Executivos de finanças estão mais otimistas com o futuro da economia, de acordo com pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro dos Executivos de Finanças de São Paulo (IBEF-SP) e pela Saint Paul Escola de Negócios. O levantamento, referente ao terceiro trimestre de 2022 (julho, agosto e setembro), indica que o Índice de Confiança do CFO (iCFO) subiu de 135,6 para 138,9 pontos percentuais, se comparado ao trimestre anterior e maior pontuação no ano.
O indicador, porém, ainda é inferior ao 1º trimestre de 2022. “Nosso objetivo é apresentar para a sociedade a perspectiva de confiança dos executivos de finanças na economia brasileira, nos setores produtivos da economia e no desempenho esperado para suas organizações”, explica José Cláudio Securato, presidente do Conselho do IBEF-SP e CEO da Saint Paul Escola de Negócios.
A pesquisa também aponta que as principais preocupações indicadas pelos CFOs foram a demanda do mercado interno; a competitividade e atuação da concorrência; a inflação; e a atração e retenção de talentos nas empresas.
. Macroeconomia, setor e empresa – O iCFOm, que representa o índice de confiança em relação à macroeconomia, foi o componente que apresentou maior volatilidade ao longo da série. Neste trimestre, segue refletindo a instabilidade do cenário macroeconômico do país, chegando a 138,2, com uma variação de 8,0 pontos percentuais, quando comparado ao trimestre passado.
Já o iCFOs, que se refere ao setor, alcançou 142,7, apresentando um leve aumento no nível de otimismo, de 3,6 pontos percentuais. O iCFOe, relativo à empresa, chegou a 135,8, com uma diminuição de 1,8 pontos percentuais, se comparados ao período anterior.
. Expectativas macroeconômicas – “A expectativa dos CFOs para o IPCA no ano é de 6,8%. Isso indica um ajuste das expectativas frente ao trimestre passado, refletindo a diminuição mais recente dos níveis inflacionários. As expectativas para a taxa de câmbio, por sua vez, são de R$/US$ 5,10”, explica Securato. As expectativas para o PIB, cuja média entre os respondentes é de 2,4%. “Isso traduz as perspectivas de aumento do otimismo para o ano”, acrescenta.
. Perspectivas de investimentos – Quanto ao destino dos investimentos previstos para os próximos 12 meses, é mantida uma relativa pulverização, considerando que a pesquisa foi respondida por CFOs de empresas de diversos segmentos da economia. Em primeiro lugar, citado por 22,6% dos respondentes, está o investimento em Tecnologia da Informação (TI), item recorrentemente entre os três primeiros fatores, desde o início deste relatório, em 2016.
A ampliação da capacidade instalada foi o segundo fator mais citado, com pequena variação frente ao trimestre anterior, de aumento de 0,5 pontos percentuais. Outros itens relevantes de investimentos previstos foram novas linhas / unidades de negócios e pesquisa e desenvolvimento.
. O Índice de Confiança do CFO – O iCFO tem como objetivo captar a confiança dos Chief Financial Officer (CFOs) quanto ao desempenho futuro do país e dos negócios no Brasil. Para tanto, são verificadas as suas expectativas quanto à macroeconomia, ao seu setor e à sua empresa de atuação, considerando os próximos 12 meses. A periodicidade do iCFO é trimestral. – Fonte e mais informsações: (https://www.ibefsp.com.br).