O governador Geraldo Alckmin voltou a defender a reorganização escolar, projeto que provocou grande mobilização social contrária à ação, com ocupação de quase 200 escolas e que acabou suspenso.
“Nosso objetivo é criar o clico único, que já existe em 1.500 escolas, consideradas as melhores e que estão 15% acima da média do Idesp (indicador estadual de qualidade do ensino), enquanto as escolas que juntam crianças de 6 anos com adolescentes de 17 anos estão entre 14% e 15% abaixo da média do Idesp”, destacou.
Alckmin explicou que a meta é ter mais 750 escolas de ciclo único, separando crianças de 6 a 11 anos no ciclo 1, alunos 11 a 14 anos no ciclo 2 e, no ensino médio, para os adolescentes de 14 a 17 anos, criar outro ciclo. “Separando o ciclo, melhoram a qualidade da educação e o índice dessas escolas no Idesp. Mantendo juntas as crianças na mesma faixa etária, elas ficam mais focadas no ensino”, afirmou.
Segundo o governador, uma das maiores razões que levam uma família a tirar a criança da escola pública e matricular na escola privada é o bullying. “No mundo inteiro as escolas particulares já são separadas por ciclo. Nossa proposta, do ponto de vista pedagógico, está correta”. Alckmin ressaltou que há muita ociosidade na rede, com 2 milhões de vagas desocupadas, isso porque grande parte do ensino infantil foi municipalizado. Desta forma, na avaliação do governador, a reorganização escolar possibilitaria a abertura de mais salas nas Emeis e creches. E também aumentaria o número de vagas nos ensinos técnico e tecnológico (AE).