Os super/hipermercados e atacarejos estão entre os varejistas que mais utilizam aplicativos como canal de venda, sejam apps próprios (29%) ou de terceiros (23%), como de delivery.
Os dados são do Índice de Produtividade Tecnológica (IPT) de Varejo — pesquisa da TOTVS, maior empresa de tecnologia do país, em parceria com a H2R Pesquisas Avançadas –, que avalia a adoção de tecnologias e sua performance em estabelecimentos do setor.
“Em decorrência da pandemia e restrições de circulação, os hábitos de consumo dos brasileiros mudaram e o uso de apps como canal de compras foi privilegiado, e isso também chegou ao setor supermercadista.
E mesmo com a reabertura, observamos que muitos consumidores de fato se habituaram ao uso de aplicativos para realizar suas compras, muito pela praticidade de fazer os pedidos pelo celular e receber seus produtos em casa”, explica Sérgio Missão, diretor de Varejo Supermercados da TOTVS.
O setor teve uma boa performance no índice, registrando 0,45 pontos (em uma escala de 0 a 1), enquanto a média do setor foi de 0,43. O estudo ainda ressalta o investimento do setor supermercadista em ferramentas para gestão de clientes: 31% dos entrevistados afirmaram adotar CRM (Customer Relationship Management), solução para gerenciar e digitalizar o relacionamento com os clientes.
Paralelamente, o mesmo percentual de empresas (31%) apontou fazer uso de Programas de Fidelidade, indicando que as duas estratégias estão alinhadas e se complementam, principalmente para as estratégias de promoção, ações comuns realizadas pelo setor.
Quando analisadas as tecnologias para gestão de vendas, comparado ao setor de Varejo como um todo, os super/hipermercados se destacam em relação ao uso TEF (Transferência Eletrônica de Fundos) e carteiras digitais, ambos com 40%. “Meios de pagamento e recebimento são importantes para todo o varejo, sem dúvidas.
E no caso das redes de super/hipermercados é extremamente necessário que a frente de caixa esteja com os melhores sistemas para facilitar e melhorar a experiência do consumidor e, paralelamente, aprimorar a própria gestão do fluxo de caixa”, destaca Missão.
Um ponto de destaque é que, mesmo com a boa adoção de canais de venda digital, as lojas físicas ainda têm um papel importante na composição do faturamento do setor supermercadista, 72%, seguido dos representantes/vendas por telefone (16%) e dos canais digitais (12%), alinhado ao perfil geral do varejo.
. De olho nos supermercados de proximidade – Os mercados menores, parte de grandes redes e localizadas a curta distância dos consumidores, obtiveram alto desempenho geral no IPT de Varejo, registrando 0,53 pontos. Uma das razões é o perfil do negócio, pois 65% deles fazem parte de uma rede, fator que contribui para o investimento e bom aproveitamento de tecnologias na operação.
O subsegmento também está entre os que melhor aproveitam a tecnologia a seu favor, uma vez que são os que mais utilizam aplicativos próprios, com 31%, sobretudo com o objetivo de digitalizar os anúncios e promoções, o que anteriormente era feito de maneira mais comum em formado de tabloides impressos.
Os supermercados de proximidade também se diferenciam quanto ao uso de ferramentas para a gestão de clientes, 54% dos entrevistados afirmaram adotar uma solução CRM, o maior percentual identificado no levantamento.
“O público dos supermercados de proximidade se diferencia dos consumidores de super/hipermercados e atacarejos, pois este tipo de negócio está mais próximo do consumidor e pode ser facilmente visitado em pequenas compras do dia a dia. Nesse sentido, fazer uma gestão dos clientes, por meio de cadastros, programas de fidelidade e alertas para promoções, faz com que haja uma fidelização maior do público, apoiando o fluxo de caixa”, afirma o executivo.
O Índice de Produtividade Tecnológica (IPT) de Varejo ouviu 673 empresas, nacionais e multinacionais, de todas as regiões do Brasil, com faturamento anual igual ou superior a R$ 2 milhões. – Fonte e mais informações: (https://conteudo.totvs.com/paper-ipt-varejo).