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O mundo, desde o lendário Big Bang, nunca cessou seu movimento. É um contínuo fluxo de expansão e, acreditam alguns cientistas, retração. Não há nada parado no Universo. Assim também ocorre conosco. Não podemos ficar parados em uma situação, ideia ou método, correndo o risco de sermos atropelados pelo movimento contínuo que a mudança produz
Num mundo em constante movimento ou você está indo em frente, ou está ficando para trás. Mesmo que seja nosso desejo, não é possível ficar parado no mesmo lugar, fazendo a mesma coisa. Imagine uma pessoa parada numa estação de trem. Há um trem que parte rumo ao futuro. Para a pessoa que ficou parada na estação, a sensação é de que ela ficou no mesmo lugar. Entretanto para as pessoas embarcadas naquele trem, aquela pessoa está ficando para trás. Ou você embarca no trem, ou vai ficar para trás.
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Dulce Magalhães
Filósofa, Educadora, Pesquisadora, Escritora e Palestrante. (www.dulcemagalhaes.com.br).
Se você não avança em sua rotina de vida. Não se aperfeiçoa, não estuda, não muda métodos e hábitos, você até pode imaginar que está mantendo uma situação, mas se existe alguém em algum lugar, que esteja aprendendo, se desenvolvendo e crescendo, essa pessoa é a referência e está lhe deixando para trás.
Não há como escapar da mudança, ela está por toda parte, dentro e fora de nós. E, apesar de todos os nossos esforços, só há dois papéis a ser exercidos na mudança: o de agente ou o de vítima. Como agente de mudança, você tem a responsabilidade de aprender a lidar com o novo, de enfrentar os desafios, de elaborar as soluções. O agente de mudanças não tem as respostas prontas, mas não se intimida, nem esmorece, para encontrá-las. Agir, arriscar, testar, errar, acertar, recomeçar, esses são os verbos daqueles que buscam seu espaço num mundo em constante movimento. Em compensação, é o agente de mudanças que pode aproveitar a jornada, que percebe e aproveita as oportunidades, que cria a própria realidade.
Como dá muito trabalho, e é por vezes estressante viver o papel de agente, algumas vezes nos acomodamos no papel de vítima da mudança. Nos sentimos atropelados pelo ritmo das coisas, parece que o mundo se volta contra nós. Passamos a responsabilidade dos resultados de nossa vida para as mãos de outros e encontramos culpados para tudo o que não estamos alcançando. O governo, a família, a escola, a sociedade, enfim tudo serve de justificativa para os sonhos não realizados. Encontramos vilões onde projetamos nossa angústia, nosso desalento e nossa frustração.
É tão fácil ser vítima quanto agente, é apenas uma questão de decisão. É evidente que há fatos que atropelam nossa existência, porém como afirmava o filósofo Sócrates, a realidade não é formada por fatos e sim por crenças. E o que é uma crença? É a versão que a gente dá aos fatos. Não é o fato em si, mas a forma como reagimos a eles. Ao termos essa percepção, já estamos assumindo uma nova posição no mundo. Na medida que atuamos na mudança de nossa visão da realidade, revisamos nossas crenças e alteramos nosso comportamento, estamos escrevendo uma história diferente para nossa própria existência. E é sempre muito útil refletir que história estamos escrevendo. Se sentir autor de sua própria vida, transfere o poder do externo (governo, família, empresa) para o interno, onde o indivíduo passa a ser um agente eficaz das mudanças que ocorre em seu dia a dia.
É, seguramente, muito fácil, frente a algumas situações aparentemente injustas, como salários aviltantes, desprezo social, discriminação, debilidade física, ou até um simples semáforo fechado, nos recolhermos em nossa posição de vítimas e considerarmos que o mundo se volta contra nós. Todavia, não importa quais sejam as situações que se apresentem você é capaz de encontrar uma solução. Para todos os desafios que vivemos hoje há uma resposta pronta em nós. O que precisamos é buscar essa resposta com afinco, coragem e perseverança.
Quando pensamos em problemas vividos e superados em nosso passado, nos damos conta de que naquele momento o problema parecia maior do que nós mesmos, mas olhando em retrospectiva podemos perceber que ao superarmos a situação passamos a colocar o problema em sua verdadeira dimensão: um estágio para um novo patamar de vida, onde nos tornamos mais fortes, mais confiantes e mais capazes. Esse é o único objetivo dos problemas, nos empurrar para uma situação de progresso. A próxima vez que você tiver que encarar um problema se pergunte: o que eu preciso aprender com isso? Na resposta está sua maior oportunidade de vida.
Compartilhe suas certezas e clarezas conosco escrevendo para o e-mail: [email protected].
Rebeca Toyama
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Coordenação: Lilian Mancuso e Rebeca Toyama