Ministro do STF, Dias Toffoli. |
O ministro do STF, Dias Toffoli, disse ontem (25) que o tribunal não aceitará intromissões nas investigações em curso. Em reunião extraordinária, a segunda turma do tribunal referendou as prisões preventivas do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) e do advogado Edson Ribeiro, além das prisões temporárias do banqueiro André Esteves, do Banco BTG Pactual, e do chefe do gabinete do senador, Diogo Ferreira.
As prisões foram autorizadas pelo ministro-relator da Operação Lava Jato no tribunal, Teori Zavascki. “O que importa é o seguinte: o Supremo não vai aceitar nenhum tipo de intrusão nas investigações que estão em curso e é isso o que ficou bem claro na tomada dessa decisão unânime”, disse Toffoli ao final da reunião.
Segundo a Procuradoria-Geral da República, que solicitou as prisões, o senador Delcídio do Amaral tentou obstruir as investigações e dissuadir Nestor Cerveró de firmar acordo de colaboração com o MP Federal. Além disso, o senador teria feito promessas de interceder junto a ministros do STF para que Cerveró conseguisse a liberdade por meio de habeas corpus. O senador Delcídio do Amaral ofereceu auxílio financeiro de R$ 50 mil mensais à família de Cerveró para que ele não firmasse acordo de delação premiada.
“Infelizmente estamos sujeitos a este tipo de situação, pessoas que vendem ilusões. Mensageiros que tentam dizer conversei com fulano e sicrano e vou resolver a sua situação. Infelizmente são situações que ocorrem, não é a primeira vez que isso ocorre”, disse Toffoli sobre a suspeita de tráfico de influência do senador (ABr).