, analisar sua arquitetura recomendada e estar bastante ciente de manutenções programadas que possam ter algum impacto. Com isso, as organizações podem começar a aproveitar os benefícios do uso de uma solução de nuvem pública, como facilidade de uso, uma grande variedade de serviços testados por engenheiros e com garantia de qualidade e eficiência de custos. Logicamente, sempre que a governança de dados é mencionada, preocupações quanto à segurança e à conformidade não ficam muito atrás. É verdade que essas devem sempre ser considerações prioritárias (segurança nunca é demais), mas também é importante perceber que a infraestrutura e/ou a localização dos dados têm muito menos importância do que a acessibilidade. Na verdade, qualquer coisa que possa ser acessada externamente – sejam servidores na sala de servidores ou na nuvem – tem a mesma probabilidade de ser invadida. Não são apenas as estatísticas que demonstram que a nuvem oferece uma taxa mais baixa de violações, mas também as manchetes: ocorreram muito poucas violações de alta exposição na nuvem pública, enquanto as violações que envolvem dados nas próprias instalações continuam crescendo. Vale lembrar que muitos dos provedores de maior porte já implementam programas de conformidade para algumas das políticas mais rigorosas, o que inclui HIPAA, PCI DSS, FEDRAMP, SOX e muitas outras. Para garantir que os dados estejam devidamente protegidos na nuvem, as organizações de TI devem ter muita clareza quanto à sua prioridade na atenuação de riscos, às regulamentações de segurança corporativa que precisam ser seguidas e às certificações de conformidade que devem ser obtidas, pensando em cada carga de trabalho específica. A partir daí, elas podem trabalhar com o provedor de nuvem para criar um plano que atenda a todos os requisitos da carga de trabalho e mantenha os dados tão seguros, senão mais seguros, do que se estivessem enfurnados no fim do corredor. Conclusão Embora a TI híbrida seja considerada o futuro da TI – ou realidade para a maioria das empresas – a decisão de migrar parte da infraestrutura existente para a nuvem não deve ser subestimada. Os profissionais de TI devem refletir sobre quais sistemas, bancos de dados e aplicativos são mais adequados às instalações e quais podem ser removidos do data center para que possam aproveitar melhor as vantagens da TI híbrida. Mas no mínimo, considerando a maturidade do mercado de nuvem atual e as ferramentas disponíveis tanto dos provedores quanto de fornecedores terceirizados para gerenciar e monitorar melhor sistemas e aplicativos, a capacidade da nuvem de atender às preocupações com desempenho, custo, governança e segurança não devem ser subestimadas com base em hipóteses antiquadas. (*) É gerente técnico da SolarWinds. |