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Economia 03/09/2015

em Economia
quarta-feira, 02 de setembro de 2015

CNI: 16% das indústrias perderam mercado para importações da China

Mais da metade (54%) das empresas exportadoras do Brasil concorrem com a China em outros países

Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que 16% das indústrias perderam participação no mercado interno em função das importações da China

O resultado representa uma elevação de 2 pontos percentuais na comparação com o levantamento anterior, realizado em 2010. No mercado internacional, a disputa também é acirrada e mais da metade (54%) das empresas exportadoras do Brasil concorrem com a China em outros países.
O percentual das empresas que deixaram de exportar por causa da concorrência com os chineses aumentou de 7% para 11%. De acordo com a entidade empresarial, as pequenas corporações são as que mais sofrem: 26% deixaram de exportar, ante 12% das empresas de médio porte e 7% das grandes. Dos 15 setoresde empresas que concorrem com a China no mercado doméstico, seis deles registraram perda de participação no mercado interno em mais de 30% das empresas.
No grupo produtos diversos, 40% dos empresários apontaram perdas. Em seguida aparecem os fabricantes têxteis (39%), o segmento de metalurgia (39%), vestuário (36%), informática, eletrônicos e ópticos (35%) e máquinas e equipamentos (32%). O percentual de empresas brasileiras que disseram importar da China aumentou de 17%, em 2010, para 18% em 2014. A proporção de indústrias que compram produtos finais da China era 9%, em 2010, e ficou estável na última pesquisa. As companhias que disseram adquirir máquinas e equipamentos chineses passou de 8%, em 2010, para 9%, em 2014, informou a CNI.
A CNI informou também que apenas 3% das indústriais brasileiras possuem fábrica própria na China e outros 2% terceirizam parte da produção para companhias chinesas. Esses percentuais se mantiveram estáveis nas duas pesquisas. As companhias brasileiras dos setores de informática, eletrônicos e ópticos são as que mais terceirizam parte da produção, empatadas com as de calçados (9% do total). A pesquisa foi realizada com 2.146 empresários de 15 setores (ABr).

Inflação medida pelo IPC-S cai em seis capitais

A cesta compras continua pequena.

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) caiu em seis das sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) em agosto, na comparação com julho. Com coleta semanal, o IPC-S leva em conta a média dos preços obtidos nas quatro semanas anteriores até a data de fechamento.
A maior queda foi registrada em São Paulo: 0,78 ponto percentual, ao recuar de 0,9% em julho para 0,12% em agosto. Enquanto na média, a inflação caiu 0,31 ponto percentual (de 0,53% em julho para 0,22% em agosto), as cidades de Salvador (que passou de 0,24% para -0,26%) e Recife (de 0,4% para 0,07%), também tiveram quedas mais acentuadas do que a média das sete capitais.
As outras três capitais com queda no IPC-S foram Belo Horizonte (0,22 ponto percentual), Brasília (0,18), e Rio de Janeiro (0,09 ponto percentual). A única capital com avanço na taxa de inflação medida pelo IPC-S foi Porto Alegre, que teve alta de 0,23 ponto percentual, ao passar de 0,57% em julho para 0,8% em agosto (ABr).

Indústria automotiva acumula queda de 20,2% em 2015

A indústria de veículos automotores, reboques e carrocerias acumula queda de 20,2% na produção de 2015. De acordo com dados divulgados ontem (2) pelo IBGE, a queda da indústria automotiva foi a que teve maior impacto no indicador geral entre os 26 ramos pesquisados pelo instituto no período de janeiro a julho. A produção industrial do Brasil recuou 6,6% até o sétimo mês de 2015, a maior queda desde 2009, quando houve retração de 7,1%.
No acumulados dos sete primeiros meses do ano, a maior queda (29%) foi registrada nos equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos. Os produtos farmacêuticos e farmoquímicos tiveram o terceiro maior recuo, de 15,5%. Dos 26 ramos pesquisados, três acumulam resultados positivos em 2015. Os melhores desempenhos são os da indústria extrativa, com alta de 8,4%, e o de produtos diversos, com 2,9%. A indústria de celulose, papel e produtos de papel variou 0,3% entre janeiro e julho.
Em recorte das categorias de econômicas, a indústria de bens de capital foi a que mais caiu em 2015, com recuo acumulado de 20,9% desde janeiro. Os bens de consumo acumulam perdas de 8,7% na produção, chegando a 14,2% nos bens de consumo duráveis. Já os bens intermediários caíram 3,4%.