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Economia 07/01/2016

em Economia
quarta-feira, 06 de janeiro de 2016

Inflação para famílias de menor renda atinge 11,52%

Alimentos fecharam 2015 com alta acumulada de 13%.

Dados foram divulgados pelo Ibre-FGV, ao apontar que, em dezembro, a variação do indicador foi de 0,97%, taxa 0,09 ponto percentual abaixo da apurada em novembro

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), relativa às famílias de menor renda (entre 1 e 2,5 salários mínimos) fechou 2015 com alta acumulada de 11,52%, resultado que chega a ser 0,99 ponto percentual superior à variação do IPC-BR (que abrange famílias com rendimento entre 1 e 33 salários), cuja alta no ano passado foi de 10,53%. Os dados foram divulgados pelo Ibre-FGV, ao apontar que, em dezembro, a variação do indicador foi de 0,97%, taxa 0,09 ponto percentual abaixo da apurada em novembro, quando o índice registrou variação de 1,06%.
Em dezembro, o IPC-BR acusou variação de 0,88%, alta também inferior à taxa das famílias de maior renda. A diferença é decorrente do maior peso dos preços dos alimentos na composição do IPC-C1, que teve forte variação no ano passado. Segundo informações da FGV, os alimentos fecharam 2015 com alta acumulada de 13%, a terceira maior para as famílias de baixa renda, ficando atrás apenas de habitação, com alta de 14,6%; e do grupo transportes (13,2%).
Já a queda de 0,09 ponto percentual de novembro para dezembro reflete uma retração de preços em quatro das oito classes de despesa componentes do índice. O grupo alimentação fechou o último mês do ano com variação de 1,94%, uma desaceleração de 0,38 ponto percentual entre um mês e outro. Mesmo encerrando dezembro com desaceleração de 2,45% em relação a novembro, a cebola foi o produto do grupo alimentação que influenciou na alta, ao encerrar dezembro com elevação de 20,13% (ABr).

Migrações de rádios AM para FM devem ocorrer até abril

Ministro das Comunicações, André Figueiredo.

O ministro das Comunicações, André Figueiredo, disse que as primeiras migrações de emissoras de rádio AM (modulação em amplitude) para FM (frequência modulada) devem ocorrer até abril. Atualmente, 1.781 emissoras estão como AM, sendo que 1.385 já pediram para mudar de faixa. Ao todo, 948 rádios poderão fazer a migração em 2016. As demais emissoras terão que aguardar a liberação do espaço, que deve acontecer com a digitalização da TV no país.
“Esperamos que em abril já tenhamos as primeiras emissoras com toda a documentação e o laudo técnico concluído e a gente faça as primeiras migrações de AM/FM no nosso país”, disse Figueiredo, durante o programa Revista Brasil, da Rádio Nacional AM. Ele lembrou que a migração de faixa não é obrigatória e que as emissoras de rádio AM que decidirem migrar para FM terão o direito de transmitir simultaneamente no canal antigo e na nova frequência por um período de até cinco anos.
“É, com certeza, um grande benefício para a população. Principalmente nas grandes cidades, onde temos a interferência das grandes construções, vamos ter a frequência modulada, ou seja, a FM, sendo um canal muito mais adequado e com qualidade indubitavelmente melhor de transmissão de voz”, disse o ministro. Para fazer a alteração, os radiodifusores terão de arcar com os custos referentes à diferença entre as outorgas de AM e de FM. Além disso, será necessário adquirir equipamentos para a transmissão do novo sinal. Os valores que cada emissora terá que pagar para fazer a mudança variam de R$ 8,4 mil a R$ 4,4 milhões (ABr).

Cade investiga práticas dos Correios

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) vai investigar indícios de práticas anticompetitivas por parte dos Correios. A Superintendência-Geral do órgão considerou que determinadas condutas específicas por parte da empresa configuram indícios de condutas anticompetitivas vedadas pela Lei de Defesa da Concorrência.
Com a instauração do processo administrativo, após apresentação da defesa dos Correios, a superintendência emitirá parecer opinando pela condenação ou pelo arquivamento do processo. O caso será julgado pelo Tribunal do Cade. A investigação teve início a partir de denúncia do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga (Setcesp), que alegou que os Correios estariam tentando estender seu monopólio legal sobre a entrega de cartas para outros produtos.
Para o Cade, o fato de os Correios insistirem em um alto número de ações e pedidos de liminar potencialmente sem fundamento representaria um custo significativo para os clientes e concorrentes processados, o que traria consequências danosas para a concorrência, como a retirada de players do mercado, redução da competição, imposição de barreiras à entrada, preços mais elevados, menor qualidade e velocidade de prestação do serviço, além de menor variedade de opções para a base consumidora.
Segundo o sindicato, outra irregularidade é que os Correios estariam praticando preços mais elevados para atender clientes que concorrem com a empresa, enquanto clientes não concorrentes estariam pagando valores menores pelo mesmo produto. Os Correios informaram que apresentarão defesa dentro do prazo estipulado pelo Cade.