O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no STF, fixou novo prazo para que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, apresente sua defesa na denúncia em que é acusado de praticar os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O prazo de 30 dias, inicialmente previsto para se encerrar ontem (24), só vai começar a contar a partir da data de publicação de uma decisão de Zavascki, que conferiu à defesa do parlamentar acesso a documentos que serviram de fundamento nas investigações. Os advogados de Cunha alegaram que estavam “impossibilitados” de oferecer resposta à denúncia sem acesso “a todos os elementos probatórios produzidos durante a fase de investigação”.
Agora, com a nova decisão, a defesa do presidente da Câmara consegue mais uma extensão de prazo. Zavascki atendeu em parte aos pedidos de acesso a documentos feitos pela defesa de Cunha. Os advogados solicitavam, por exemplo, acesso a todos os acordos de colaboração firmados pelo lobista Júlio Camargo, que acusa o parlamentar de ter recebido US$ 5 milhões dos desvios na Petrobras (AE).