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Tecnologia 06/04/2016

em Tecnologia
terça-feira, 05 de abril de 2016

Limite de internet requer atenção de empresários

Novas regras e restrições da banda larga fixa podem gerar problemas no futuro

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Robson Costa (*)

Com as recentes transformações tecnológicas e com as inovações cada vez mais nas mãos do consumidor, literalmente falando, era de se esperar que algumas mudanças de comportamento fossem adquiridas com o passar dos anos. As pessoas passaram a utilizar mais as mensagens de texto, os vídeos que usam para aprender alguma nova habilidade, apresentações e entretenimento puro. Em contrapartida a isto, tivemos a redução do uso da TV, do telefone fixo e do celular para fazer ligações. Já existem aplicativos que realizam telefonemas totalmente gratuitos.

Com isso, as operadoras precisaram rever os seus pacotes de banda larga oferecidos ao consumidor e usarão como pretexto o argumento de que o consumo da internet será cada vez maior, portanto também mais caro. Um dos indícios de que isso irá acontecer são os recentes comunicados das operadoras informando o limite de consumo da internet – que reflete uma mudança radical de preços. E não será somente no bolso do consumidor final que isso irá refletir.

Apesar de, já gerando muitas controvérsias, desde o ano passado o consumo limitado já está em vigor para a internet móvel. Agora as operadoras farão a mesma coisa com a internet fixa. As empresas que demandam altos consumos de dados em internet vão precisar se adaptar a esta nova realidade para não ficarem no prejuízo. Como o preço da internet compartilhada é o grande atrativo atualmente, a diferença será cada vez menor entre esse serviço e o link de internet dedicada, que deve entrar em pauta nas empresas nos próximos anos.

Por isso, o melhor momento para se contratar o serviço de internet dedicada é agora – a partir de 2017, o preço deve ficar mais alto, quando haverá um aumento da procura. Geralmente ele é utilizado por empresas que não podem sofrer nenhum tipo de instabilidade no sinal, pois têm uma conexão de acesso exclusivo na rede. Isso assusta muitos empresários que buscam alternativas mais em conta, como a internet compartilhada, mas existem hoje no mercado diversas companhias, prestadoras de serviço, que oferecem pacotes especiais.

Além de poder chegar a ter custo zero nos modelos de negócios, a empresa poderá contar com todo suporte e manutenção e ainda terá a garantia da qualidade do sinal com elevados índices de performance e disponibilidade, além de garantir a velocidade contratada, sem sofrer nenhum tipo de redução ou limite.

Se dizem que em momentos de crises se encontram as grandes oportunidades de crescimento, esta é a hora para se pensar no futuro da sua empresa. Ser um dos pioneiros dessa mudança garante também ser um dos pioneiros no futuro, com planejamento e desenvolvimento muito bem encaminhados.

(*) É Diretor do Grupo Encanto Telecom.

Tecnologia inovadora difunde conceito de smart cities no interior de São Paulo

Motivada a beneficiar os cidadãos e a administração pública com mais agilidade e segurança na emissão de alvarás e acompanhamento das obras, a Prefeitura de Olímpia, no interior de São Paulo, lançou, no final de 2015, o Programa Obra Fácil. Por meio da solução ACTO Obras e Habite-se, o programa permite que as informações e os documentos necessários em cada obra sejam anexados e enviados à administração pública por meio de um formulário dinâmico preenchido online. Em São José do Rio Preto, também no interior paulista, foi implementada a solução ACTO Fiscalização, que ajuda o trabalho dos agentes fiscais e pode ser adaptada de acordo com os principais processos de fiscalização. A tecnologia possibilita migrar todos os cadastros que a administração possui e visualizar as informações completas por região e logradouro de empresas instaladas, imóveis existentes, feiras livres e até mesmo ambulantes.
Nos primeiros 30 dias de funcionamento no município de Olímpia, o Programa Obra Fácil, que opera com a plataforma ACTO Obras e Habite-se, registrou aumento na arrecadação. No período, a construção civil teve valor autorizado, por meio dos alvarás de construção, de mais de R$ 16 milhões, representando o recolhimento de mais de R$ 15 mil em taxas. O Programa também contribui para a elevação de arrecadação sobre as taxas de execução de obras no município, envolvendo um aumento de 282% do ISS na comparação de janeiro de 2016 com o mesmo período em 2015.
Em São José do Rio Preto, a ferramenta organiza a agenda do fiscal e o permite ir a campo com o uso de um aplicativo, facilitando o cumprimento de todas as leis locais e auxiliando na promoção do bem-estar da população. Além disso, a solução permite mais velocidade nas tomadas de decisão necessárias para o cumprimento da legislação. O sistema opera com o gerenciamento dos serviços de Fiscalização de Obras e Posturas Municipais e de perfis cadastrais dos estabelecimentos comerciais, industriais, de prestação de serviços e entidades do município, contemplando implantação, treinamento, suporte, manutenção e infraestrutura necessária para o perfeito funcionamento do sistema.
De acordo com Luiz Alberto Rodrigues, CEO da Eicon, empresa desenvolvedora do ACTO, o objetivo da solução é tornar o gerenciamento da administração pública mais simples e tecnológico, garantindo transparência na gestão. “As pessoas estão conectadas o tempo todo e a comodidade oferecida pelo uso do aplicativo promove uma comunicação mais ágil e eficiente entre os responsáveis pela obra e governo, eliminando irregularidades e encorajando a legitimidade de documentos”, afirma Rodrigues.


Tecnologia para redução de acidentes e mais eficiência no campo e na construção

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Vivemos hoje no Brasil a realidade de quase duas décadas atrás na Europa e América do Norte quanto à aplicação de cabines em máquinas agrícolas e de construção. ‘Antes tarde do que mais tarde’ dizia um colega de trabalho.
Seja pela busca de diferencial competitivo ou por força de regulamentação, o fato é que a adoção do equipamento nos campos agrícolas e nas construções brasileiras representa um importante avanço. As cabines protegem a integridade física do ocupante e possibilitam a aplicação de sistemas de proteção que, para além de prevenir acidentes, podem evitar ataques químicos durante a aplicação de herbicidas.
Isso é muito bom. De acordo com estatísticas da Previdência Social, entre 2007 e 2013 o número de acidentes no campo em todo o País e nas construções bateu na casa dos cinco milhões, o que, além do prejuízo às vidas e às famílias, custou R$ 70 bilhões por ano, 8% desse montante atribuído ao setor de construção.
Não é mais possível assistir passivamente a essa situação. Felizmente, após intensos debates e reuniões do grupo de estudo formado por fabricantes e outros atores dos setores em questão, as normas técnicas foram revisadas, traduzidas e publicadas, e a regulamentação passou a exigir nas máquinas itens de proteção ao ocupante.
Por que demorou tanto? Nos países de primeiro mundo entende-se que para aumentar a competitividade com o retorno sobre o investimento é preciso antes valorizar o capital humano, proporcionando-lhe segurança e conforto no trabalho, o que resulta em produtividade e motivação.
No Brasil da reação à crise, a visão é a de que o uso de máquinas mais equipadas implica na elevação de custo do produto, no aumento do preço final de venda e, por consequência, na redução das margens operacionais.
Não precisa ser assim. A prática e o know-how para driblar os efeitos do custo adicionado, seja por melhorias no produto ou por gargalos de projeto, estão disponíveis no Brasil. Posso dizer por experiência própria que é possível adicionar valor ao produto com vantagens de redução de custo e tempo de desenvolvimento.
Atuando em uma organização 100% brasileira detentora do primeiro centro tecnológico independente do País dedicado ao apoio de projetos de engenharia, não são poucos os cases em que, solicitados sobre soluções para problemas pontuais de produto, conseguimos reduzir consideravelmente os custos e o tempo de desenvolvimento do projeto.
Isso é possível com engenharia e tecnologia de ponta, no caso das cabines aplicadas em testes de conforto térmico (avaliação de ar condicionado), vibração de mãos, braços e corpo, otimização estrutural por simulação numérica, medição de ruído interno e ensaio de durabilidade estrutural em laboratório, simulando cargas de campo.
O mesmo vale para otimizações que abranjam projetos em seu todo. Em um case que realizamos para uma gigante global de equipamentos agrícolas, as análises do processo de fabricação de máquinas resultaram em melhorias estruturais do produto, com redução de custos e prolongamento da vida útil do equipamento para além dos costumeiros 4 ou 5 anos de safras, como queriam os seus usuários.
Ainda que por força de normas regulamentadoras, as cabines e as melhorias de conforto e segurança para os operadores de máquinas agrícolas e de construção no Brasil nos trazem uma saudável perspectiva de mudança.
Podemos vislumbrar no futuro próximo a tão esperada competitividade no campo e canteiro de obras, bem como a equiparação das máquinas produzidas no Brasil às normas internacionais, com possibilidades de atender outros mercados e contribuir para uma indústria nacional mais relevante.

(Fonte: Marcelo Gomes Anelli da Silva é gerente de Tecnologia da SMARTTECH, empresa 100% brasileira com sede em Holambra, SP).

Tecnologia para evitar a poluição sonora nos novos ambientes corporativos

Antonio Flores (*)

Nos escritórios abertos e colaborativos, o som das conversas paralelas atrapalha a concentração, mas a mudança é inevitável e a tecnologia trabalha para se adequar à nova realidade

O novo modelo de escritório ideal é dinâmico, móvel, sem lugares marcados e com integração entre os colaboradores. Chega da impessoalidade burocrática dos e-mails. Os novos ambientes corporativos celebram a voz e a interação direta entre os funcionários – é o fim das mensagens escritas e padronizadas. No entanto, este ambiente integrado apresentou uma nova demanda para as empresas, o gerenciamento de ruídos.
O barulho de pessoas conversando paralelamente pode distrair alguns colaboradores durante as tarefas, mas não há mais porque voltar aos antigos escritórios setorizados, hierárquicos e sonolentos. Ao contrário, é preciso com que haja tecnologia adequada a esta nova realidade – afinal, escritórios abertos são mais do que, simplesmente, espaços sem paredes.
Segundo pesquisa realizada em organizações com mais de 250 funcionários no Reino Unido, na Alemanha e na França, 90% dos profissionais sofrem com os efeitos negativos do ruído nos escritórios, sendo que 55% já formalizaram uma reclamação com os gestores.
A Plantronics avança nessa questão, pois adota este modelo de trabalho nos escritórios no mundo inteiro, ou seja, também é nossa demanda. E porque a empresa tem o compromisso em estar sempre preparada para o que estar por vir – Em 1969, quando o homem pisou na lua pela primeira vez, os headsets utilizados eram Plantronics.
Hoje contamos com tecnologias pensadas para este tipo de espaço. Não é possível mais pensarem em fios, não há porque estar preso a cabos em um ambiente que incentiva a mobilidade, a tecnologia de cancelamento ativo de ruído (ANC), que cancela o som ambiente constante, como o som de ambientes de trabalho ou outros locais onde há muitas pessoas, se tornou prioridade.
O design dos equipamentos também sofreu adaptações – desde mesas, que se transformaram em grandes e colaborativas estações de trabalho, a salas de reuniões que hoje contam com suporte para videoconferências, pois estar presente fisicamente não é mais essencial, o trabalho é. Assim como os aparelhos de áudio e voz. O posicionamento correto do microfone nunca foi tão estudado para captar todo o alcance da voz do usuário sob quaisquer condições.
Não é coerente exigirmos funcionários proativos e dinâmicos para depois enclausura-los em uma baia de trabalho, preso a cabos e sem voz ativa dentro das companhias para dar ideias e solucionar problemas. Não são os escritórios abertos que estão mudando o mercado, mas o contrário. O mercado evoluiu e é preciso avançar em conjunto. O novo exige investimentos, mas o retorno é muito mais interessante do que permanecer imutável.

(*) É Gerente de Marketing Senior da Plantronics para a América Latina.