São Paulo, 25 (AE) – O corte de investimentos anunciado pelo governo federal diminuirá a atividade da construção civil e elevará o desemprego no setor, alertou o SindusCon-SP. Para a entidade, é preocupante que se garanta apenas os recursos para as obras contratadas pelo Minha Casa que já tenham mais de 70% de execução. “A medida levará à suspensão de um grande número de obras e ao desemprego, além de trazer insegurança às empresas que aguardam o lançamento da fase 3 do programa”, afirma a entidade.
A instituição também ressalta que a decisão sobre os cortes foi tomada em um momento em que os pagamentos pelas obras executadas sofrem atrasos “crônicos”, prejudicando os investidores e aumentando a sensação de insegurança. “O governo precisa colocar em dia urgentemente esses pagamentos”, afirmou o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, por meio de nota.
A instituição apontou também que o corte poderá resultar em uma queda ainda maior no PIB do que a baixa prevista pelo governo em 2015, de 1,2%. “Essa ação retardará a retomada dos investimentos e, consequentemente, da arrecadação e do crescimento econômico, ameaçando o próprio cumprimento da meta de superávit”. O SindusCon-SP espera que a Câmara não aprove a proposta do governo de reduzir a desoneração da folha de pagamentos da construção. “Como uma das maiores empregadoras do País, a construção precisa aperfeiçoar e não reduzir a desoneração”, acrescentou Ferraz Neto.