Pesquisa revela que 85% das companhias consideram implementar a tecnologia nos próximos anos
O crescente uso da Inteligência Artificial (IA) no Brasil é um fenômeno de grande relevância no contexto econômico e tecnológico. Segundo pesquisa da Bain & Company, realizada com cerca de 600 empresas, a IA está presente ou no radar das companhias, com 85% considerando implementar a ferramenta nos próximos anos.
De acordo com o estudo do Instituto Qualibest, as empresas de pequeno porte (com faturamento entre R$360 mil e R$4,8 milhões) e médio porte (com faturamento acima de R$4,8 milhões até R$20 milhões) foram as que obtiveram destaque na aplicação da tecnologia em seu cotidiano, com 24% (MP) e 14% (EPP).
“A inovação tem o potencial de transformar profundamente a maneira como as empresas operam, tornando-as mais eficientes, inovadoras e competitivas. Estas mudanças englobam desde a possibilidade de processos mais automatizados e seguros baseados em insight e comportamento do usuário, melhorando cada vez mais a eficiência operacional das organizações. No entanto, também é importante considerar desafios éticos e questões de privacidade ao implementar a IA nas empresas, para garantir que ela seja usada de maneira responsável e beneficie a sociedade como um todo”, explica Rogério Athayde, CTO da keeggo, consultoria de tecnologia.
Ferramentas de IA podem ser usadas não apenas no processo operacional das empresas, mas também na simplificação de tarefas cotidianas, permitindo que o colaborador possa focar em atividades mais estratégicas. Nesse sentido, o estudo Annual Work Index da Microsoft, que contou com cerca de 30 mil entrevistados em 3 países, revelou que 74% querem delegar o máximo possível de trabalho a tecnologia.
É importante mencionar que a implementação da IA tem como objetivo otimizar o tempo e entregar resultados mais seguros, não sendo o foco desta dizimar empregos ou substituir o trabalho de pessoas por máquinas. Uma pesquisa realizada pela Universidade de Stanford em parceria com o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), indicou que a aplicação de ferramentas nas empresas pode aumentar a produtividade dos colaboradores em até 14%.
“A IA tem grandes chances de transformar o mercado de trabalho, mas sua relação com o emprego humano é complexa e varia de acordo com o setor, a região e o contexto específico. O mais importante é como as empresas e a sociedade lidam com a inovação, promovendo uma abordagem equilibrada que valoriza as habilidades humanas e busca aproveitar o potencial da tecnologia para melhorar a qualidade de vida e a produtividade, porém o objetivo não é substituir o ser humano e sim trazer um equilíbrio ao profissional e eficiência operacional”, destaca o especialista.
Para que a ferramenta possa ser aplicada em sua totalidade é necessário a mão de obra especializada. No setor corporativo ainda possui um longo caminho, já que segundo a pesquisa Annual Work Index, quase 90% dos gerentes do Brasil afirmaram que necessitam de funcionários que tenham habilidades para lidar com o constante avanço tecnológico.
Através dessa tecnologia é possível também personalizar a experiência do cliente, oferecendo recomendações mais precisas, criando fidelidade e aumentando a satisfação. Em resumo, as empresas estão desempenhando um papel crucial na adoção da IA no Brasil, impulsionando a inovação, eficiência e competitividade do país. Esse movimento contribui para o crescimento econômico sustentável e o desenvolvimento tecnológico.
“A Inteligência Artificial (IA) continuará a desempenhar um papel crescente e transformador no setor corporativo no futuro. A IA terá um papel de constante evolução nas organizações, e seu impacto pode ser significativo em diversos aspectos. As empresas que adotam estratégias de IA bem planejadas e éticas têm a oportunidade de melhorar a eficiência, a inovação e a competitividade. No entanto, é fundamental gerenciar questões éticas, como privacidade e equidade, à medida que a IA se torna mais difundida nas operações empresariais”, finaliza Athayde.