O acolhimento dos novos integrantes nos primeiros meses de empresa pode ser decisivo na jornada e envolvimento dos funcionários no futuro, e consequentemente, no crescimento da companhia. Para Marianne Kellner Haak, diretora de Pessoas, Cultura e Marketing da CSD BR, o onboarding vai muito além de entregar um kit de boas-vindas ao novo colaborador, independente da geração.
A tônica do mundo corporativo é a dificuldade de lidar e reter talentos da geração Z nos times. Porém, para Marianne, esse não deveria ser o foco das discussões. “Quando falamos de retenção de talentos, precisamos focar no processo de onboarding, na cultura e na formação contínua, independente da idade. Diferente de algumas percepções do mercado, os funcionários que tenho da geração Z são brilhantes, engajados e estão crescendo na empresa”, afirma.
A CSD BR, empresa de infraestrutura de mercado financeiro autorizada pelo Banco Central (Bacen), Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e Superintendência de Seguros Privados (Susep), garante um processo de integração no qual o novo colaborador entra em contato com a cultura organizacional logo no início. A empresa tem foco em inovação e tecnologia, e privilegia a busca pelo conhecimento.
“Temos a universidade corporativa CSD BR, que contempla o desenvolvimento de hard e soft skills e ainda o apoio em certificações, bolsas de estudos e cursos externos. Nesse processo, ele tem contato com a cultura da empresa, focada no conhecimento e no desenvolvimento pessoal constante”, comenta a diretora.
Nos últimos anos, a empresa, que quer abrir uma nova bolsa de valores no Brasil, cresceu tanto que precisou se mudar para um escritório maior na cidade de São Carlos. Hoje, são mais de 170 pessoas distribuídas no Onovolab, um hub de inovação na cidade de São Carlos e na sede em São Paulo, em um escritório na Faria Lima.
Além da universidade interna, que reúne o conhecimento técnico da empresa e os processos mapeados, os novos colaboradores ganham um padrinho/madrinha que os auxilia na chegada e ambientação. São profissionais com mais tempo de casa e selecionados para apoiar e orientar os novos colegas por ao menos três meses.
Todo o processo conta com o incentivo a feedbacks, de todos os lados, inclusive por parte dos recém-chegados. “Criar um modelo de onboarding que seja satisfatório somente para a empresa pode ser fácil. Porém, ser avaliado logo de início pelos participantes é desafiador para uma companhia. Já que gostamos de desafios e aqui todos têm voz, os novos colaboradores, desde o princípio, aprendem a dar feedback e nos avaliar”, diz.
Para a diretora, a retenção de talentos está mais relacionada com valores pessoais do que com a idade. “Em uma empresa, deve prevalecer o sentimento coletivo porque todos estamos no mesmo barco e com um mesmo objetivo”, finaliza. – Fonte: (https://csdbr.com/).