Menos da metade (41%) dos executivos globais esperam gastar mais da metade de seus orçamentos de gestão de risco com tecnologia nos próximos 12 meses e 61% deles esperam ver um aumento significativo no nível de riscos pelo qual serão responsáveis nos próximos três a cinco anos.
Esses dados constam na recente pesquisa “The future of risk” publicado pela KPMG. A publicação aponta ainda que 71% dos Chief risk Officers (CROs) e gestores de risco afirmam que a integração de sistemas, domínios e processos contribuem na tomada de decisões relacionadas a risco.
Quanto aos tipos de riscos a serem enfrentados nos próximos anos, 58% deles acreditam serem riscos voltados à tecnologia e às questões políticas, 56% aos riscos regulatórios e de compliance, 60% aos riscos estratégicos, e 49% aos riscos operacionais.
“O principal fator que impulsiona uma transformação de risco bem-sucedida é a liderança que estimula uma cultura consciente e prioriza a gestão de riscos em toda a organização”, diz Diogo Dias, sócio-líder de Risk Advisory Solutions da KPMG no Brasil e na América do Sul.
A pesquisa feita com líderes globais da área de risco traz contribuições importantes sobre como as empresas estão se preparando para enfrentar e se proteger dos novos riscos que surgem a cada ano, especialmente com o advento das novas tecnologias. Entre outros apontamentos, a publicação lista 5 passos para as empresas transformarem a gestão de riscos:
- – Estabeleça uma visão de risco – Para iniciar uma cultura mais consciente de riscos, organize um workshop com o C-Suíte e os principais stakeholders, com o objetivo de tornar a gestão de risco uma capacidade central e estratégica.
- – Desenvolva uma estratégia de gestão de risco em toda a empresa – A estratégia de risco, que deve estar diretamente alinhada com os objetivos estratégicos da organização, delineia as principais áreas de risco e integra a gestão de risco aos processos de negócios.
- – Desenvolva um plano de comunicação – Esse plano define os objetivos da transformação de gestão de riscos, juntamente com os canais de comunicação adequados, para ganhar apoio no C-Suíte e em toda a organização.
- – Identifique as habilidades de gestão de risco e planeje preencher as lacunas – Depois de realizar uma auditoria de habilidades, a organização pode iniciar o treinamento e, em alguns casos, recrutamento, incluindo um programa de mentoria em gestão de risco.
- – Crie um plano de melhoria da qualidade dos dados- O objetivo é melhorar a precisão, a pontualidade e a completude dos dados da gestão de risco, avaliando e aprimorando a governança de dados, a sua coleta, o armazenamento e as análises.
A pesquisa “The future of risk”, da KPMG, contém resultados de entrevistas com 400 executivos seniores, principalmente C-levels, de vários setores, sendo 218 em gestão de riscos, localizados na América do Norte, Europa, China, Japão e Austrália.
Todas as empresas geram mais de US$ 500 milhões anualmente e mais da metade dos executivos trabalha para empresas com mais de US$ 10 bilhões em receita anual. – Fonte: (https://kpmg.com/br/pt/home/insights.html).