Renan Cardarello (*)
Hoje em dia, é praticamente de conhecimento geral a existência do SEO (otimização para motores de busca) entre os profissionais de marketing. Contudo, nem todos compreendem a utilidade que o tópico apresenta para quem contrata esse tipo de serviço e, principalmente, sua capacidade de elevar a renda das empresas que sabem como utilizá-lo estrategicamente.
Torna-se interessante, então, conversar sobre esse tema e de que forma implementá-lo internamente em prol deste objetivo. O SEO surgiu juntamente com a ascensão do Google aos holofotes dos buscadores da web. Com a criação da World Wide Web (WWW), vários servidores para compartilhamento de informações foram criados, contudo, no início era necessário saber o IP do destino que você queria acessar.
Nesse começo da história da rede e de sua complexidade, foram sendo criados buscadores para facilitar a vida do usuário que, por vezes, poderia não recordar de um número longo para cada servidor que ele queria acessar. Alguns anos depois da criação do primeiro buscador, o Google entrou no jogo, como mencionado, e tomou as atenções, sendo hoje a megacorporação que é.
Com o aumento do tráfego na internet, possibilitado pela evolução e barateamento das tecnologias, o número de sites também foi crescendo, o que criou a necessidade do início do processo de ranqueamentos na página do buscador, a fim de tornar mais rápida a experiência do usuário no processo de procurar algum site que tratasse do que ele procurasse.
A partir de então, o SEO dos sites se tornou fundamental para os buscadores.
Resumidamente, o Google Crawler analisa a frase de busca e apresenta os resultados de páginas indexadas que mais têm chances de responder à busca, geralmente impulsionadas por seu SEO bem executado. Dentro do SEO de uma página, vários pontos são analisados, como a utilização de palavras-chave, imagens com texto relacionado, títulos do texto e etc.
Além do SEO On-page, temos também o Off-page e o Técnico. O trabalho em consonância dos três resulta no SEO completo. Atualmente, nesse mundo que está a todo momento ligado à web, surge o interesse -por vezes a necessidade- de empresas aparecerem nos primeiros resultados da página de resultados do buscador, uma vez que essas páginas exibidas nos primeiros lugares serão as que mais terão cliques de usuários e, possivelmente, conversões.
Uma das formas de criar um atalho para aparecer “na cara” do usuário é através da compra de anúncios pagos no Google, o que dependendo do lance, pode da noite para o dia colocar algum site em uma das -geralmente- quatro primeiras posições de resultados patrocinados. Entretanto, como ainda nem todas as pessoas acessam a web e, nesse sentido, a tendência da área é a de continuar crescendo, haverá uma contínua expansão também do número de sites que falam de temas iguais, o que eventualmente causará uma inflação dos custos de lances do tráfego pago acima citado.
Nessa linha, a única outra solução que pode ser tomada por empresas é a de fazer um trabalho de SEO para aparecer de forma orgânica nas pesquisas dos potenciais clientes. Segundo dados apresentados em um artigo de 2024 no site Semrush, são feitas 5,9 milhões de pesquisas no Google por minuto. Com todo esse tráfego na rede e a tendência de expansão, deixar de lado a web se torna algo fora de questão quando se trata de um meio de contato com clientes que pode ser muito rentável e com baixo custo de investimento.
Um dos grandes pontos positivos do SEO é que sua despesa não se inflaciona da mesma forma que o anúncio pago, além de possuir uma curva de resultados que tende a crescer durante bastante tempo. Vale lembrar que, no início, seu desempenho será como um grão de areia numa praia se comparado ao tráfego pago, mas como dito, sua tendência é a de uma curva positiva num gráfico, desde que o trabalho da parte técnica e on/off-site estejam alinhados.
E assim, com a paciência necessária, voilà! O tráfego orgânico do seu site pode ultrapassar os resultados do pago, com o mesmo investimento durante todo o seu intervalo. Isso configura uma situação muito benéfica para todo tipo de empresa, mas principalmente para as pequenas e médias, que não podem desafiar as multinacionais em questão de ticket médio a ser utilizado no Google Ads.
No final, uma boa estratégia de SEO é capaz de não apenas alavancar o nome da marca no buscador orgânico, como também, consequentemente, impulsionar sua otimização, tornando-a referência nos mais diversos temas pertinentes ao seu segmento.
(*) – É CEO da iOBEE, Assessoria de Marketing Digital e Tecnologia (https://iobee.com.br/).