Rubens Moura (*)
As ciências econômicas ajudam na tomada de decisões, além de escolher de forma a maximizar o benefício em função da escassez de recursos, que é tudo aquilo que é utilizado para gerar bem-estar ao agente econômico. Ele pode ser identificado como um indivíduo ou entidade que afeta o mercado e a sociedade com as próprias medidas.
O agente econômico pode ser classificado em três papéis a seguir: o consumidor que influencia o bem-estar social pessoal e da sociedade com as escolhas e comportamento das despesas. Já o perfil ofertante afeta o lado particular e de mercado, ao optar por produzir um bem. Por último, há o grupo formado por governos ou nações que estão em outras fronteiras.
No caso do perfil consumidor ou demandante, a economia auxilia a escolha da cesta de itens (bens e serviços) que possa gerar maior utilidade possível como a satisfação, prazer e alegria, em função da renda e os resultados dessa escolha. Para este grupo, é importante ordenar as preferências completas. Ao saber o que é mais necessário, talvez, ele consiga empregar força e tempo para aquilo que gera bem-estar.
Outro ponto é o consumo intertemporal, quase sempre, há falta de renda ao realizar compras, neste caso, o recomendado é poupar. A poupança é a diferença positiva da renda e da despesa, que pode permitir a adesão de um bem, cujo valor monetário é maior do que a renda. Definir uma meta de poupança para gerar um saldo positivo pode ajudar nos casos específicos.
Caso o perfil seja ofertante, a economia vai servir para direcionar qual produto será produzido, em qual mercado será comercializado, quais serão as estratégias de posicionamento na parte dos preços e o público-alvo.
Assim como o consumidor, o ofertante tem uma restrição orçamentária. Esse valor monetário pode gerar e contratar fatores de produção, ou seja, produzir o que é preciso (mão de obra, maquinário, espaço, matéria-prima). A economia vai orientar e definir quanto pode ser contratado de acordo com cada fator de produção para produzir o máximo possível com os recursos disponíveis.
O governo também tem restrição orçamentária. Neste caso, o primordial é pensar no que é mais importante para sociedade como as políticas públicas e ações orçamentárias. O Brasil tem um grande déficit financeiro por não saber avaliar a eficiência de algumas práticas.
A microeconomia estuda o agente econômico individualizado, bem como quais são as escolhas, decisões profissionais, preço, produção, mercado. Já a macroeconomia avalia como o resultado de cada escolha pode gerar valores agregados, renda, emprego, de que forma poderá impactar no nível de preço, inflação, projeção de cenários, negócios e empreendimento.
As ciências econômicas ajudam os agentes a escolherem de uma forma moderada, para ter o melhor resultado com os recursos disponíveis, além de compreender os cenários e tomar decisões certas em busca do bem-estar.
(*) – É professor de Ciências Econômicas da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Rio.