Outra novidade no agitado mercado de chips: a divisão Cruise da General Motors não quer depender de fornecedores externos para os chips que controlarão seus veículos autônomos Origin e passará a produzi-los.
Vivaldo José Breternitz (*)
O Origin, anunciado em 2020, com capacidade para quatro passageiros, não terá volante e pedais, devendo ser usado como um veículo compartilhável, com uso gerenciado pela Cruise.
Os primeiros protótipos do Origin usavam componentes NVIDIA, que serão substituídos pelos fabricados pela empresa por razões de custo; essas razões podem levar outras empresas que pretendem lançar veículos autônomos, como Tesla e Volkswagen, a tomarem medidas semelhantes.
A Cruise já desenvolveu alguns chips, dentre esses o Horta, que será o cérebro do veículo e os que processarão os dados captados pelo radar e sensores do Origin; outros ainda estão em desenvolvimento.
A empresa não informou quanto está investindo, mas acredita que tão logo o Origin passe a ser produzido em escala industrial, os investimentos serão recuperados, acreditando que isso deve ocorrer por volta de 2025.
Também está em estudo a venda dos Cruise para particulares, pois a empresa anunciou querer vender veículos autônomos pessoais até meados desta década.
(*) É Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas.