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Executivo confirma delação e Duque o chama de mentiroso

em Destaques
quarta-feira, 02 de setembro de 2015

Na acareação promovida ontem (2), em Curitiba, pela CPI da Petrobras entre o ex-executivo da Toyo Setal, Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, e o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, apenas Mendonça respondeu a perguntas.

Ele reafirmou à CPI o que disse à Justiça: havia um “clube de empreiteiras” que combinavam resultados de licitações na Petrobras. Disse ainda que repassou, por meio de intermediários, propina aos ex-diretores da estatal Renato Duque e Paulo Roberto Costa. Apesar de se manter em silêncio, Renato Duque, por diversas vezes, chamou Mendonça de mentiroso.
“O senhor Augusto Mendonça é um mentiroso, mente na delação e sabe que está mentindo aqui, mas, por orientação dos meus advogados, vou permanecer em silêncio”, disse Duque. “Confirmo tudo o que disse nos meus depoimentos”, rebateu Mendonça. Foi o terceiro dia de trabalho da CPI em Curitiba para ouvir presos em diversas fases da Lava Jato. À exceção do presidente da empresa Odebrecht, Marcelo Odebrecht, que respondeu parte dos questionamentos da comissão, e Augusto Ribeiro de Mendonça, todos os demais convocados optaram pelo silêncio.
Perguntado sobre a atuação da advogada Beatriz Catta Preta no processo de assinatura do acordo de delação premiada, já que a advogada fazia a defesa de Paulo Roberto Costa e outros acusados que optaram por colaborar com a Justiça, Augusto Mendonça disse que Beatriz Catta Preta agiu “de forma profissional”. Segundo o executivo, a advogada não compartilhou com ele informações prestadas por outros clientes dela (ABr).