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O fluxo de caixa da Starlink atinge o ponto de equilíbrio

em Tecnologia
terça-feira, 07 de novembro de 2023

A Starlink é uma constelação de satélites destinada a prover serviços de internet, composta por mais de cinco mil satélites, todos lançados por foguetes da SpaceX, da qual a Starlink é uma divisão.

Vivaldo José Breternitz (*)

O uso dos lançadores da SpaceX tem sido fundamental para que a Starlink cresça a taxas tão agressivas – seus primeiros satélites operacionais foram lançados em 2019. A SpaceX vem usando os foguetes lançadores Falcon, engenhos reusáveis; um deles já foi lançado 18 vezes.

Os serviços da constelação têm cerca de dois milhões de assinantes e atendem desde pessoas físicas até setores como o marítimo e de aviação. Há algumas semanas, a Starlink foi notícia pelo seu papel nos conflitos ora em andamento, como a guerra na Ucrânia e a luta entre Israel e o Hamas.

Recentemente foi lançada uma versão do Starlink focada na área de defesa, a Starshield, voltada especialmente ao interesse das forças armadas americanas em adquirir de particulares capacidades de Internet via satélite.

SpaceX e Starlink tem Elon Musk como CEO – há alguns dias, o empresário anunciou que o fluxo de caixa da Starlink atingiu o ponto de equilíbrio, situação em que as receitas e despesas operacionais se igualam.

Musk fez o anuncio através de um post no X, plataforma de mídia social que também controla, no qual disse também que em 2024 o número de satélites da Starlink será maior que a soma de todos os satélites artificiais já lançados; a meta é fazer 144 lançamentos em 2024, cada um deles carregando mais de um satélite. Em 2023, o número de lançamentos estará ao redor de cem.

Com o atingimento do ponto de equilíbrio, rumores dão conta de que o capital da Starlink pode ser aberto, uma medida que Musk disse certa vez que a empresa tomaria quando o fluxo de caixa se tornasse equilibrado.

Resta saber se, com a abertura do capital, o Pentágono seguirá considerando a possibilidade de ter a Starlink como um de seus parceiros estratégicos, dada a possibilidade de conflitos de interesses com os acionistas.

(*) Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da FATEC SP, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas.