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Investir sozinho, com assessor de investimentos ou com ajuda de robô?

em Mercado
sexta-feira, 08 de novembro de 2024

Henrique Castiglione (*)

Investir o próprio dinheiro é um recurso buscado por cada vez mais pessoas no mercado, afinal, é preciso valorizar o capital pensando no futuro. Na B3 (a Bolsa de Valores brasileira), por exemplo, o número de investidores em produtos de renda fixa cresceu 15% em um ano, segundo um estudo divulgado recentemente pela instituição com dados do 4º trimestre de 2023.

De acordo com a B3, essa modalidade atraiu 2,3 milhões de novos investidores no período de 12 meses e chegou a 17,1 milhões de pessoas. Quando consideradas outras modalidades de investimento na B3, a soma era de 19,1 milhões de pessoas em dezembro do ano passado. Mas qual é a melhor maneira de investir: sozinho, com um assessor especializado ou com a ajuda de robôs? Isso é o que muitas pessoas se perguntam logo que surge o interesse pelo tema.

De antemão, é importante destacar que cada um desses recursos carrega especificidades e podem ser indicados para diferentes modelos de investidores, a depender de cada necessidade. Um investimento realizado sozinho, por exemplo, entrega ao indivíduo maior autonomia sobre suas decisões, entretanto, é necessário bastante cuidado, já que as responsabilidades recaem apenas sobre essa pessoa.

Para que um investimento feito sozinho tenha maiores chances de retornos positivos, é recomendado que o indivíduo faça um planejamento correto, com objetivos e estratégias. É preciso entender qual é a meta a ser atingida — afinal, cada uma delas pode demandar diferentes meios — e quais características de rendimentos são mais adequadas.

Se a ideia é valorizar um patrimônio com o intuito de pagar a faculdade de um filho, investimentos a longo prazo farão bem mais sentido. O “investidor solitário” também deve entender seu perfil, considerando preferências, tempo, tolerância a riscos, entre outros fatores. Além disso, é fundamental analisar diferentes produtos de investimentos, com foco na diversificação da carteira.

Com a ajuda de um assessor de investimento, por outro lado, o processo torna-se bem mais acessível. Esse tipo de profissional é certificado e tem como objetivo auxiliar investidores a montar um grupo de investimentos com boa rentabilidade e, claro, compatível com o perfil de seu contratante.

Uma das grandes vantagens de contar com um assessor de investimento reside na proximidade, ou seja, o profissional atua com transparência e comunica o investidor sobre questões importantes que merecem determinada atenção.

Com isso, o aprimoramento da carteira torna-se mais fácil, e a definição das estratégias tende a se adequar ao perfil do cliente. Em outras palavras, em uma metáfora com um veículo em movimento, o assessor de investimentos conhece os melhores caminhos a serem trilhados e entende qual é o momento e a velocidade certa para que cada curva seja feita.

Há também como investir com o auxílio de robôs, em que um algoritmo atua a partir de parâmetros definidos previamente e não carece de ter alguém observando sempre o mercado. É possível recorrer a esse tipo de serviço em corretoras pelo país e formular a máquina para que ela funcione da maneira mais adequada de acordo com os anseios do investidor.

Por outro lado, contar com um robô como auxiliar exige que a pessoa entenda que nem sempre as soluções apresentadas pelo algoritmo garantirão bons retornos, assim como acontece em qualquer outra estratégia de investimento. Além disso, é crucial contar com plataformas devidamente credenciadas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e que sigam as melhores práticas de mercado.

Em suma, é possível recorrer a cada um desses recursos abordados anteriormente de acordo com cada investidor, afinal, cada uma das estratégias oferece vantagens e apresenta características distintas em sua prática. O que pode ser generalizado, porém, é a importância do aprofundamento no tema quando o intuito é rentabilizar o patrimônio.

É fundamental planejar muito bem o que está em mãos hoje para que o futuro seja ainda mais frutífero.

(*) – É CEO da EWZ Capital, assessoria de investimentos filiada ao BTG Pactual e especialista em Finanças (https://www.ewzcapital.com.br/).