Joildo Santos (*)
A comunicação é a alma pulsante do nosso convívio, uma dança de palavras e ideias que, na periferia, ganha formas únicas e vibrantes. Aqui, a linguagem é moldada pelas vivências do povo, criando um dialeto cheio de nuances e significados próprios.
A comunicação fluída vai além das palavras. É um quebra-cabeça de elementos que criam uma conexão profunda entre emissor e receptor, transmitindo ideias com clareza, empatia e respeito, sempre atento ao contexto cultural e social do interlocutor. Na periferia, essa fluidez se manifesta de maneiras distintas.
A linguagem é uma ferramenta poderosa para expressar emoções, construir pontes e derrubar barreiras. Gírias, expressões populares e entonações adquirem significados especiais, formando um código único entre os membros da comunidade. A linguagem da periferia é um reflexo da cultura vibrante e da rica história das comunidades marginalizadas.
É a voz daqueles que muitas vezes são silenciados, um grito de resistência e afirmação da própria identidade. Explorar esse dialeto rico e expressivo nos revela um universo de significados que vão além da simples comunicação.
As palavras se transformam em armas de luta, instrumentos de empoderamento e veículos de transformação social. Aprender a navegar pela comunicação fluída na periferia exige mais que palavras.
É necessário abrir os ouvidos para os diferentes sotaques, entender as nuances do contexto e respeitar a cultura local. É valorizar a linguagem popular e a sabedoria que ela carrega. Para negócios que desejam se vender nesses territórios, dominar a comunicação fluída é essencial. Compreender e respeitar a linguagem local não só facilita o diálogo, mas também constrói um vínculo de confiança com a comunidade.
Empresas que se comunicam de maneira autêntica e empática são melhor recebidas e conseguem estabelecer uma conexão profunda com os consumidores, resultando em maior aceitação e fidelização. Uma comunicação eficaz permite que as empresas adaptem suas mensagens para refletir as realidades e necessidades locais, tornando suas ofertas mais relevantes e atraentes.
Ao criar pontes de comunicação entre diferentes mundos, promovemos o diálogo, a compreensão e a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. A linguagem da periferia, com sua força e autenticidade, pode nos guiar nesse processo, ensinando-nos a valorizar a diversidade e a celebrar a riqueza cultural do nosso povo.
A comunicação fluída na periferia não é apenas técnica ou regra; é uma arte, um dom aprendido com a vivência e o respeito à cultura local. Ao navegarmos por esse dialeto vibrante, nos aproximamos da alma do povo e abrimos caminho para um futuro mais justo e inclusivo. Para negócios, é a chave para criar relações duradouras e prosperar em territórios ricos de cultura e potencial.
(*) – É empreendedor social, líder comunitário, CEO do Grupo Cria Brasil (https://grupocria.com.br/.