A demanda por mão de obra na indústria deve continuar em alta nos próximos anos ao redor do mundo e, para continuar crescendo, o setor deve priorizar o fortalecimento da cultura das organizações e uso de tecnologia para impulsionar a produtividade das plantas, avaliaram especialistas da Rockwell Automation, maior empresa do mundo dedicada à automação industrial e transformação, durante a Automation Fair 2022.
Apenas nos Estados Unidos, mais de 2 milhões de vagas no setor não devem ser preenchidas até 2030, segundo projeções do The Manufacturing Institute.
Para Veena Lakkundi, vice-presidente sênior de estratégia e desenvolvimento corporativo da Rockwell, o déficit de mão de obra e o crescimento na demanda industrial estão exigindo das empresas não apenas investimentos em tecnologias, mas ir além nas suas iniciativas de recursos humanos para atrair talentos e diversidade no setor industrial.
“Existem diversos estudos que mostram que ter mais mulheres e mais diversidade nas empresas realmente levam a melhores resultados de negócios. Portanto, o objetivo agora é não nos mantermos satisfeitos com a maneira como sempre fizemos nosso trabalho, mas procurar novas formas de transformar a mão de obra na indústria”, afirma a executiva.
Pensando nisso, a Rockwell tem direcionado seus esforços para quatro pilares: diversidade, equidade, inclusão e sustentabilidade. Segundo Lakkundi, a pandemia foi um catalisador para mudanças nos recursos humanos, e essa é uma tendência que deve ganhar força nos próximos anos.
“Pense no que aconteceu na pandemia, com o fardo dos cuidados domésticos recaindo sobre as mulheres em todo o mundo. Na Rockwell, temos programas que apoiam o horário de trabalho flexível justamente para enfrentarmos desafios como esse. A responsabilidade pelas pessoas é tão importante quanto alcançar resultados de negócios e atuamos nessas duas frentes de forma alinhada”, ressalta.
Para manter o ritmo de crescimento global, a cultura das empresas no setor industrial também deve priorizar, cada vez mais, uma abordagem holística, com mais espaço para diálogo sobre os desafios diários, seguidos de planos de ação, com relevância para o papel dos gerentes.
“É preciso avaliar como capacitamos nossos gerentes, mas também como os responsabilizamos pela liderança das equipes de forma coerente e consistente, cuidando uns dos outros, já que é por meio da liderança que conseguimos transmitir e valorizar a cultura em toda a corporação”, explica Candace Barnes, diretora global para programas de diversidade, equidade e inclusão na Rockwell.
Na Rockwell, o senso de comunidade foi aprimorado com a criação de grupos de colaboradores em diferentes frentes. Entre eles, grupos com foco nas equipes que trabalham nas plantas fabris, em mulheres e pessoas pretas com o objetivo de explorar a troca de informações sobre os desafios diários através da escuta ativa em espaços de discussões.
“Esse trabalho interno que estamos fazendo é muito importante. Buscamos cada vez mais engajar e educar os colaboradores nesses grupos a fim de termos mais aliados unidos em prol dessa transformação”, comenta Lakkundi.
A companhia conta ainda com um método de contratação que busca eliminar vieses inconscientes do processo de seleção para expandir a diversidade na empresa.
Tecnologias como inteligência artificial, cloud computing, automação e robótica serão fundamentais para essa transformação do mercado de trabalho.
A Automation Fair 2022 é a maior feira global de inovação e transformação digital para a indústria e reuniu mais de 15 mil pessoas em Chicago no início de novembro, incluindo especialistas dos quatro cantos do planeta para apresentar tendências e inovações para a indústria 4.0. – – Fonte e mais informações: (https://www.rockwellautomation.com/pt-br.html)