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Conexão entre especialistas e Inteligência Artificial para a eficácia em negócios

em Opinião
quarta-feira, 17 de maio de 2023

Ricardo Villaça (*)

A Inteligência Artificial (IA) é uma realidade em constante expansão, presente em diversas áreas de atuação.

E sempre gerando resultados expressivos em todos os segmentos de mercado. Porém, é importante destacar que para que a IA seja eficiente, é fundamental a existência de uma forte conexão entre a capacidade de colaboração de profissionais especializados com o poder desta tecnologia cognitiva.

Na era da Transformação Digital, a polêmica em torno do GPT-3 gerou uma enorme corrida em todos os segmentos de mercado. Há os que não querem ficar de fora e fazem de tudo para dizer que usam ou são os primeiros a usá-lo, bem como os que rejeitam e ficam procurando falhas de todos os tipos, incluindo religiosas, e ainda os poucos que estão utilizando a ferramenta de forma para gerar receita.

Até mesmo alguns veículos de imprensa acabam polemizando sobre o tema, ao invés de trazer uma reflexão mais ampla sobre a IA Generativa. No centro de toda essa discussão deveria estar o cliente, principal gerador de retorno financeiro das empresas, que quer ser atendido de forma individualizada e digital.

No entanto, com a grande capacidade de geração e armazenamento de dados, além de alto poder de processamento e algoritmos avançados, a IA precisa de dados bem modelados, conhecimento técnico e orientação para negócios, além de forte colaboração entre as equipes.

De acordo com o Massachusetts Institute of Technology (MIT), as empresas precisam formar as “superminds” – coletivo de tecnologia com o dinamismo da IA associado à colaboração entre profissionais de áreas como inteligência, marketing, tecnologia, negócios, finanças e RH. A colaboração entre as pessoas demanda inteligência social, que se traduz em capacidade de se relacionar, e taxa de participação, ou seja, em um grupo, todos devem contribuir.

Diante deste cenário, é essencial que nesse processo de colaboração exista alinhamento cultural. Empresas sem este fator chegam a perder até dois anos de projetos inovadores, receita e posição no mercado. Além disso, um dos temas mais críticos em Inteligência Artificial é o viés. Dados mal modelados e/ou técnicas mal-empregadas entregam perspectivas que podem levar a situações drásticas.

Portanto, para que a IA gere resultados satisfatórios, é importante que sejam cumpridas algumas ações iniciais, tais como: o Assessment Corporativo, que avalia o nível de Excelência em IA na empresa e gera um roadmap gerador de resultados; o Alinhamento Cultural, que fortalece o processo de colaboração e auxilia diretamente na estratégia de IA, e o Assessment Pessoal, que avalia o perfil do profissional e gera recomendações cognitivas.Todas essas ações visam preparar a empresa para absorver adequadamente a IA.

Quando os Assessments e o workshop são aplicados corretamente, é possível obter uma sensação de liberdade e senso de direção estratégico e de negócios.

Em suma, ferramentas de mercado e tecnologia são importantes, mas a verdadeira força da IA e da Transformação Digital está na forte conexão a ser criada entre tecnologias com poder cognitivo e pessoas com capacidade de colaboração. As empresas que se preparam adequadamente para a IA têm a chance de aumentar em até 20% sua receita, obtendo ainda forte dinamismo corporativo.

(*) – É Diretor de Inteligência Artificial da DLR – Transformação Digital com IA.