Os metalúrgicos da fábrica da General Motors (GM), em São José dos Campos, iniciaram ontem (10) greve por tempo indeterminado e objetiva pressionar a montadora para abrir negociações e rever as demissões.
De acordo o sindicato, compareceram à assembleia mais de 4 mil trabalhadores dos 5,2 mil que atuam na unidade onde são produzidos os modelos S10 e Trailblazer, além de motores, transmissão e kits para exportação (CKD). Pelo menos 250 metalúrgicos teriam sido informados por telegrama do seu desligamento da empresa.
Por meio de nota, a GM afirmou que a greve na unidade da empresa em São José dos Campos, “só contribui para agravar a séria crise que afeta hoje a GM e a indústria automotiva”. A empresa justificou que tem procurado evitar as demissões recorrendo a férias coletivas, layoffs e programas de desligamento voluntário. “No entanto, essas medidas não foram suficientes diante da expressiva redução da demanda no mercado brasileiro, que registra queda em torno de 30% desde janeiro do ano passado”, aponta o comunicado. Ainda segundo a nota, os desligamentos visam adequar o quadro da empresa à atual realidade do mercado, com o propósito de resgatar a competitividade e viabilidade do negócio (ABr).