Em 2024, 50% das organizações de cadeia de suprimentos investirão em aplicativos com suporte à inteligência artificial e às competências de análise avançada. Essa é uma das conclusões do estudo “Tendências de Supply Chain em 2024: a Transformação Digital”, feito pela KPMG. O levantamento cita ainda que as organizações devem estar preparadas e, para isso, precisam aprender sobre tecnologias emergentes, eletrificação de frotas e inteligência artificial.
“No cenário com presença constante de tecnologia, um novo paradigma surge na gestão da cadeia de suprimentos. E, diante disso, as organizações deverão responder mais rapidamente às solicitações do dia-a-dia, se antecipar a resolução de problemas, reduzir erros e ineficiências além de melhorar a visibilidade, transparência e rastreabilidade”, diz o sócio-diretor de Supply Chain da KPMG no Brasil Juan Padial.
Com base nisso, a KPMG aponta sete tendências para a cadeia de suprimentos. Confira:
- – IA Generativa (GenAI) em operações – Espera-se que metade das organizações investirão em aplicativos relacionados à IA. É importante destacar que precisamos evitar dissipar esforços em implementações de IA desconectadas. Dessa forma, será possível desenvolver um plano de negócio claro para cada aplicação de GenAI na cadeia de suprimentos.
- – Planejamento habilitado por IA – Tal tendência retirará grande parte do trabalho manual do processo de planejamento e aproveitará o poder da análise avançada para responder a perguntas mais complexas com intervenção humana mínima. As competências em planejamento existentes têm sido incapazes de atender às demandas de um mundo mais complexo, multifacetado e sutil cujo foco está na resiliência e ESG. Isso aumenta a pressão sobre o planejamento da cadeia de suprimentos.
- – O papel crítico dos dados – Usar os dados existentes é um dos principais desafios enfrentados pela gestão da cadeia de suprimentos; dado que milhões de registros de dados são gerados a partir de múltiplos sistemas. A disponibilidade, a qualidade e a consistência dos dados são agora fatores críticos; a fragmentação de dados dificulta a visão holística da cadeia de suprimentos da organização.
- – Transparência e visibilidade além dos níveis imediatos – A falta de visibilidade em todas as camadas da cadeia de suprimentos tem implicações para as organizações de todos os setores. Quebrar as barreiras de visibilidade além do 1º nível permite que as organizações examinem sua cadeia de suprimentos expandida.
- – Plataformas low-code (programação com baixo código) – As cadeias de suprimentos incluem o fornecimento de matéria-prima, o armazenamento e a distribuição de produtos manufaturados para os consumidores. A maior parte das tarefas pode ser automatizada por meio de plataformas de baixo codificação (low-code) que utilizam uma ampla gama de interfaces e integrações. Isso reduz o tempo de desenvolvimento.
- – ESG e emissões do Escopo 3 – Muitas empresas priorizaram a coleta de dados de emissões do Escopo 1 (emissões diretas) e do Escopo 2 (eletricidade comprada). O foco agora mudou para as emissões do Escopo 3, que são as emissões incorridas em toda a cadeia de valor. As divulgações sobre os dados do Escopo 3 estão se tornando um requisito legal em muitos países.
- – Veículos elétricos, transporte e logística – Alguns elementos inovadores das redes de transporte e logística já estão evidentes, tais como a automação de armazéns e portos e o crescente uso de veículos autônomos.
“Essas tendências estruturais moldarão novos modelos operacionais e ajudarão a aprimorar processos de negócio. É importante que as organizações entendam essas tendências e tomem ações para aproveitar essa transformação de forma urgente. Com isso, construirão uma cadeia de suprimentos mais ágil e responsiva, com redução de custos e maior valor para os acionistas”, conclui Juan. – Fonte: (https://kpmg.com).