As Big Techs não conseguiram combater eficazmente a desinformação on line gerada pelos russos durante o primeiro ano da guerra na Ucrânia.
Vivaldo José Breternitz (*)
Essas são conclusões de um estudo divulgado pela União Europeia, que chega junto à entrada em vigor de seu Digital Services Act (DSA), acontecida em 25 de agosto; essa legislação exige mais transparência das plataformas web.
O relatório centra-se nos riscos trazidos pela desinformação pró-Kremlin em seis plataformas – Facebook, Instagram, X (antigoTwitter), YouTube, TikTok e Telegram, trazendo evidências no sentido que as Big Techs que operam essas plataformas não têm conseguido implementar as medidas previstas no DSA de forma adequada.
A maioria das principais plataformas assinou um código de conduta sobre desinformação no ano passado, mas o então Twitter recuou em junho.
O estudo alerta que a desinformação online russa aumentou em 2023, especialmente depois de Elon Musk ter assumido o então Twitter no final do ano passado.
Também existe a preocupação com os impactos da desinformação nos próximos meses, tendo em vista as eleições europeias que terão lugar em junho de 2024.
(*) Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da FASTEC SP, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas.