Aplicativo para surdos transforma conteúdos da internet em LibrasUma nova versão da Suíte Vlibras foi lançada ontem (5), em Brasília. Trata-se de um conjunto de ferramentas digitais que amplia a acessibilidade das pessoas com deficiência auditiva a conteúdos online O conjunto de aplicativos está disponível para download gratuito no Portal do Software Público Brasileiro (SPB). O coordenador do projeto Vlibras, Tiago Maritan, explica que o conjunto de aplicativos faz a tradução de conteúdos digitais (texto, áudio e vídeo) para Libras, a Linguagem Brasileira de Sinais, através de um boneco (avatar) 3D. As pessoas com deficiência auditiva podem selecionar textos e áudios e, com um clique, traduzir estes conteúdos para Libras. “Ao contrário do que muita gente pensa, a maioria das pessoas surdas não são alfabetizadas em português. Além de ter, muitas vezes, dificuldade de acesso a educação, elas têm também a barreira do português, que não é a sua língua mãe. A primeira língua é a linguagem de sinais”, explica Maritan, que é professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). O sotware Vlibras possui uma série de ferramentas. Uma delas serve para a tradução de conteúdos de sites, áudios e textos para Libras e pode ser instalada em computadores, navegadores e celulares. Outra ferramenta é a chamada WikiLibras, um sistema para correção e inclusão de novos sinais. Maritan afirma que ainda hoje há um abismo entre a quantidade de palavras em língua portuguesa e a quantidade de sinais. “O português tem 300 mil palavras e libras tem de 10 a 15 mil sinais definidos. Então, quando alguém sentir falta de algum sinal na ferramenta, ele pode entrar lá e contribuir gerando novos sinais. Essa ferramenta é para a comunidade de surdos fazer a inclusão de novos sinais e corrigir os sinais que ela considera que precisam melhorar”, afirma Tiago. Os deficientes auditivos podem, através desta ferramenta, gravar um vídeo com um sinal, que será enviado para um programador reproduzir no avatar. Depois de reproduzido, o sinal passa pelo crivo de especialistas antes de ser validado e incluído no programa. O projeto, que vem sendo desenvolvido há seis anos, surgiu quando uma jovem com deficiência auditiva passou no vestibular de Ciências da Computação na UFPB. A partir do desafio de comunicação com ela, a ideia do pacote de programas foi sendo desenvolvida. Atualmente, o projeto é desenvolvido em parceria entre o Ministério do Planejamento, a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e a Câmara dos Deputados (ABr). |
Após pombas, cafés de Veneza lutam contra gaivotasVencida a batalha contra as pombas, praga de décadas para monumentos e moradores devido à sujeira que fazem, a cidade de Veneza está travando uma nova guerra contra as aves. Dessa vez, o “inimigo” são as gaivotas, que escolheram a Praça San Marco e seus tradicionais cafés e restaurantes com terraços abertos como terreno ideal para encontrar e conseguir alimentos. Os pássaros pousam de repente nos pratos trazidos e levados pelos garçons e roubam pedaços inteiros de sanduíches e pizzas, quebrando pratos e copos bem na frente dos turistas. Os donos dos dois lugares mais célebres da praça, o Quadri e o Florian, decidiram unir suas forças para acabar com a ameaça experimentando armas e armadilhas caseiras. A primeira tentativa foi do Florian, que tentou cobrir os pratos com grandes tampas descartáveis de plástico, mas a ideia não deu certo, já que o “equipamento” era muito volumoso e difícil de ser manejado pelas mesas. Atualmente, as antigas tampas foram trocadas por algumas de papelão, mais leves e práticas. Já o Quadri tentou criar uma espécie de barreira de balões coloridos que deveria espantar as gaivotas. No entanto, a iniciativa também não apresentou resultados satisfatórios. O café, então, agora usa a técnica de esguichar um pouco de água nas aves se elas se aproximarem muito dos pratos, o que também não tem muito sucesso. A última ideia contra os pássaros foi testada perto do cemitério de San Michele: um ultrassom. A armadilha funcionou nos primeiros dias, mas logo depois as aves se acostumaram à “ofensiva acústica” e voltaram a ficar no local. “Precisamos de uma solução mais drástica, como por exemplo usar ‘falcoeiros’, como nos aeroportos”, disse o presidente da Associazione Piazza San Marco, Alberto Nardi. Segundo o italiano, todos os outros métodos, como óleos repelentes, não são realmente eficientes. Por isso, Nardi lançou um apelo para que outras cidades italianas e estrangeiras, não só próximas do mar, sugiram, de acordo com a experiência de cada, a melhor solução para esse problema. Enquanto isso, para desacelerar a ofensiva das gaivotas, o presidente da associação disse que as medidas “contra-pombas” também devem ser usadas para esse novo tipo de praga. Ou seja, Nardi propos que a possibilidade das gaivotas conseguirem comida dos turistas deve ser diminuída ao máximo e, para isso, impedir com que vendedores ambulantes de alimentos circulem pela praça é uma ideia eficiente. “Tirar os ambulantes que vendem milho na praça consentiu em uma redução de 50% do número de pombas”, relembrou o italiano. Além disso, entre as recomendações também a está de evitar abandonar sacos com alimentos na área marítima, reduzir os restos de comida nos espaços públicos e não jogar no chão farelos de pão e bolo (ANSA). | Higienizar corretamente as mãos reduz em até 40% a incidência de infecçõesApensar de não ser segredo para ninguém que a higienização correta das mãos previne uma série de doenças, não é todo mundo que se utiliza constantemente da prática. Há justificativa: os vírus e as bactérias responsáveis por causar doenças não podem ser vistos a olho nu e por isso, a falsa sensação de mãos limpas é constante. Por isso, buscando fazer uma reflexão sobre a importância do tema, desde 2007, a OMS instituiu o dia 5 de maio como o Dia Mundial de Higienização das Mãos. Ainda segundo o órgão, higienizar as mãos corretamente reduz em até 40% a incidência de infecções. Os cuidados com a higienização devem ser tomados tanto por quem está com algum vírus, doença ou infecção (para diminuir os riscos de transmissão), quanto por quem teve contato com alguém mais fragilizado no momento (para reduzir o risco de contágio). A transmissão pode acontecer em momentos que passam, muitas vezes, despercebidos pelas pessoas. Os germes também estão presentes nos mais diversos objetos e superfícies e como não são visíveis a olho nu, muitas vezes não tomamos medidas adequadas de prevenção. Doenças como conjuntivite, diarreia, erupções na pele, resfriados e gripes (incluindo a influenza A H1N1), podem ser transmitidas através do toque das mãos em superfícies infectadas (maçanetas de escritórios, botões de elevadores, telefones) e posteriormente o contato com mucosas. Daí a importância de se realizar uma higienização frequente e correta, recomendando-se que seja gasto em média de 25 a 30 segundos. A OMS recomenda que, sempre que não houver sujidade visível, as mãos deverão ser higienizadas com produto alcoólico. A higiene correta das mãos deve ser realizada da seguinte maneira: as mãos devem ser recobertas com álcool, em seguida, esfregam-se bem o dorso, a palma, os dedos e os interdígitos, isto é, o vão dos dedos. É preciso tomar cuid ado também com a área embaixo das unhas. Se a pessoa tem unhas mais longas, deve colocar álcool gel e esfregar embaixo delas. É importante que o produto alcoólico utilizado contenha agentes emolientes em sua fórmula para evitar o ressecamento da pele das mãoss. Fonte: Laboratório B. Braun S/A (www.bbraun.com.br). Crise no Brasil ‘preocupa’ papa FranciscoA crise política no Brasil, com o iminente afastamento da presidente Dilma Rousseff, está sendo acompanhada de perto pelo papa Francisco. É o que diz o cardeal arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta, que se reuniu com o Pontífice na última quarta-feira (4). “Eu falei com o santo padre e lhe pedi para rezar pelo nosso país, o Brasil, nesse momento delicado de sua vida. E o santo padre disse que está preocupado e que reza pelo nosso país”, declarou o religioso à “Rádio Vaticana”. O encontro ocorreu ao término da audiência geral de Jorge Bergoglio. Perguntado se o Papa segue o desenrolar da crise brasileira, Tempesta respondeu: “Sim, me disse que acompanha e sabe o que está acontecendo”. Segundo o cardeal, a Igreja Católica “confia nos poderes da República e que as autoridades realizam o próprio trabalho de maneira responsável”. “Sabemos que, dentro da Igreja, há pessoas que são a favor e contra a presidente, assim como pessoas a favor e contra o ex-presidente Lula, mas a Igreja deve permanecer unida”, completou o arcebispo, definindo a situação do Brasil como “feia e difícil” (ANSA). |