As estratégias de crescimento dos CEOs de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações para os próximos três anos envolvem principalmente alianças estratégicas (34%) e crescimento orgânico (18%), mas também contemplam fusões e aquisições (16%), gerenciamento de riscos geopolíticos (16%), empreendimentos conjuntos (11%), e terceirização (5%).
Sobre questões operacionais, as prioridades estão focadas principalmente no aumento da adaptação às mudanças geopolíticas (30%), acelerar digitalização e conectividade (23%), melhorar a proposta de valor para os colaboradores (23%), e executar iniciativas ESG (14%). Essas são algumas das conclusões da pesquisa “Technology Industry CEO Outlook”, conduzida pela KPMG com 44 respondentes da América do Sul, sendo 9 do Brasil.
“As empresas tecnológicas demonstraram resiliência e criatividade nos últimos anos. Mantiveram o mundo conectado e seus produtos viabilizaram novos formatos de trabalho em todos os setores, que conservaram seus colaboradores produtivos e a sociedade abastecida. Isso comprova a capacidade da indústria tecnológica superar todas as possíveis turbulências, sejam geopolíticas, econômicas ou operacionais.
Os executivos do setor confiam no crescimento das suas empresas, veem oportunidades de inovação, e sabem quais são os caminhos para atingirem o sucesso”, afirma Márcio Kanamaru, sócio-líder de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações da KPMG no Brasil e na América do Sul.
O conteúdo destacou ainda dados sobre propósito e agenda ESG das empresas de tecnologia. Para a ampla maioria (89%) dos respondentes, o propósito corporativo é importante ou muito importante para impulsionar o retorno aos acionistas, melhorar relações com o consumidor, e impulsionar o desempenho financeiro da empresa. Da mesma forma, 84% também consideram que é crucial para posicionar a marca, fortalecer o engajamento dos funcionários e a proposta de valor.
Os líderes entrevistados também analisaram quais são os fatores impulsionadores das iniciativas ESG e quais são um obstáculo. Mais da metade deles (59%) argumentaram que a adoção de uma estratégia social proativa deve ser o caminho, escolha que busca responder às demandas sociais ligadas a uma maior inclusão, diversidade e equidade dentro das empresas. Significa que as políticas de equidade, inclusão e diversidade devem ser favorecidas dentro da organização em posições de liderança para tornar a agenda ESG mais visível.
Sobre transformação digital e cibersegurança, a maioria dos executivos está realizando uma estratégia agressiva de investimentos (86%) para permanecerem na fronteira da inovação, mas buscando equilíbrio entre o esgotamento, que acelerou a transformação na pandemia (77%), e a necessidade de não parar esse processo, que resulta em competitividade e captação de clientes (79%).
Mais de metade deles (64%) também priorizam a compra de novas tecnologias, evidenciando que o investimento digital continua sendo prioridade, e 36% o fazem com o desenvolvimento das habilidades e capacidades de seus colaboradores.
“Esses dados são interessantes pois estão relacionados com decisões estratégicas das empresas do setor, a necessidade de foco contínuo em inovação, e o uso intensivo de tecnologias direcionadas para melhorar a experiência do cliente.
Quando as organizações estiverem mais alinhadas às necessidades e expectativas dos consumidores, e ampliarem a sua fidelização, poderão ganhar competitividade e conquistar ainda mais espaço no mercado”, afirma Felipe Catharino, sócio-diretor líder do segmento de Tecnologia da KPMG no Brasil.