A encefalomielite equina é uma doença viral que afeta cavalos em todo o mundo, causando preocupação entre criadores, proprietários e profissionais da saúde animal.
É uma zoonose, ou seja, pode atingir os humanos também, e por este motivo ela é de notificação obrigatória. Os reservatórios naturais destes vírus são aves, roedores e répteis, que em muitas das vezes não apresentam nenhuma manifestação clínica. “Muitas pessoas acreditam que a transmissão acontece por meio do contato com cavalos infectados, mas na verdade o vetor, representado pelo mosquito, que contrai o vírus picando animais silvestres ou domésticos infectados e, posteriormente, pica cavalos e humanos, contaminando-os”, esclarece Camila Senna, médica- veterinária.
Os sintomas da encefalomielite equina são febre, apatia, depressão, inicialmente. Conforme a doença progride, surgem sintomas neurológicos como incoordenação motora, andar desorientado, andar em círculos, cegueira, ranger de dentes e pressionar a cabeça contra objetos. A progressão dos sintomas leva ao decúbito prolongado com movimentos de pedalada e tende a evoluir para o óbito do animal em poucos dias. “Por se tratar de uma doença fatal, na maioria dos casos, a encefalomielite traz prejuízos econômicos aos criadores de cavalos, que podem vir a perder cavalos de alta performance, de lida e de lazer. Nos raros casos que não provoca a morte, a doença deixa sequelas gravíssimas, como paralisia, convulsão e problemas comportamentais”, explica Camila.