Por que você precisa se acostumar com a nova Geração MóvelJovens trabalhadores estão tão habituados com a conectividade 24×7 que muitas vezes sentem-se culpados com o tempo dispendido com estas aplicações. Além disso, 42% deles já antecipam a ampla adoção da tecnologia wearable Alexsandro Labbate (*) Uma nova pesquisa da Harris Poll revela que mais de um quarto da chamada “Geração Móvel” realiza suas atividades profissionais a partir de um smartphone ou tablet. A sólida maioria deles também está utilizando a tecnologia para enevoar as linhas entre as suas vidas profissionais e pessoais. Assim, enquanto o smartphone da empresa é ótimo para se verificar os e-mails de qualquer lugar, também é muito prazeroso poder dar uma olhadinha rápida no que está acontecendo no Instagram. Para os fins do estudo da empresa de pesquisa dedicada a analisar os mais diferentes aspectos do “American way of life”, a Geração Móvel é definida como “trabalhadores de dedicação integral ou parcial situados entre 18 e 34 anos (ou aqueles com crianças menores de 18 anos) que utilizam um dispositivo móvel para o trabalho”. A Harris Poll entrevistou 3.521 trabalhadores da França, Alemanha, Japão, Espanha, Reino Unido e EUA, e cerca de metade dos respondentes (1.702) preencheram os requisitos da Geração Móvel. 82% dos entrevistados da Geração Móvel relataram quem fazem pelo menos uma tarefa pessoal no celular por dia durante o horário de trabalho; 64% realizam pelo menos uma tarefa de trabalho no celular por dia durante o horário pessoal. Com base nos dados apresentados abaixo, eu apostaria um palpite de que a “Geração Móvel” é muito mais entretida com seus smartphones do que acredita. Como um membro da “Geração Móvel” na extremidade mais jovem do espectro, eu me tornei muito mais dependente da tecnologia móvel do que admito, mas isto é muito conveniente. Por que preocupar-me em sentar, abrir meu laptop, logar, e verificar a notícia, se eu posso abrir o aplicativo no smartphone na curta fração de tempo que se leva para ler esta frase, por exemplo? E de praticamente qualquer lugar! Às vezes meu smartphone sente-se como uma extensão de mim; e não como um dispositivo que eu uso para continuar a minha conectividade. Este é o meu smartphone. Há muitos como ele, mas este tem maneiras ilimitadas para receber chamadas, texto, tweet e, esperançosamente, por vezes serviços do tipo pay me “O dispositivo móvel está mudando fundamentalmente a forma como trabalhamos e vivemos”, disse Bob Tinker, CEO do fornecedor de plataforma MDM MobileIron, que encomendou a pesquisa. “O estudo da Geração Móvel, para nós, reflete a cultura emergente e conectada da empresa moderna”. Os dispositivos móveis fizeram o tradicional dia de trabalho uma coisa do passado, já que não necessitamos mais estar plugados a um computador para trocar ideias com outras pessoas. “As empresas com visão de futuro abraçaram esta mudança e entenderam que o dispositivo móvel é tanto um programa de RH como uma iniciativa de tecnologia”, acrescentou Tinker. “Para recrutar e reter os melhores e mais brilhantes profissionais, as empresas devem estabelecer políticas alinhadas à maneira como os funcionários querem trabalhar e viver”. O uso de dispositivos móveis para completar o trabalho é incentivada pelas massas, mas adiciona seu próprio conjunto de riscos. Se determinadas medidas cautelares não são tomadas e os funcionários estão constantemente respondendo a e-mails e chamadas relacionadas ao trabalho, esse próximo patamar de conectividade pode levar à exaustão dos funcionários. De muitas formas, nós também não temos conhecimento de como a tecnologia móvel nos faz desconectados. Pais em jogos de futebol de seus filhos verificam ações e relatórios de tempo e, ao invés de torcerem por seus descendentes, estão colocando um amortecedor sobre a experiência da infância. Estes indivíduos provavelmente sentem-se um pouco culpados por não verem o Jimmy fazer uma grande defesa. Estamos cada vez mais viciados no imediatismo do compartilhamento da informação que nosso smartphone fornece e efetivamente arruinando o nosso tempo longe do trabalho. Os resultados da pesquisa contêm um forte alerta para os empregadores que procuram reduzir as aspirações móveis desta geração. Claramente, a forma como a Geração Móvel quer trabalhar e viver é constantemente conectada. Como sobrevivemos verificando o nosso e-mail pessoal apenas em casa? Isso é um tempo escuro que eu não gostaria de voltar. Mais de 60% dos profissionais da Geração Móvel disseram que iriam abandonar o emprego se o seu empregador não permitisse qualquer trabalho remoto ou restringisse a sua capacidade de fazer tarefas pessoais no trabalho. O que não quer dizer que os trabalhadores mais jovens não estão em conflito com o equilíbrio entre vida e trabalho, distorcido pela constante conectividade. Como o estudo aponta, há uma quantidade significativa de “culpa móvel” associada à mistura de tecnologia habilitada para negócios e lazer. 61% dos entrevistados da Geração Móvel dizem que sentem-se culpados quando recebem comunicados de trabalho durante o horário pessoal e, apenas ligeiramente menos (58%) sentem-se da mesma forma quando recebem comunicações pessoais durante o horário de trabalho. Assim como as tecnologias móveis evoluem, os trabalhadores jovens e as organizações que os empregam terão que encontrar maneiras criativas de suportar a mobilidade no local de trabalho. As empresas inteligentes estão trabalhando para aceitar e suportar as mudanças de estilo de trabalho. Parte disso vem do estabelecimento de metas claras de desempenho que enfatizem os resultados e não o local ou o momento do trabalho. Também é necessário estabelecer limites hierárquicos que evitem que os líderes sêniores emitam diretrizes de trabalho em todas as horas, abusando da força de trabalho. Muitas dessas questões-chave podem ser abordadas por uma atenciosa política de BYOD (Bring Your Own Device) que incentive os funcionários a utilizarem as ferramentas de que precisam para realizar suas tarefas com eficiência e segurança, oferecendo um reembolso adequado para a tecnologia pessoal. Um novo estudo realizado recentemente pela empresa de análise Computer Economics intitulado “Bring-Your-Own Device and Adoption and Best Practices”, constatou que atualmente 44% das empresas têm uma política de BYOD. Isso é 37% acima do número de companhias que adotaram tais políticas em 2013. Os pesquisadores da Computer Economics esperam que o percentual continue a crescer à medida que os dispositivos inteligentes – e particularmente tecnologias wearable – tornem-se ainda mais predominantes. Nós previmos esta tendência e construímos nosso ClickMobile em HTML5 exatamente por este motivo. Já 42% dos membros da Geração Móvel consultados pela Harris Poll afirmam que estão antecipando a ampla adoção da tecnologia wearable; 95% dos entrevistados esperam usar um dispositivo de computação vestível para tarefas relacionadas ao trabalho como chamadas, e-mails, acesso aos calendários e horários e leitura de documentos. “Smartwatches, como o Apple Watch, deverão ser muito populares”, acrescentou Tinker. “Estes wearables aumentarão nossa conectividade e, possivelmente, nossa culpa sobre a mistura de nosso trabalho e vida pessoal”. Quando os smartphones tornaram-se dominantes, todos nós fomos absorvidos por eles. Mensagens, jogos, mapas; tudo era prontamente disponível. Os wearables proporcionarão não só uma melhoria em termos de conectividade, mas também de acessibilidade. Eu não terei sequer que tirar algo do meu bolso para ver quem acaba de ganhar o jogo ou ou saber quem fechou o maior negócio do trimestre. Os wearables têm tido um início lento, mas uma vez que decolarem, as possibilidades serão ilimitadas. Os avanços fornecerão mais e novas maneiras para você se conectar com as pessoas, em um nível pessoal e profissional. Ações como mapear o seu ritmo cardíaco durante um treino, saber quando o seu cônjuge estará em casa e bater o ponto de trabalho, serão todas possíveis a partir do pulso. Ou onde quer que os desenvolvedores decidirem prender um dispositivo. Cada geração está quebrando barreiras em relação a como expandir o uso da tecnologia. Não há dúvidas de que o progresso é verdadeiramente exponencial não só no poder das ferramentas, mas em como podemos utilizá-las para melhorar nossas vidas pessoais e profissionais. Agora vamos todos fazer mais para equilibrar os dois. (*) É Gerente Sênior de Marketing da ClickSoftware para as Américas. | Dicas para se proteger contra malwares nas compras do dia dos PaisThiago Hyppolito, engenheiro de produtos da Intel Security, conta que os criminosos sabem que as pessoas estão navegando à procura de informações sobre determinados assuntos como ofertas de produtos ou temas que estão em alta na imprensa e nas redes sociais. “Isso cria uma grande oportunidade para pessoas mal intencionadas espalharem malwares via e-mails e sites falsos que contenham imagens, vídeos, músicas ou notícias sobre assuntos do momento”, explica. Nos dias próximos às datas comemorativas, como o Dia dos Pais, é preciso redobrar o cuidado com pesquisas feitas pela Internet para não ser induzido a clicar em links ou entrar em sites falsos criados como isca para roubar dados e informações pessoais dos internautas. Além dos golpes em lojas virtuais, outra técnica bastante usada pelos criminosos é usar nomes de personalidades reais e até mesmo personagens de filmes e programas de TV de grande popularidade para atrair usuários para os sites infectados. A Intel Security realizou uma pesquisa com intuito de saber quais palavras-chaves de busca estão levando os consumidores a vírus, malware e outros conteúdos inadequados que possam comprometer informações particulares ou infectar seus dispositivos. Os 10 Super-Heróis mais Tóxicos* segundo a Intel Security: 1. Aquaman 20,00% 2.Iron Fist 19.69% 3. Wolverine 19.58.% 4. Mulher Maravilha 19.38% 5. Doutor Estranho 19.17% 6. Demolidor 18.96% 7. Empate: O Incrível Hulk, Homem de Ferro 18.85% 8. Mulher-Gato 18.65% 9. Lanterna Verde 18.44% 10. Batman 18.33% *A % indica a probabilidade de chegar a um site cujo teste para ameaças on-line, tais como spyware, adware, spam, phishing, vírus ou outro malware, gerou resultado positivo. Veja algumas dicas da Intel Security para se proteger: Suspeite: Desconfie de pesquisas que apresentem links para conteúdos gratuitos ou ofertas consideradas boas demais. Tenha cuidado: Os cibercriminosos criam sites falsos e mal-intencionados que contêm conteúdos impróprios e malwares, especialmente para assuntos muito comentados. Leia antes de clicar: Procure erros ortográficos ou outros indícios de que o link possa levar a um site falso ou que contém vírus que poderão corromper o dispositivo. Oriente crianças e adolescentes: Converse com as crianças sobre os perigos escondidos na internet e ensine-os a identificar sites fraudulentos e links suspeitos. Proteja-se: Use uma solução de segurança completa que esteja atualizada, com uma ferramenta de pesquisa segura para identificar sites arriscados nos resultados dos mecanismos de pesquisa. Migração antes tarde do que nunca. Negligência jamaisRodrigo Gazola (*) Em julho, o Windows Server 2003 encerrou seu ciclo de vida e deixou de contar com o suporte técnico da Microsoft Com isso, tornou-se vulnerável a toda sorte de ameaças, uma vez que não há mais atualizações de segurança disponíveis para ele. Nada para se espantar, pois trata-se de algo comum quando um sistema operacional torna-se obsoleto e simplesmente abre espaço para que versões mais modernas passem a fazer parte do dia a dia de usuários e empresas. Até aqui, nenhuma novidade, uma vez que o fim do suporte ao Windows Server 2003, ocorrido no dia 14 de julho, vinha sendo amplamente divulgado pela imprensa desde o ano passado. Desde então, dados do IDC estimavam que havia cerca de 20 milhões de equipamentos rodando o Windows Server 2003 em todo o mundo, mas apenas uma parte deles havia começado a fazer a migração para um sistema mais atual. Isso nada mais era do que um alerta para que empresas e gestores de TI executassem o quanto antes a migração para versões mais modernas do Windows – sem esquecer da implantação do plano de backup, é claro. Ou então, como segunda opção, para um ambiente de computação em nuvem – com custo-benefício mais atrativo, para os casos em que ainda não tivessem sido feitos investimentos em hardware compatível e no tempo necessário. No Brasil, um alerta desse passa a ter mais importância se considerarmos nossa tradição peculiar de deixarmos tudo para a última hora. Mas fazer essa migração não é tão simples e a própria Microsoft estimava que isso pudesse levar entre 100 e 200 dias para ser concluída. Nenhum problema se para quem fez tudo de forma planejada e antecipada. O problema é que muitas empresas não seguiram essa recomendação, deixaram tudo para o último momento ou não fizeram a migração dentro do prazo, por diversos motivos, e seguem operando com um sistema operacional antigo. Nada contra, pois escolha e a responsabilidade sobre postergar algo importante assim é de cada um. E os riscos também, pois trata-se de uma questão ligada a vulnerabilidades que deixam os ambientes tecnológicos de uma empresa sob constante ameaça, incluindo a violação de dados cruciais para qualquer negócio. Para quem ainda não tomou a decisão ou começou a fazê-la agora, os impactos podem não ser percebidos agora, mas sim no médio ou longo prazos. Isto porque, fazendo uso de um sistema operacional hoje obsoleto, os riscos estão mais presentes do que se possa imaginar. Um desenvolvedor de malware, por exemplo, conhece muito bem essas brechas e poderá explorá-las no momento em que lhe for mais conveniente, enquanto você ganha uma enorme dor de cabeça. Outro fator a ser levado em conta é que, a partir de agora, qualquer nova aplicação que a empresa estiver pensando em adquirir poderá não ser compatível com a versão 2003 do Windows Server. Entre elas, posso citar, por exemplo, aplicações de gerenciamento remoto de todo o sistema, de gestão de e-mails e de backup, entre outras. Há também o risco de incompatibilidade de qualquer hardware recém-adquirido com o sistema antigo. Em outras palavras, no médio ou longo prazo, as atividades de uma empresa podem simplesmente parar, causando enormes prejuízos, tanto financeiros quanto também de imagem e de credibilidade juntos aos clientes. Simplesmente vai chegar um momento em que nada do que for de mais atual em termos de software ou hardware poderá ser usado, como resultado da insistência em seguir confiando em um ambiente que não oferece mais nada em termos de segurança. E se continuar assim, sinto em dizer que não há nada que você possa fazer. Como resultado, a empresa passa a sentir a necessidade de investir parte de seus recursos em soluções que suportem a versão 2003 e aumentem a segurança de suas aplicações, quando poderia ter investido tempo e dinheiro no que fosse necessário para garantir a migração no tempo hábil. Seria uma decisão muito mais segura, econômica e inteligente. E qualquer bom gestor de TI sabe disso. Empresas que decidiram postergar algo tão importante estão agora diante de grandes desafios, caso insistam em manter suas atividades baseadas no Windows Server 2003, à mercê de todo tipo de ameaça. Cabe aos gestores assumirem a responsabilidade de encarar tais desafios enquanto ainda é tempo – tendo ciência também dos riscos que podem surgir a partir daí -, agindo proativamente e tomando decisões de forma estratégica e inteligente. Antes que seja tarde demais. (*) É gerente de Vendas da plataforma MAXfocus no Brasil. |