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Tecnologia 27/11/2015

em Tecnologia
quinta-feira, 26 de novembro de 2015

O Brasil deve enfrentar desafios únicos em termos de segurança cibernética nos próximos anos

A Futurecom, evento que acontece anualmente em São Paulo, é o maior e mais importante Congresso e exposição das áreas de Telecom e telefonia da América Latina e possibilita à Indústria mobile um olhar diferenciado sobre o Brasil, com todas as especificações deste país que possui uma cultura única

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Tony Anscombe (*)

Neste ano, tive a sorte de ser convidado para um painel com especialistas do setor, que incluía empresas como Tefonica, TIM, Telebras, Deloitte IBM, KPMG e, claro AVG. A discussão prometia ser sobre cibersegurança, com as perguntas abaixo sendo colocadas pela moderadora durante uma hora e meia de discussão.

• Como o avanço de aplicações móveis e o uso de novos dispositivos (e qualquer coisa “conectada”) trazem desafios ainda maiores para segurança cibernética?

• Quais são os aspectos mais críticos com os quais os usuários devem se preocupar?

• Como fornecedores, operadoras e provedores podem contribuir para aumentar o nível de proteção nesses ambientes?

• Quais são as principais tendências em segurança cibernética em relação ao mobile e à ‘Internet das Coisas’, que só tendem a crescer?

Cada participante pôde dar seu ponto de vista sobre esses assuntos, mas o que mais me chamou a atenção durante todo o debate, é que independente da questão em pauta, todas as falas pareciam girar em torno de dois tópicos: vazamento de dados e privacidade do consumidor. Essas mesmas perguntas, se tivessem sido feitas três anos atrás, poderiam ser sobre malware e proteção de dispositivos, mas agora a conversa é sobre nós: os usuários.

E o Brasil tem alguns desafios únicos nesta área, uma vez que não existe no país uma legislação que obrigue as empresas a divulgar qualquer tipo de vazamento de dados. O consenso do painel foi de que é urgente legislar a esse respeito. Embora eu concorde com a necessidade de ‘alguma’ legislação, há uma ótima oportunidade para que a indústria se autorregule e mostre o caminho ideal a ser seguido. A autorregulação, em qualquer indústria, possibilita às empresas um maior envolvimento com inovação e com novas práticas de negócios que pode ser impossível dependendo do rigor da legislação específica.

O fato dos vazamentos de dados e da privacidade do usuário estarem no topo da pauta não me surpreende. Se olharmos para as principais notícias sobre segurança digital na Europa e nos Estados Unidos nos últimos meses veremos que grande parte é sobre falhas de segurança e vazamento de dados pessoais.

Nós, conscientemente ou não, divulgamos e compartilhamos mais informações com as empresas do que qualquer outra geração anterior: nossas preferências alimentares, onde compramos, nossa localização – a lista de dados não tem fim. E só quando esses dados caem em mãos erradas é que paramos para pensar sobre as consequências de compartilhar, e podemos até nos arrepender um pouco. No papel de consumidores, precisamos fazer melhores escolhas e ter mais controle sobre o que está sendo coletado a nosso respeito, além de saber como essa informação poderá ser usada.

Não é surpresa que em uma das maiores populações do planeta, na qual um grande número de pessoas pulou a ‘geração PC’ e conheceu a internet já pelo smartphone, as aplicações mobile sejam usadas de uma forma um pouco diferente do que ocorre no resto do mundo. Eu recomendo à indústria acompanhar e ver como o Brasil irá tratar os desafios de violações de dados e privacidade do consumidor nos próximos anos, seja legislando seja com as empresas se autorregulando.

(*) É evangelizador de segurança da AVG Technologies.


Internet das Coisas na mira de fabricantes globais

A transição para a IoT segue a passos largos em fabricantes globais de acordo com os resultados de uma nova pesquisa, realizada pela Infor, provedora de aplicações empresariais específicas por mercado e desenvolvidas na nuvem. Em fato, 10% das fabricantes afirmam que já contam com um projeto de IoT estabelecido e 22% das empresas consultadas estão planejando lançar um projeto nos próximos 12 meses. E mais de 38% afirmam estar investigando o potencial desse investimento.
A pesquisa, realizada em 12 países diferentes, entre eles, Estados Unidos, Reino Unido, França, Itália, China e Índia, também revela que a IoT é a prioridade de negócios mais importante para um em cada dez fabricantes ao redor do mundo e 28% deles colocam essa tendência entre suas três principais prioridades. “Ainda que a pesquisa não tenha se realizado na América Latina, é uma tendência que se refletirá em breve em nossa região”, afirma Paulo Padrão, vice-presidente de vendas da Infor para a região.
Novas oportunidades de faturamento baseadas na monetização da informação estão entre os principais, e bem documentados, benefícios da IoT. No entanto, a maioria (55%) das empresas pesquisadas veem a economia de custos – com a maior eficiência operacional – como a grande oportunidade associada à implantação da IoT. Um terço dos entrevistados, por sua vez, enxerga como principal benefício, a vantagem competitiva conquistada com a renda adicional vinda de novos serviços.
Entre os benefícios específicos, apontados pela pesquisa, estão produtividade (20%), seguido por melhores insights e tomada de decisões (15%), melhor utilização dos equipamentos e maquinários (15%), novos serviços (11%) e novas fontes de renda (13%).
A pesquisa também aponta os entraves e desafios para a adesão à IoT. Não saber quem será o responsável pelo projeto dentro das empresas, por exemplo, é um impedimento para sua adoção. Os entrevistados citaram um total de nove diferentes funções e ou áreas como responsáveis pela execução do projeto. Entre estas estão o time executivo (31%), TI (28%), marketing (5%), operações de produção (13%) e facilities (6%). E quando questionados sobre os desafios da implementação, os participantes da pesquisa apontaram, principalmente, carência de habilidades, falta de clareza dos benefícios e custos.
Mas com apenas 10% das entrevistas consultadas afirmando que estão prontas, há claramente uma oportunidade para as empresas com a correta visão. Segundo Padrão, a sugestão da Infor é olhar o data device que já está sendo coletado – a maioria dos equipamentos já estão instrumentalizados para isso – e questionar quais questões poderiam ser respondidas se a companhia coletar os dados, aplicar conceitos de analytics e distribuir os insights rapidamente às áreas responsáveis por tomar decisões.


Dicas para não cair nos golpes da Black Friday

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Desde que foi descoberto diversas fraudes de lojas durante a Black Friday, subindo preços dias antes da data para depois baixar e nomear como “super desconto”, o brasileiro tem estado mais atento às ofertas e tem comparado produtos da maneira mais eficiente que conhecemos: pesquisando. Neste ano, a Black Friday acontecerá no dia 27 de novembro.
De acordo com o site Black Friday Brasil, em 2014 foram movimentados mais de R$ 871 milhões em compras, 45% a mais do que em 2013. Os números desse ano não devem ficar muito atrás, já que 95% dos brasileiros afirmaram que pretendem comprar pelo menos um produto no grande dia. Mas para que não tenha problemas e acabe levando algo pela “metade do dobro”, os especialistas de mercado alertam: sempre comprar em lojas confiáveis e pesquisar os preços dias antes da promoção para ver se realmente estão com desconto.
Hoje, os consumidores que estão habituados a procurar pelo melhor preço já estarão familiarizados. Porém, isso apenas não basta. É necessário tomar cuidado com o Marketplace, essa modalidade que coloca a presença de lojistas não conhecidos em sites consagrados, com preços convidativos, nem sempre terminam bem. Fundamental a precaução de checar o que aparece após “Vendido por”, “Entregue por”, para não correr riscos. Outra dica é fazer uma lista do que realmente você deseja comprar, pesquisar antes para no dia da Black Friday ter ideia de quanto custa e do quanto está disposto a pagar por ele.
Isso ajuda também a não fazer compras por impulso, as grandes vilãs dos gastos extras e do “comprar sem desconto”. Com o grande movimento causado pela data e as mudanças constantes de valores ao longo do dial, os consumidores podem consultar sites e aplicativos que acompanharão essas mudanças em tempo real, e que costumam ter um grande movimento por causa do evento.
Apesar da crise econômica que ameaça o bolso do brasileiro, acredito que o comportamento do consumidor será diferente neste ano. Os celulares continuarão em alta, mas também haverá lugar para produtos mais caseiros e que podem até ajudar na renda familiar, como batedeiras e furadeiras. O volume de vendas dependerá também de quanto o lojista está disposto a abaixar o preço de venda, de acordo com os produtos que já estavam em estoque antes da inflação e do aumento do dólar.

(Fonte: Leonídio de Oliveira Filho, empresário e criador do Dica de Preço: wwwdicadepreco.com.br/)

Como você pretende aquecer as vendas neste final de ano?

Erik Penna (*)

O final do ano se aproxima e este é o momento mais decisivo e importante para a maioria das empresas, pois muitas delas encerram o ano comercial em dezembro. O Natal é, sim, uma época de superar desafios, bater metas e terminar o ano com chave de ouro!

Segundo o DIESE, o 13º. salário injetará na economia brasileira R$ 173 bilhões de reais, e este abono de Natal beneficiará 84,4 milhões de brasileiros, entre aposentados e trabalhadores com carteira assinada. Posto isto, agora eu lhe pergunto: “Você está reclamando da crise ou pronto para aproveitar essa grande oportunidade para fechar o ano no azul e crescer em 2015?”.
Saiba que, enquanto alguns vendedores ficam parados lamentando a crise, há muitos profissionais e empresas que estão ganhando muito dinheiro e crescendo ainda mais em pleno 2015. Isso mesmo, não pense que todo mundo está indo mal não, está difícil sim, mas a crise nos obriga a mudar e a inovação tem rendido ótimos resultados para diversos segmentos e empresas.
Só para dar alguns exemplos, vemos todos os dias na mídia que a venda de carro zero caiu. De fato, segundo a Fenabrave, no primeiro semestre de 2015 as vendas caíram 20,7%, mas não se destaca, por exemplo, que a Honda cresceu 16% no primeiro semestre e vem crescendo 17,4% de janeiro a setembro. E não foi só ela que obteve resultados positivos no setor automotivo, pois outras 12 montadoras venderam mais carros do que em 2014. Na Jeep, por exemplo, o crescimento é enorme e tem fila de espera de 7 meses em algumas concessionárias.
Outros exemplos: O setor aéreo cresceu 3,8% no primeiro semestre, o agronegócio fechou o semestre com crescimento de 3%, o setor de franquias cresceu 10% no primeiro semestre – destaque para a Multicoisas, eleita a melhor do Brasil com um crescimento de 17,9% neste ano. O setor de seguros também apresentou um crescimento de 22,4% no primeiro quadrimestre do ano.
Gostaria de citar, ainda, o crescimento de diversas empresas neste ano, como por exemplo:
Ambev: vendeu 27,3% a mais no 2º. trimestre de 2015;
Flores Online: cresceu 25% nas vendas em 2015;
Perky: cresceu 70% do seu faturamento em 2015;
Renner: vendeu 22,5% a mais e obteve um lucro 33% maior no 2º. trimestre de 2015;
Raia Drogasil: faturou 22,7% a mais no 1º. semestre de 2015;
Espetinhos Mimi: cresceu 15% em 2015;
Printi Gráfica: cresceu 100% em 2015;
Mercadão dos óculos: cresceu 300% passando de 10 para prováveis 30 milhões em vendas.

Tenha esses dados como uma luz no fundo do túnel e reflita: “Será que, como eles, quero abrir o champagne na virada do ano para comemorar bons resultados, ou estarei no grupo que estará chorando e culpando a crise?”.
A desculpa acabou. Portanto, é notório que está complicado sim, para todo mundo. E isso é bom, pois como dizia meu pai: “É nessa hora que a gente separa os meninos dos homens”. É hora de criar, inovar, se aproximar ainda mais do seu cliente, tempo de se reinventar, propiciar uma grande experiência de compra ao cliente. Quando está fácil, qualquer um faz, mas quando o período é de turbulência, aí sim podemos encontrar os melhores comandantes. A seleção é natural e somente os que se destacam permanecem no mercado.
Treine e motive sua equipe, agora é a reta final, hora da onça beber água.
Brilhante final de ano pra você e ótimas vendas!

(*) É palestrante motivacional, especialista em vendas, consultor e autor dos livros “A Divertida Arte de Vender” e “Motivação Nota 10”
(www.erikpenna.com.br).