A Ordem dos Advogados do Brasil e mais três confederações nacionais – da Indústria (CNI), do Transporte (CNT) e de Saúde (CNS) – lançaram ontem (19), uma “Carta à Nação” na qual pedem “correção dos rumos” do País.
Apesar de não trazerem posicionamento expresso sobre impeachment, as entidades pedem que as mudanças sejam feitas com segurança e “respeito à Constituição” e “segurança”, “além de interesses menores partidários”.
“Nem queremos ser longa manus de governo nem linha auxiliar de oposição”, afirmou o presidente da OAB, Marcus Vinícius Furtado Coêlho, ao dizer que o impeachment “não está na pauta” do grupo. De acordo com ele, até o momento a OAB não tomou conhecimento de crimes praticados pela presidente Dilma Rousseff que ensejem pedido de impeachment. “Mudanças, respeitando-se a Constituição, se fazem necessárias”, diz a carta.
A defesa da Constituição, segundo Furtado Coêlho, faz o grupo se opor a eventual golpe militar. “Desde logo nos opomos a qualquer tipo de intervenção militar do Brasil, porque feriria a República. Não temos saudade da voz única das ditaduras. Esse é um ponto que não abrimos mão” (AE).