Alessandro Dall Orto (*)
Os desafios enfrentados pelo setor de finanças não são poucos.
Para empresas dos mais diversos portes e segmentos, nutrir uma comunicação financeira de valor com seus clientes é um objetivo que se justifica em termos práticos — não há margem para erros, e qualquer aproximação bem-sucedida pode ser o diferencial que leve a um amplo processo de fidelização.
Outro elemento que apenas atribui ainda mais complexidade ao tema é o cenário econômico do país. Atualmente, para se ter uma dimensão, a inadimplência atingiu um recorde de 30,3% da população, referente ao mês de outubro. De acordo com a Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), o crescimento é de 4,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
De fato, essa é uma realidade que deve pautar iniciativas e aprimoramentos internos. Se por um lado, muito se discute o papel do consumidor e seu comportamento financeiro, a função a ser cumprida por organizações brasileiras é igualmente crucial. E isso vai de encontro à tecnologia como um verdadeiro divisor de águas.
Reduzir a inadimplência é possível, e essa missão também pertence às empresas. Com um projeto robusto de automação, considerando funcionalidades de ferramentas consolidadas no mercado, o gestor deixa claro que sua prioridade é modernizar um dos setores mais importantes para o funcionamento e a austeridade das empresas.
Facilitando a vida financeira: é preciso entender seu cliente. Partindo do princípio de que todas as etapas de cobrança foram automatizadas, surge um espaço extenso de aproveitamento do que a tecnologia tem a oferecer. Sem sistemas manuais, com pouca aderência e aquele desgaste de exigir atividades exaustivas por parte da equipe responsável, a rotina será de alto desempenho, dinamismo e segurança.
Dentro de um background de confiabilidade, em harmonia com princípios básicos de Compliance e segurança jurídica, o departamento terá uma visão holística sobre a situação financeira como um todo, desde usuários inadimplentes a faturas pagas e abertas, o que contribui para um ambiente de previsibilidade quanto ao fluxo de caixa.
Aqui, a ideia central é fortalecer a autonomia econômica de quem não pode se dar ao luxo de lidar com falhas críticas para a integridade do negócio. Seguindo essa linha de raciocínio, os reflexos se estendem à experiência do cliente. O caminho para reduzir a inadimplência e gerar vínculos com os consumidores tem origem em determinadas medidas.
Diversificar os meios de pagamento, com canais de comunicação simplificada, que coloque a figura da empresa como uma parte genuinamente interessada em facilitar a jornada do pagador, são iniciativas que culminam em um olhar de valorização por quem, indubitavelmente, também deseja sanar suas dívidas.
Concluindo, entendo que não há mais tempo para renegar o uso de novas tecnologias no setor financeiro. Seja para enfrentar a inadimplência, fidelizar o público-alvo ou garantir um controle ininterrupto sobre o andamento de todas as pendências financeiras.
Ceder à inovação é sinalizar positivamente para inúmeros benefícios, e com certeza, a automatização da régua de cobrança exemplifica com fidelidade todo o potencial por trás da inovação.
(*) – Experiente no universo ERPs, além de projetos de Business Intelligence, Sistemas Web, Apps, CRM e outras ferramentas integradas, é CEO da Dupay (https://dupay.com.br/).