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Parlamentares preveem 1º semestre paralisado no Congresso

em Manchete
segunda-feira, 01 de fevereiro de 2016

Valter Campanato/ABr

Congresso retoma as atividades legislativas com a leitura da mensagem presidencial.

Deputados e senadores retomam hoje (2) os trabalhos legislativos com a leitura da mensagem da presidenta Dilma Rousseff, em sessão conjunta do Congresso. No documento, que deve ser lido pelo ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, além de destacar propostas do ajuste fiscal aprovadas em 2015, a presidenta vai pedir apoio para novas medidas, que na avaliação do governo, são indispensáveis para a retomada da economia, como a reforma da previdência e a volta da CPMF.
Em nota sobre a retomada dos trabalhos legislativos, o presidente do PT, Rui Falcão, elencou a CPMF, a prorrogação da Desvinculação de Receita da União (DRU) e a taxação dos ganhos de capital, como os assuntos “mais urgentes” e fez um apelo para que os parlamentares analisem estas matérias independente de posicionamentos políticos em relação ao Planalto.
As previsões de parlamentares, tanto da oposição como da base aliada, não são as melhores e o clima para a discussão dessas propostas depois do carnaval não deve ser nada amistoso. “Eu vejo a CPMF como algo que ficou amaldiçoado e você tenha a certeza que esse será o momento de dificuldade. Não será fácil aprovar a volta desse imposto ”, disse o líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE).
Para o senador, Ronaldo Caiado (GO), líder do Democratas, o processo de impeachment aberto contra a presidenta Dilma Rousseff e o julgamento da ação do PSDB, que pede a cassação do mandato dela e do vice Michel Temer, no TSE, é que vão ditar a pauta do Congresso. Ele acredita que, por causa desse cenário político, o Palácio do Planalto não terá condições de avançar na CPMF e nem na reforma da previdência, que segundo ele, são propostas para desviar o foco das denúncias da Operação Lava Jato.
Na Câmara, o líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), reforçou o pessimismo, caso o tom da mensagem do Planalto seja o mesmo do Conselhão (ABr).