Segunda maior propriedade brasileira e cliente Lely, a Melkstad se destacou em ranking internacional pelos resultados na produção de leite por vaca
Redução de custos, maior produtividade, saúde e bem-estar animal. Com o uso de tecnologias, estes resultados se tornam reais na atividade leiteira – e os grandes produtores têm se atentado cada vez mais a isso, principalmente diante da necessidade de garantir valor agregado à produção frente às mudanças de perfil do consumidor.
O investimento em automação proporciona uma nova rotina, com mais flexibilidade, eficiência e melhor gestão. Cerca de um terço da rotina de trabalho em uma propriedade leiteira é ocupado por tarefas repetitivas, como a ordenha, por exemplo. Após a transição para o sistema robotizado, oportunidades para focar em outras áreas importantes do negócio são criadas, como a saúde do rebanho, manejo reprodutivo e cria e recria de novilhas.
Coert Van Lenteren, Gerente do departamento especializado Dairy XL da Lely – conceito exclusivo que oferece atendimento e suporte personalizados à grandes fazendas do setor -, explica que, especialmente para grandes propriedades, “é mais do que apenas automatizar a produção, é a forma como o negócio é gerido. O objetivo principal é melhorar a eficiência e padronizar processos. O foco é onde o produtor quer levar a fazenda e as metas correspondentes que precisam ser definidas”.
Com a implantação de tecnologias, a propriedade como um todo passa a ter um olhar diferente para o rebanho. “O produtor deixa de trabalhar ‘embaixo’ das vacas e passa a trabalhar ‘entre’ elas. Com isso, as ferramentas de monitoramento do desempenho e da saúde dos animais, como os sensores no leite e os colares para medição da ruminação e atividade, possibilitam a identificação rápida de quais deles precisam de atenção, onde estão e se necessitam de uma separação para uma avaliação mais aprofundada. Isso se traduz em mais produtividade”, diz Coert.
Os resultados dentro da porteira
A Melkstad, propriedade localizada na cidade de Carambeí/PR, sente os impactos significativos gerados pelos investimentos na robotização. Com um rebanho de mais de 2 mil vacas, a fazenda adquiriu, em 2019, o Lely Astronaut. O equipamento atende hoje 220 vacas em ordenha, número que deve crescer até o final do ano, para 450 animais.
Márcio Hamm, Gerente Operacional da Melkstad, conta que, diante dos resultados positivos obtidos pelo sistema livre (robotizado), eles se programaram para dar continuidade à implementação de mais robôs. “Atualmente temos quatro robôs e já adquirimos mais quatro para este ano. Nos surpreendeu muito a produtividade das vacas. Em 2022, atingimos uma média de 48 litros por animal e, esse ano, queremos alcançar a média de 52 litros”, comenta.
Considerada a segunda maior fazenda de produção de leite do País, a Melkstad também se destacou no ranking interno da Lely, que avalia os níveis de produtividade por animal das fazendas que possuem os robôs. A propriedade foi relacionada em quarto lugar no TOP 200 das fazendas com maior produção no mundo, sendo a brasileira mais bem classificada.
Junto ao aumento da produtividade, vieram as melhorias em questões de saúde e bem-estar animal. “Devido aos avisos e dados gerados diariamente pelos robôs, nós reduzimos pela metade os casos de mastite, principalmente clínica, e cerca de 90% dos acidentes com animais, além de melhorias na reprodução. Com essas facilidades, conseguimos ter mais assertividade nas tomadas de decisões e maior economia”, finaliza Márcio.